segunda-feira, abril 30, 2007

Um dia frio.


Acordei.
Tomei café me arrumei, abri a porta. Fui golpeado pelo ar frio da manhã. Voltei e peguei minha velha e suja jaqueta jeans. Ela está um tanto desbotada e encardida, mas mesmo assim ainda é a minha preferida.
Na rua o vento raspa o meu rosto. Não há sutileza ele está forte e gelado. Sinto que meu rosto foi agredido. Tenho que deixar a barba crescer novamente.
O mundo ainda não despertou totalmente. Apenas alguns trabalhadores e estudantes se aventuram a sair de casa.
Aos poucos o sol vai subindo e dando cores aos morros que ficam ao sul daqui. Primeiro os picos ficam com uma cor marrom. Viva e forte. Depois o dourado matinal assume o seu lugar e por fim estabelece-se o verde claro da vegetação que os recobre.
Caminho tranqüilo pelas ruas, respirando fundo. Absorvendo o ar frio. Sentindo a temperatura e o vento em meu corpo.
Agora a terra, casas, carros, vegetação, pessoas, tudo. Tudo é dourado. O céu pode ser azul, mas tudo mais é dourado. O dourado é a verdadeira cor do outono. Essa luz da manhã é tão bela que torna-se difícil tentar descrevê-la. Mas este é o sul do país. E não estou falando de uma praia paradisíaca ou um belo recanto do planalto. Estou apenas em um bairro da cidade onde moro. Palhoça, Santa Catarina, Brasil.
Manhãs como essas fazem a vida valer a pena.
Palhoça, 27 de abril de 2007.

Obs: essa foto é da rua onde pego carona de manhã cedo pra ir trabalhar.

sexta-feira, abril 20, 2007

Poetry


Poetry. It had to be forbidden to be written and thus to be imprisoned in one ordinary sheet of paper. Before perpetual being enslaved in the cellulose it to be free in the world would have. No poet could write the poetry that did not live that it did not dream. Nobody could read a poetry if it was not made use to complete it, to divide with its proper existence, its reality, its life. Quintana said that the poetry books had to come with some pages blank and great spaces between the phrases, so that the children could draw and paint in pages and the spaces. I, however defend that more books of poetry are not written. Therefore the books are ready dreams, manufactured emotions for that it lived them or it dreamed them. Let us finish with poetry books. E that each one is free to make of its life a poem simply a romance or a story of fairies.

Pra pensar.




Passei no blog da escorpiana explosiva e vi uma relação de cinco blogs que ela declarou que a faziam pensar. Ela deixou também um convite para que eu fizesse o mesmo, sendo assim ai vai a lista em ordem alfabética.


Areia no ventilador
Diva - Um lugar para o sexo
librulumen-->Jefferson Luiz Maleski
Plum ou Terra da magia
Restea de sol


Claro que passo sempre que possível nos blogs listados ao lado, mas esses são os que normalmente me fazem dar mais tratos as idéias. Exceto esse Meu amigo Doug. Que me faz quebrar a cabeça pra poder comentar os seus posts.


Parece que faz parte da brincadeira convidar os blogs citados a fazerem o mesmo. Fica então o convite. Quem quiser fazer faz, quem não quiser não faz. O mundo é livre e eu deixo aqui declarado que gosto muito dos meus novos amigos da blogosfera.


Um abraço a todos.

terça-feira, abril 17, 2007

Poesia


Poesia.
Devia ser proibida de ser escrita e assim ficar aprisionada em uma reles folha de papel. Antes de ser eternamente escravizada na celulose deveria ela ser livre no mundo. Nenhum poeta poderia escrever a poesia que não viveu que não sonhou. Ninguém poderia ler uma poesia se não estivesse disposto a completá-la, a dividir com a sua própria existência, sua realidade, sua vida.
Quintana dizia que os livros de poesia deviam vir com várias páginas em branco e espaços grandes entre as frases, para que as crianças pudessem desenhar e pintar nas folhas e nos espaços. Eu, porém defendo que não se escrevam mais livros de poesia. Pois os livros são sonhos prontos, emoções fabricadas por alguém que as viveu ou as sonhou. Acabemos com os livros de poesia. E que cada um seja livre para fazer de sua vida um poema um romance ou simplesmente um conto de fadas.

sexta-feira, abril 13, 2007

Zoroastrismo


Uma pequena biografia.

Zoroastro, às vezes chamado Zaratustra, foi um Mensageiro ou Manifestante de Deus, que nasceu na Pérsia (hoje chamada Irã) há mais ou menos mil anos antes de Cristo. Foi ele o fundador da religião chamada "Zoroastrianismo". Desde tenra idade, mostrava Zoroastro uma sabedoria extraordinária, manifestada em Sua conversação e em sua maneira de ser. Sua vida foi salva muitas vezes dos inimigos que queriam martirizá-lo, para que não chegasse à maturidade e cumprisse Sua missão divina. Aos quinze anos de idade, Zoroastro realizava valiosas obras religiosas e chegou a ser conhecido por sua grande bondade para com os pobres e animais.Aos 20 anos, deixou o lar e passou sete anos em solidão, em uma caverna numa montanha. Depois regressou a seu povo e com a idade de 30 anos recebeu a Revelação Divina, que se iniciou por uma série de sete visões. Zoroastro encontrou muita dificuldade para converter as pessoas à Sua nova religião. Em dez anos de pregação teve somente um crente - seu primo. Durante este período o chamado de Zoroastro foi como uma voz no deserto. Ninguém o escutava. Ninguém o entendia. Foi perseguido e hostilizado pelos sacerdotes. Os príncipes recusaram dar-lhe apoio e proteção e o encarceraram porque sua nova mensagem perturbava a tradição e causava confusão nas mentes de seus súditos. Não obstante, Zoroastro contiuava firme em sua missão. Efetuava curas e milagres e ensinava sem parar suas novas leis espirituais e científicas para a guia e instrução do povo. Dois anos depois que seu primo se fez crente. Zoroastro conseguiu influenciar o Rei Vishtaspa, que se tornou um fervoroso seguidor da sua fé. Isto foi o início da verdadeira difusão dos ensinamentos de Zoroastro e de uma grande reforma. Logo em seguida a corte real seguiu os passos do Rei e mais tarde o Zoroastrianismo chegou a ser a religião oficial da nação persa. As escrituras Sagradas do Zoroastrianismo chamam-se "Zend-Avesta", que significa "Comentário sobre o conhecimento".Zoroastro fundou uma civilização de caráter essencialmente agrícola impregnada da idéia prática da vida destinada a educar os homens em uma crença nobre e de moral sublime.Zoroastro designou o esforço e o trabalho como atos santos. Disse: “O que vale mais num tabalho é a dedicação do trabalhador.” “O que lavra a terra com dedicação tem mais mérito religioso do que poderia obter com mil orações sem nada fazer.” “O que semeia milho, semeia a religião. Não trabalhar é um pecado.” São muitos os ensinamentos de Zoroastro. Três de Seus principais mandamentos são: - falar a verdade- cumprir com o prometido- e manter-se livre de dívidas.A Regra de Ouro do Zoroastrianismo é: "Age como gostarias que agissem contigo.” Aos 77 anos de idade, Zoroastro foi martirizado por um homem que o matou enquanto ele se encontrava orando em frente ao fogo sagrado no templo.As profecias da religião zoroastriana anunciam que depois de mil anos aparecerá um salvador, ou messias. Entende-se que tais profecias se referem a Jesus Cristo. Zoroastro também profetizou que em um futuro longínquo de três mil anos, o Espírito de Deus se manifestaria outra vez em um messias que apareceria na Pérsia, país no qual Zoroastro mesmo havia nascido.Disse que chegaria o tempo em que se levantaria da raça persa o "Sháh Bahram", o Senhor Prometido, o Salvador do Mundo, o Grande Mensageiro da Paz.



E o texto pra valer.


ZOROASTRISMO

ORIGEM

O Zoroastrismo ou Mazdeísmo é uma religião monoteísta fundada na Pérsia por Zaratustra, a quem os Gregos chamaram Zoroastro. Buscando sua origem ainda mais remota, Zoroastro (Zeroashta) quer dizer: "semente da mulher". Também pode ser denominado "Nino", (daí a corruptela da "canção de ninar", que quer dizer: fazer dormir a criança), "Nini", "Nemrod", "Gilgamesh", "Merodak" e "Chifroid". De Nini, temos o nome de Nínive, por ele fundada e que foi a sede do culto de Ishtar, na Assíria e na Babilônia. No culto caldaico era a Astarote bíblica, dando origem ao culto de Amon, no Egito, durante o domíínio babilônico, no reinado de Semíramis. De acordo com os relatos tradicionais, Zaratustra viveu no século VI a.C. na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Zaratustra pertencia ao clã Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova. Aos trinta anos, enquanto participava de um ritual pagão de purificação num rio, Zaratustra viu um ser de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até à presença de Ahura Mazda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas. Este foi o primeiro de uma série de encontros que manteve com Ahura Mazda, que lhe revelou a sua mensagem.

HISTÓRIA

A religião Persa pré-Zaratustra, apresentava semelhanças com a da Índia Védica. Era uma religião politeísta, cujas características básicas eram a prática do sacrifício de animais e o consumo de uma bebida com propriedades alucinógenas, o haoma. Muito mais do que o fundador de uma nova religião, Zaratustra foi antes um reformador das práticas religiosas indo-iranianas. Ele propôs uma mudança no panteão dominante que ia no sentido do monoteísmo e do dualismo. Na antiga religião indo-iraniana, os deuses encontravam-se divididos em duas classes, ambas positivas: os ahuras ("senhores") e os daivas ("deuses"). Na perspectiva de Zaratustra, os ahuras são vistos como seres que escolheram o bem e os daivas o mal. Zaratustra elevaria Ahura Mazda ("Senhor Sábio") ao estatuto de divindade suprema, criadora do mundo e única digna de adoração. Entre a morte de Zaratustra e a ascensão do Império Aquemênida no século VI a.C. pouco se sabe sobre o Zoroastrismo, a não ser que se difundiu por todo o planalto iraniano. Em 549 a.C. Ciro II derrota Astíages, rei dos Medos, e funda o Império Persa, que unia sob a mesma corôa os Medos e os Persas. A dinastia à qual pertencia, os Aqueménidas, adotará o Zoroastrismo como religião oficial do império, mas será tolerante em relação às religiões dos povos que nele vivem. Foi o rei Ciro II (dito O Grande) que libertou os Judeus do seu cativeiro e permitiu o regresso destes à Palestina. Provavelmente o primeiro rei persa que reconheceu oficialmente esta religião foi Dario I, como mostra uma placa de ouro na qual o rei se proclama devoto de Ahura Mazda. Os Medos possuíam uma casta ou tribo sacerdotal, conhecida como os Magi, que adotaram a religião de Zaratustra, não sem introduzir alterações na mensagem original e incorporando antigas concepções religiosas. Os Magi seriam a classe sacerdotal dos três grandes impérios persas. Casavam dentro do seu grupo e expunham os corpos dos mortos às aves de rapina, duas práticas que viriam a ser adotadas pelos zoroastrianos. Os sacerdotes recuperam os antigos sacrifícios e o uso do haoma. Os Amesha Spentas, inicialmente abstratos no pensamento de Zaratustra, foram personalizados e antigas divindades passaram a ser adoradas. Entre essas divindades (yazatas) estavam o Sol, a Lua, Tishtrya (deus da chuva), Vayu (o vento), Anahita (deusa das águas) e Mitra. Foram também erigidos grandes templos e altares de fogo ao ar livre. Artaxerxes II (404-358 a.C.) chegou mesmo a ordenar a construção de templos em honra de Anahita nas principais cidades do império. Durante este período foi também criado o calendário zoroastriano e desenvolveu-se o conceito do Saoshyant, segundo o qual um descendente de Zarastustra, nascido de uma virgem, viria para salvar o mundo. Com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno, em 330 a.C., o Zoroastrismo sofreu um duro golpe, tendo a classe sacerdotal sido dizimada e muitos templos destruídos. O incêndio da capital do império, Persépolis, provocaria o desaparecimento de textos da religião conservados na biblioteca da cidade. Durante o governo dos Selêucidas o Zoroastrismo foi respeitado e geraram-se sincretismos entre este e a religião grega (por exemplo, ocorreu uma associação de Zeus a Ahura Mazda). Mas um verdadeiro renascimento do Zoroastrismo só começa durante a dinastia dos Partos Arsácidas no século III a.C.. Nesta fase foi compilado o Vendidad, uma parte do Avesta que recolhe textos relacionados com medicina e rituais de pureza. No período da dinastia Sassânida (224 a.C. - 651 d.C.) o Zoroastrismo era a religião mais comum entre as massas, sendo praticado numa vasta área que ia do Médio Oriente às portas da China. Nesta época assistiu-se à formação de uma verdadeira "Igreja" zoroastriana centrada na Pérsia, foram banidas da prática religiosa as imagens, criou-se o alfabeto avestano e novos textos passam a integrar o Avesta, tais como o Bundahishn e o Denkard. Ao contrário do período Aquemênida, este período ficou marcado pela intolerância em relação a outras religiões, tendo sido promovidas perseguições aos judeus e cristãos. O clero zoroastriano detinha um grande poder e assegurava que cada novo monarca fosse zoroastriano; pesados tributos pesavam sobre a população como forma de sustentar a forma de vida do clero. Apesar da conversão da Pérsia ao Islã após a conquista dos árabes no século VII, o Zoroastrismo sobreviveu em algumas comunidades persas, agrupadas nas cidades de Yazd e Kerman. Os muçulmanos consideraram os zoroastrianos como dhimmis, ou seja, praticantes do monoteísmo (à semelhança dos judeus e dos cristãos) e como tal foram sujeitos a pesados tributos cujo objetivo era estimular a conversão ao Islã. No século X um grupo de zoroastrianos deixou a Pérsia e fixou-se na Índia, na região do Gujarate, onde estabeleceram uma comunidade local que recebeu o nome de "Parsi" ("Persas" na língua gujarate) e que permanece naquele território até os dias atuais. Esta comunidade zoroastriana foi influenciada pelas tradições locais e as suas particularidades levam a que se fale em Parsismo. No século XIX a conquista da Índia pelos britânicos levaria a um confronto entre os valores tradicionais dos parses e os valores religiosos e culturais do Ocidente. John Wilson, um missionário cristão da Escócia, atacou a religião dos Parses, alegando que o dualismo presente era contrário ao verdadeiro espírito monoteísta. Martin Haug, um filólogo alemão, que viveu e ensinou em Puna durante a década de 60 do século XIX, concluiu que apenas os Gathas eram as palavras originais do profeta Zaratustra. Estes acontecimentos propiciaram o início de um movimento de reforma religiosa, que divide a comunidade zoroastriana entre aqueles que pretendem um regresso a concepções que entendem como mais puras e próximas da mensagem inicial, rejeitando o excessivo ritualismo, e os tradicionalistas.

SISTEMA DE CRENÇAS

Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de Deus e do Diabo e a volta do Paraíso à Terra. Ahura Mazda é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas; a bondade irá triunfar; os mortos ressuscitarão. Os zoroastrianos acreditam que Zaratustra é um profeta de Deus, mas este não é alvo de particular veneração. Eles acreditam que através dos seus ensinamentos os seres humanos podem aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha). De acordo com os Gathas, após a morte, cada alma é julgada na "Ponte de Cinvat". Os que seguem a Verdade chegam ao Paraíso; quem segue a Mentira, cai no Inferno. Os livros sagrados do Zoroastrismo são: o Avesta, o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei; o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista e o Gathas, principal documento que nos permite conhecer a vida e o pensamento religioso de Zaratustra. Os Gathas são dezessete hinos compostos pelo próprio Zaratustra e que constituem a parte mais importante do Avesta. A linguagem dos Gathas assemelha-se à que é usada nos Rig Veda do hinduismo. Os Gathas revelam também um pensamento dualista, sobretudo no plano ético, entendido como uma livre escolha entre o bem e o mal. Posteriormente, o dualismo torna-se cosmológico, entendido como uma batalha no mundo entre forças benignas e forças maléficas. Outro conceito religioso que Zaratustra apresentou, foi o dos Amesha Spentas ("Imortais Sagrados"), que podem ser descritos como emanações ou aspectos de Ahura Mazda. Nos Gathas os Amesha Spentas são apresentados de uma forma bastante abstrata; séculos depois eles serão transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um aspecto da criação divina. Os Amesha Spentas são:Vohu Manah ("Bom Pensamento"): os animais; Asha Vahishta ("Verdade Perfeita"): o fogo; Spenta Ameraiti - ("Devoção Benfeitora"): a terra; Khashathra Vairya - ("Governo Desejável"): o céu e os metais; Hauravatat ("Plenitude"): a água; Ameretat ("Imortalidade"): as plantas.

RITUAIS

O Zoroastrismo não determina que os membros devam realizar um número obrigatório de orações por dia. Os zoroastrianos podem decidir quando e onde desejam orar. A maioria dos zoroastrianos reza várias vezes por dia, invocando a grandeza de Ahura Mazda. As orações são feitas perante uma chama de fogo, fato que conduziu à idéia errada, por parte de pessoas exteriores à religião, que os zoroastrianos seriam adoradores de fogo. O fogo é apenas um símbolo da sabedoria e luz divina de Ahura Mazda, e não é adorado em si mesmo. Os templos religiosos do Zoroastrismo, onde se desenrolam as cerimônias e se celebram os festivais próprios da religião, são conhecidos como Templos de Fogo. Os Templos de Fogo mais importantes do Irã e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder perpetuamente. (Templo de Fogo na cidade iraniana de Yazd) O Navjote (ou Sedreh-Pushi como é conhecido entre os zoroastrianos do Irã) é uma cerimônia de iniciação obrigatória destinada às crianças zoroastrianas que deve acontecer entre os sete e os quinze anos de idade. É importante que a criança já conheça as principais orações da religião. Antes da cerimônia começar a criança toma uma banho ritual de purificação (Naahn). Durante a cerimónia, conduzida pelo mobed (sacerdote) e na qual estão presentes familiares e amigos, a criança recebe o sudreh (ou sedra, uma veste branca de algodão) e o kusti (um cordão feito de lã) que ata na sua cintura. A partir deste momento o zoroastriano deve usar sempre o sudreh e o kusti. Os zoroastrianos acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o corpo num prazo de três dias e o seu cadáver é impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza não se deve polui-la com um cadáver. Na prática esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados por aves de rapina. Na Índia a comunidade parse construiu torres situadas em jardins (dokhma, "Torre de Silêncio") onde se colocam os cadáveres para serem expostos ao Sol e às aves de rapina. O comportamento ético esperado dos zoroastrianos traduz-se na máxima "Bons Pensamentos, Boas Palavras e Boas Ações".

FESTIVAIS

As comunidades zoroastrianas atuais regem-se por três calendários diferentes: o Fasli (usado pelos Zoroastrianos Iranianos e alguns Parses), o Shahanshahi (usado pela maioria dos Parses) e o Qadimi (este último o menos utilizado de todos), o que significa que as festas religiosas podem ser celebradas em diferentes dias. Nestes calendários cada mês e cada dia do mês recebe o nome de um Amesha Spenta ou de um Yazata. Os zoroastrianos celebram seis festivais ao longo do ano - os Gahanbars - cujas origens se encontram nas diferentes atividades agrícolas dos antigos povos do planalto iraniano e nas estações do ano.Noruz é o Ano Novo Persa celebrado no dia 21 de Março no calendário Fasli (os Parses celebram o Noruz em meados de Agosto). Por volta deste dia os zoroastrianos colocam nas suas casas uma mesa com sete itens: um vaso com brotos de lentilhas ou de trigo, um pudim, vinagre, maçãs, alho, pó de sumagre, frutos da árvore jujube; outros elementos que enfeitam a mesa são moedas, o Avesta, um espelho, flores e uma imagem de Zaratustra. O Noruz é celebrado com o uso de roupas novas, com o consumo de pratos especiais, com a troca de presentes e com a celebração de cerimônias religiosas. O fogo tem nele um significado especial. Seis dias depois do Noruz os zoroastrianos festejam o nascimento de Zaratustra.

O ZOROASTRISMO NA ATUALIDADE

O Zoroastrismo conta atualmente com cerca de 18.000 seguidores somente no Irã. A comunidade zoroastriana existente no mundo contemporâneo pode ser dividida em dois grandes grupos: os Parses e os Zoroastrianos Iranianos. Para além destes existem também ocidentais convertidos à religião. Na Índia os Parses são reconhecidos pelas suas contribuições à sociedade no domínio econômico, educativo e caritativo. Muitos vivem em Bombaim e têm tendência para praticar a endogamia, desencorajando o proselitismo religioso. Vêem a sua fé como étnica. Em geral os Zoroastrianos Iranianos mostram-se mais abertos a aceitar conversões. Concentram-se nas cidades de Teerã, Yazd e Kerman. Falam uma variante da língua persa, o Dari (diferente do Dari falado no Afeganistão). Atualmente os zoroastrianos dividem-se entre o dualismo ético ou o dualismo cosmológico, existindo também outros que aceitam os dois conceitos. Alguns acreditam que Ahura Mazda tem um inimigo chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), responsável pela doença, pelos desastres naturais, pela morte e por tudo quanto é negativo. Angra Mainyu não deve ser visto como um deus; ele é antes uma energia negativa que se opõe à energia positiva de Ahura Mazda, tentando destruir tudo o que de bom foi feito por ele (a energia positiva de Deus é chamada de Spenta Mainyu). No final Angra Mainyu será destruído e o bem triunfará. Outros zoroastrianos encaram o dualismo no plano interno do indivíduo, como a escolha que cada um deve fazer entre o bem e o mal. O Zoroastrismo é considerado como a primeira manifestação de um monoteísmo ético e segundo os historiadores, algumas das suas concepções religiosas influenciaram o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Acredita-se que os Reis Magos que visitaram o Menino Jesus na Manjedoura, seriam na realidade Sacerdotes de Zoroastro.


Obs: Importante. A religião de Zoroastro era baseada em duas entidades antagônicas. O bem e o mal. Essa religião influenciou fortemente o cristianismo e o judaísmo.


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segunda-feira, abril 09, 2007

Dreams. Nº 01


I do not know what it was dreaming. Possibly he was something of small account. But I woke up. And this was important. Because I was dreaming and suddenly I heard to cry out my name. Then I jumped from the bed. Immediately I forgot what it was transferred in the dream. In my mind it was only the heavy sensation left by that shout of woman. An shout of who needed aid. I raised and I searched my clock. They were two hours of the morning. In house all slept. The street was desert. Who called me? For what!? It will be an acknowledgment? Somebody needs my aid? I do not know to say. I do not know what to think. For the time being I go to leave this subject of side. But that he was strange. Ah! This was.

sexta-feira, abril 06, 2007

Sonhos. Nº 02


Não sei o que estava sonhando. Possivelmente era algo sem importância. Mas eu acordei. E isso foi importante. Porque eu estava sonhando e de repente ouvi gritarem meu nome. Então despertei. Imediatamente esqueci o que se passava no sonho. Em minha mente ficou apenas a sensação pesada deixada por aquele grito de mulher. Um grito de quem precisava de ajuda. Levantei e busquei meu relógio. Eram duas horas da manhã. Em casa todos dormiam. A rua estava deserta. Quem me chamou? Por quê? Será um aviso? Alguém precisa da minha ajuda? Não sei dizer. Não sei o que pensar. Por enquanto vou deixar esse assunto de lado. Mas que foi estranho. Ah! Isso foi.