terça-feira, agosto 11, 2009

Dia do garçom

Quem nunca precisou dele que se manifeste agora e saia do recinto. Hoje é o dia de homenagear esse profissional por tantas vezes desprezado, o nosso amigo das horas tristes e felizes, o garçom. Ele sabe o prato do dia, acende o seu cigarro, entrega aquele bilhete pra gatinha da mesa ao lado, chama o táxi, põe cinzeiro na sua mesa e traz a sua cerveja gelada na hora certa. Desde os primórdios da civilização ele está presente servindo reis, generais, deuses e até mesmo você e eu. O que faz com que sua profissão seja uma das mais antigas do mundo. Apesar de muito antiga não é uma carreira muito badalada, quantos pais dizem que o filho vai ser garçom quando crescer? O que pode ser bom até, pois esse não é emprego pra qualquer um. Há de ter todo um jogo de cintura, simpatia, boa memória, gostar da vida noturna e de gente também.


Escrever esse post fez-me lembrar que nem sempre eu fui um cliente legal e que a partir de hoje pensarei duas vezes antes de pedir uma porção de fritas as 05:00 da madrugada ou pedir mais uma saideira mesmo vendo que as cadeiras já foram postas sobre as mesas e já começam a varrer o chão do boteco. É eu confesso, já fui um cliente sem noção. E que muitas vezes me neguei a pagar os 10% adicionais que são cobrados como gorjeta. Ainda mais depois que descobri que certos donos de estabelecimentos não repassam a equipe de garçons o dinheiro que a principio lhes pertence.É sério! Há bares que os 10% só são distribuídos se o estabelecimento faturar uma quantia X por mês. Quando isso não acontece o dinheiro arrecadado é recolhido ao caixa do bar, sendo engalobado pelos donos do boteco. Por isso que hoje em dia quando sou bem atendido prefiro entregar a gorjeta em mãos. Pois ela é um reconhecimento por um serviço prestado muito além das expectativas e não deve servir para engordar ainda mais o bolso de patrões inescrupulosos.


Então da próxima vez que suas batatas fritas demorarem ou sua cerveja estiver quente tenha paciência, lembre-se, errar é humano e garçons são gente também.

10 comentários:

  1. Muito legal e sensível de sua parte se lembrar destes profissionais. O Brasil é um país de preconceitos velados e na área de profissões com certeza essa tendência é maior.
    Meu padrasto já foi garçom e nos ensinou regras de etiqueta e como se portar bem diante de uma mesa coisa que dinheiro nenhum paga...
    Até

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  2. Pry talvez eu não tenha motivações tão nobres assim. Entretanto não posso deixar de homenagear gente como o seu padastro que contribuiu diretamente para a alegria de muitas pesssoas enquanto exercia seu ofício de garçom. Fico feliz em vê-la aqui. E com certeza boa educação à mesa é fundamental.
    Um abraço moça.

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  3. Seria tão bom se todos valorizassem todas as profissões existentes. Por que damos tanto valor a um advogado, engenheiro, empresário, gerente de banco, etc.? Por que não damos o mesmo valor para um garçom, gari, jardineiro, pedreiro, pescador, etc.? Por que uns ganham muito e outros pouco? Parabéns por se lembrar do garçom! Nunca tive problema com esse profissional. Às vezes, fico chateada quando um restaurante fecha e eu queria ficar mais um pouco. No entanto, logo lembro que esse profisional precisa descansar. Abraços!

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  4. Cruela mudou o laiout e agora temos novos colaboradores, mas a essência é a mesma.
    Um abraço moça.

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  5. Lu essa questão de valorizar profissões é complicada, mas o lixeiro, carteiro, garçom, etc são pessoas que trabalham quase que anonimamente, mas aqui estamos nós pra ajudar o povo a lembrar-se deles.
    Um abraço moça.

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  6. Gostei de chegar aqui e ler um post dedicado aos garçons deste mundo. Eu não me considero má cliente. Trato os garçons com o maior respeito e detesto ver gente mal-educada e arrogante a tratar os profissionais desta área com deprezo. Quando vejo cenas dessas fico furibunda porque levo muito a peito. Especialmente porque o garçon por norma não reage uma vez que está no seu ambiente de trabalho. Nunca tive uma palavra de desconsideração com os garçons que me passaram pelo caminho e se tiver de chamar a atenção, faço-o sempre com educação. Garçon ou não garçon, no fundo é uma questão de respeito pelo outro.
    Já agora aproveito e digo que já atendi às mesas quando era miúda e tive de engolir um ou dois sapos por falta de maturidade mas depois aprendi...em mim ninguém pisa. Porque essa coisa do "cliente ter sempre razão" é uma treta. Depende muito do ponto de vista.
    E vivam os garçons de todo o mundo!!!!
    Beijocas

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  7. Luna fico feliz que tenhas gostado e mais feliz, pois é a segunda vez que te vejo por aqui.
    Um abraço moça.

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  8. Claro que todo gerente de restaurante devia ter em mente que ele também é responsável pelo bem estar e segurança da sua equipe. Devendo proteger os garçons. Aqui onde trabalho a tendencia está mudando e com o passar dos anos averiguamos primeiro os fatos, antes de condenar quem quer que seja, Até porque aqui estamos cheios de clientes picaretas.
    Um abraço moça.

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