terça-feira, dezembro 30, 2008

Balneário Barra do Sul. Parte II




Dos prazeres simples que a vida me concede, caminhar na praia é o que mais tenho usufruído nesse momento da minha vida. E Balneário Barra do Sul com sua praia interminável tem sido a parceira ideal para minhas caminhadas. Pés descalços na areia, vento nos cabelos, sol na pele e a total liberdade para ir e vir na hora que quiser tem preenchido esses dias com belezas como a dessa foto; um por do sol cheio de cores à beira-mar.
Pelo caminho vejo mar, areia e conchas multicoloridas. Rosa, marrom, azul e cores que sei descrever. Grandes, pequenas, perfeitas ou perfuradas. Elas encantam os olhos enquanto a gente passa. É difícil não parar para recolher ao menos uma. Um dia elas foram partes de um ser vivo, hoje, depois que a vida partiu ainda tem o dom de embelezar o mundo ao seu redor. Creio que é muito mais do que posso dizer de mim.
Talvez toda essa beleza da praia esteja apenas em meus olhos um fascínio particular. Entretanto, o poder revigorante que emana daquele lugar me seduz e alivia minhas dores e minhas dúvidas. Pode ser que o contado da pele com a areia descarregue as tensões. Ou a maresia infle meus pulmões com nova vida ou simplesmente o mergulho lave embora minhas preocupações.
O fato é que caminhar na praia me faz bem. E não estou falando do mesmo bem que os médicos falam ao receitarem caminhadas. Falo de um bem diferente. Particular. Um bem próprio que eu sinto e que tem mais conexão com a minha sanidade mental do que física. Um equilíbrio que não encontro na cidade. Uma paz que eu preciso e que não está aqui. Que eu não encontro na indolência da minha cama e nem na correria da cidade.
Amanhã estarei lá. À beira do Atlântico completando mais um ano de vida e me preparando para mais um ano de desafios. Não sei por onde andarei em 2009, mas tenho uma intuição de que o melhor lugar pra me encontrar será junto ao mar.
Um abraço a todos e nos vemos no Atlântico.

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segunda-feira, dezembro 22, 2008

Dia do vizinho

Amanhã 23 de dezembro dia do vizinho. Quem diria que uma criatura, na maioria das vezes, tão infame teria uma data comemorativa totalmente dedicada a ela. Não que todos sejam ruins, mas é que até hoje ainda não encontrei muitos que valessem à pena. E tenham certeza que eu já tive muitos, muitos vizinhos mesmo. Levando-se em conta que normalmente uma casa tem 03 vizinhos diretos e um apartamento tem uns 05. Eu já tive cerca de 44 vizinhos nessa minha curta existência. O que eu considero suficiente para embasar a minha aversão por esse tipo de proximidade.

Uma pequena mostra dos tipos de problemas a que fui exposto. Lixo jogado no meu quintal, portão e calçada. Briga de marido e mulher, espancamento da esposa ao vivo ou apenas gritos e sons do espancamento em questão. Briga entre parentes. Muro que desabou durante uma enxurrada. Salto alto na escada de madrugada. Bolinhas de gude no andar de cima. Sexo em cima de cama barulhenta. Cachorro latindo a noite inteira. Ensaio de escola de samba de dezembro a fevereiro. Música gospel todo sábado de manhã. Funk todo sábado à noite. Acrobacias de moto na frente da casa. Portas batendo. Fofocas. E praticamente todo tipo de incomodo que um ser humano pode causar aos seus semelhantes.

Vizinhos ruins são uma praga que se espalhou pelo mundo. Semelhante as testemunhas de Jeová. Não importa em que biboca você tenha se escondido eles sempre aparecem pra te converter. Feliz foi Adão que não teve vizinhos. E já que tocamos na Bíblia que tal os vizinhos do Lot, Gênesis 19, 4-5, que desejavam estuprar os hóspedes da sua casa. O cinema também foi pródigo em explorar esse tema em filmes tais como, O vizinho, Morando com o perigo e Duplex.

Talvez eu seja um pouco ranzinza ou simplesmente eu gostaria que os outros me tratassem com a mesma atenção que lhes dispenso. Mas hoje o meu grande sonho de consumo é uma casa no campo que fique a quilômetros de quaisquer outras pessoas. Onde eu possa desfrutar da paz e do sossego que não encontrei nos lugares onde morei.

Então nessa data especial desejo felicidades e sossego a todos os bons vizinhos que existem espalhados por esse mundo afora.

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quinta-feira, dezembro 18, 2008

Cartinha pro Papai Noel.

Para que não se diga pela blogosfera que no Máquina de letras não há coração, eis aí a minha contribuição para as obras sociais desse natal. Cliquem na cartinha ao lado e poderão ler a missiva de uma menina pobre que foi selecionada pelo Projeto Papai Noel dos Correios, as informações sobre a campanha estão no link.
Como podem notar a garota pediu poucas coisas, então lá em casa fizemos da seguinte forma. Minha mãe comprou tecidos e costurou, saias, shorts, calcinhas(cuequinhas em Portugal) e blusinhas. Comprou uma boneca nova, destas que copiam a barbie e deu um ursinho usado. Minha esposa comprou uma sandália com desenhos de princesa da Disney. E eu me encarreguei de levar tudo ao posto de entrega aqui no meu trabalho.
Espero que essa criança tenha um natal feliz.
Viu? Aqui também bate um coração.

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terça-feira, dezembro 16, 2008

Pais e filhos Nº 03. Ganhando dinheiro



A mãe e a filha de quatro anos na varanda montando uma paisagem utilizando conchinhas catadas na praia. Durante a pintura do quadro a mãe diz:


- Vamos dar de presente pra vovó?


- Como assim?


- Dar pra ela.


- De graça?


- É.


- Mas eu queria vender!



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segunda-feira, dezembro 15, 2008

Uma outra visão sobre a crise mundial

Recebi por e-mail e resolvi compartilhar com vocês.


Texto de Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.



Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?


É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.


Os slides se sucedem.


Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.


Durante décadas, vimos essas imagens.


No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam Ongs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.


A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.


Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.


Resolver, capicce?
Extinguir.


Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.


Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.


Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

Como um amigo comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.


Se quiser, repasse. Se não, o que importa?


O nosso almoço já está garantido mesmo!!...


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sexta-feira, dezembro 12, 2008

Planeta duplo. Jack Vance






Uma obra que possivelmente serve pra definir o estilo Jack Vance de escrever. Uma deliciosa mistura de ficção científica e fantasia. Sem limitar-se a um ou outro estilo mescla com maestria viagens espaciais, magia, raças. Costumes. Leis. Planetas. Lutas de espada e todos os ingredientes necessários a um bom folhetim.


Masque e Skay, planetas gêmeos, giram ao redor de Mora. Nesse sistema solar isolado na beira da galáxia os seres humanos se fixaram em Maske estabelecendo suas próprias leis e costumes.


Nessa terra distante o jovem Jubal Droad teve o azar de ser o segundo filho do líder do clã, fato que o exclui da herança e do glorioso futuro que a tradição garante ao primogênito. Nessa situação o rapaz cheio de energia e ambição vê-se obrigado a peregrinar pelo mundo em busca de um destino que fosse a altura de seus anseios. Nessas andanças seu caminha cruza-se de forma violenta com aquele que se torna seu inimigo mortal, o malicioso Ramus Ymph. Vilão da história que disputa com Jubal as atenções da aristocrática, patricinha, Lady Mieltrude.


A busca por justiça/vingança leva o protagonista a percorrer todo o planeta imiscuindo-se em intrigas governamentais, espionagem, batalhas campais e até mesmo a viajar pelo espaço, ato que é considerado crime hediondo em seu planeta natal.


Dessa forma podemos notar que o material é um capa-e-espada espacial onde encontramos todos os ingredientes necessários ao sucesso desse estilo de livro. E ainda com um final interessante que não posso divulgar pra não tirar essa surpresa dos futuros leitores. Isso seria muito cruel da minha parte.



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quarta-feira, dezembro 10, 2008

Citações Nº 25. Henry Billings Brown





“A vida livre conduz ao livre pensamento, este ao amor livre, e o amor livre conduz ao inferno.”



(Henry Billings Brown)


Hoje, 12/12/2008, depois de ler o comentário do Jefferson tive que parar pra refletir o que tanto me incomoda nessa frase. Não foi preciso muito tempo pra chegar a um a conclusão.
O autor era um juiz, pessoa escolhida pela sociedade para assegurar aos cidadãos igualdade de tratamento perante a lei. Viveu nos E.U.A durante os séculos XIX e XX e deu parecer favorável a segregação de negros e brancos em ônibus, trens, etc. E uma criatura como essa foi capaz de indicar a liberdade de pensamento e de amor como o caminho para o inferno!
Possivelmente minha revolta é porque esse tipo de pensamento ainda seja encontrado em pleno século XXI. Principalmente nas igrejas, sejam elas evangélicas ou não.



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terça-feira, dezembro 09, 2008

Amor de pai



Cada homem tem o seu próprio tempo. Seja para o bem, seja para mal. Alguns são mais ligeiros, outros nem tanto. Às vezes poucos segundos podem esclarecer situações que poderiam se arrastar por anos ou até mesmo atravessar a existência sem jamais chegar a termo. Em outros casos é necessária toda uma vida para que algo se concretize. Cada um, cada um e cada coisa a seu tempo.


E quanto tempo é preciso para surgir o amor? Essa flor tão almejada e tantas vezes cantada, descrita e pintada através dos séculos. Será coisa que surge a primeira vista ou será como as grandes árvores que necessitam de anos de cuidados e cultivo para crescer? Tanto já foi dito e discutido sobre o tema que qualquer palavra que eu exponha nesse espaço soará pretensa e até mesmo leviana. Entretanto não posso me furtar à chance de expor minha visão pessoal acerca do assunto.


Pra mim essa flor surgiu leve e rápida numa manhã chuvosa. Veio sem muito estardalhaço. Posso dizer até que foi muito discreta a sua aparição. "No princípio era o verbo..." Sim São João foi nossa companhia nos primórdios. Foi testemunha dessa flor que brotava em meu peito e eu regava com lágrimas.


Passaram-se os dias e minhas noites tornaram-se mais longas. E aquela relação passou a consumir o meu sono. Demorava a dormir. Fazia vigílias. Voltei a rezar. O corpo sofreu e a mente foi acometida de uma fixação em um único ser.


O resultado de todos esses esforços retornou na forma de um calor que aquecia o coração e também a alma. Mesmo nos momentos mais sombrios uma simples lembrança era capaz de fornecer-me um sorriso e encher-me de coragem para seguir em frente. Entretanto com a confiança, a alegria e a paz também veio o medo. O medo de que tudo aquilo pudesse ser retirado de minhas mãos a qualquer instante. Então os olhos ficaram mais atentos e ou ouvidos aguçaram a percepção. Manter não era mais suficiente. O mundo era hostil e agora surgia mais uma necessidade. A proteção. Ao menos contra os fatores externos.


A brutalidade da realidade pode se demonstrar de várias formas, nem sempre tão violentas quanto assistimos na tv. No meu caso um simples engasgar seria capaz de destruir meu mundo. A simples obstrução de uma via aérea poderia retirar o amor do meu convívio e com ele todo o sentido da minha existência. A vida quase me deixou sozinho no meio do quarto com o peso de uma ausência infinita nos braços. Mas a sorte, o destino ou mesmo os instintos de vez em quando tentam ajudar. Com um movimento brusco a boca cobriu o pequeno nariz, aplicou-lhe sucção. Em seguida cuspiu no chão o misto de muco, saliva e mingau. Antes que uma nova sucção fosse aplica um choro vigoroso invadiu o recinto. Não foi o suficiente para acalmar um coração abalado, mas serviu para atrair pessoas mais habilitadas para o local.


E quando o amor é ameaçado e as pessoas são forçadas a olhar a cara do destino e perceber que existe uma possibilidade de que as coisas mudem pra pior. Aí então percebem o real valor daquilo que possuem e o quanto estão dispostos a fazer para manter o que conquistaram.


Hoje vejo com a clareza que aqueles momentos não me permitiram vislumbrar, que no decorrer daquele primeiro ano com minha filha descobri o que agora sei ser o amor. Talvez alguns digam que eu não entendi nada ou que distorci as coisas pelo caminho ou simplesmente não tenho coração para entender a grandeza desse sentimento. Para esses repito apenas o que já escrevi no começo dessa crônica.


"Cada um, cada um e cada coisa a seu tempo."



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sexta-feira, dezembro 05, 2008

No trabalho. Nº 07. Incoerência do patrão.

Na clínica odontológica.

Dona - Algum dia seus sapatos foram brancos?

Funcionária - Sim. Quando eu trabalhava num lugar que me pagava o salário em dia.

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quinta-feira, dezembro 04, 2008

Blogs que conquistam corações



Ganhei este selo da Barbrinha do As aventuras de uma brasileira no Egito. Demorei um pouco para postar por que estava de férias numa praia isolada. A partir de hoje o Máquina de letras deve retomar o seu ritmo normal.

Esse selinho é para editores de blog que tratam muito bem seus colegas, para os blogs que conquistam corações!!!


E os 4 premiados para esse selo sao:


Mariana Alcântara do Estopim entrópico


Naela do Eu sei que vou te amar


Rosemary do Unwritten words around my lemon tree


Lídia do Segundo caderno



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sexta-feira, novembro 07, 2008

Balneário Barra do Sul

Aviso aos navegantes. Desde segunda 03/10 estou de férias. Parti em direção ao litoral. Balneário Barra do Sul para ser mais específico. Com certeza enfrentarei dificuldades para manter a regularidade do blog por isso peço a compreensão de todos os cinco fiéis leitores dessa casa. Abaixo uma pequena idéia do meu local de exílio.



E aqui o resultado do meu primeiro dia de praia.



Fui mordido por um tipo de mosca que os nativos chamam de mutuca e que é muito comum no mês de novembro, sendo que apresenta baixa incidencia nos outros períodos do ano. A picada dói muito e às vezes podem haver reações alérgicas. Para um pouco mais de informações sobre o bicho clique aqui. Fora isso tudo corre bem. O clima é agradável e o sol está comparecendo como era desejado.
A todos um abraço e espero voltar em breve.

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quarta-feira, outubro 29, 2008

Ayua. Parte III

Olhou e não reconheceu o lugar onde se encontrava. De fato tridimensional era um conceito totalmente exótico para ele. Olhos fechavam e abriam desordenadamente. A claridade do local infligia dor e desorientação. Um movimento espasmódico percorreu-lhe as fibras. Sensações. Milhares de sensações bombardeavam-no por todos os lados. Não havia parâmetros. Não havia padrões para comparar. Tudo acontecera tão rápido. Ele não estava preparado. Essa era a verdade. Agira precipitadamente e agora não conseguia controlar o resultado de seus atos. Emitiu um som inarticulado e rouco. Dentro do cérebro corria em todas as direções tentando compreender de que forma aquele corpo funcionava. Mexendo onde não devia aumentava o descontrole e ampliava o caos e a destruição. Em algum lugar deveria haver um manual. Um guia. Instruções de uso. Qualquer coisa que o pudesse ajudar a tomar as rédeas da situação. Não encontrou coisa alguma que pudesse salvá-lo naquele momento de luta pela sobrevivência. Tentou fugir, voltar ao seu plano existencial. Entretanto agora era demasiado tarde para essa manobra. Aquele corpo não sonhava mais, logo não havia como evadir-se dali. Lançou um grito final ao notar que seu destino estava atrelado a um corpo que não podia comandar e nem abandonar.
O corpo debateu-se por mais alguns instantes até que parou totalmente inerte e sem vida e sem alma.
Ayua agora já não existia mais.

Fim

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Ayua. Parte II

- Dor?! O que você está falando? O que você quer de mim - perguntou enquanto sentava na cama e encolhia as pernas para junto de si.
- Meu nome é Ayua. Como eu já disse, eu sou um alienígena. Não necessariamente isso quer dizer que eu seja de outro planeta. Eu sou daqui da Terra mesmo. Apenas vivo em um outro plano de existência. Há muito tempo perambulo solitário pelo meu mundo. E o tédio tornou-se tão grande que já não o suporto mais. Dessa forma quando o encontrei vi em você uma chance única e decidi entrar em contato com a espécie humana para sanar minhas angústias.
- E o que eu tenho a ver com isso?
Sem demonstrar afetação ou mesmo mudar o tom de voz ele declarou de forma clara:
- Eu necessito do seu corpo para que eu possa me estabelecer em seu mundo. Não é nada pessoal. Só que você é saudável e como através dos seus sonhos eu encontrei um portal aberto para o seu mundo, isso acaba indicando você como o espécime ideal para meus planos - estendeu os braços adiante enquanto deslizava em direção a cama.
Houve um grito de pavor verdadeiro no mundo real. Enquanto na mente do futuro hospedeiro uma batalha era travada. O som do grito desvanecia na atmosfera e duas mentes executavam um duelo de morte. Ayua sempre existira como um ser imaterial. O intangível era o seu habitat. Era uma luta muito desigual e por isso mesmo injusta. Do alto de uma crueldade infantil a entidade fez nascer a ilusão de que poderia ser derrotada. De que haveria uma esperança para sua vítima. Porém isso não demorou mais do que um efêmero instante que foi seguido pela total obliteração da consciência adversária.
Estava feito. A batalha fora vencida. O corpo tinha agora um único habitante. E Ayua teria se sentido feliz, não fosse um pequeno detalhe. Em toda sua existência ele nunca possuíra um corpo de verdade. Sempre existira como um conglomerado de idéias, lembranças e energia que vagava imerso em um universo imaterial.


Continua...

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Ayua. Parte I

O conto abaixo escrevi durante a semana passada após ser inspirado pelo trabalho da Lidia Brown do blog Delírios, sonhos, artes, ilustrações, design, escritos espero que confiram o trabalho dela e que apreciem o conto. E para acalmar os mais ansiosos informo que a história está dividida em três partes.




Acordou? Talvez. Ainda não sabia ao certo. Pelo menos abrira os olhos. Demorou algum tempo até acostumar-se com a escuridão e tomar consciência de onde se encontrava. Logo notou que não estava mais sozinho. A criatura estranha que surgira diante de si lembrava algo como um arlequim com o rosto deformado. Um palhaço de preto e branco. Uma aparição terrível para àquelas horas da madrugada. Apesar de um arrepio percorrer-lhe a espinha ele sabia que não devia temer. Aquilo era um sonho. Disso ele tinha quase certeza. Mesmo assim o medo não o abandonou. Pensou em fechar os olhos e ignorar a aparição, porém, sua curiosidade foi maior que o medo. E lutando contra toda a sua racionalidade não foi sem esforço que dirigiu sua voz ao estranho:
- Quem é você?
- Não tenha medo. Não vim para lhe fazer o mal. Sou uma entidade de outros planos existenciais. Vagava sempre solitário até que o encontrei. Desde então venho acompanhando os seus sonhos. Observando suas aventuras, alegrias e tristezas. Tudo isso me fez muito bem. Tanto é que agora resolvi que devemos estabelecer um contato mais estreito entre nós.
A voz parecia não vir do corpo, simplesmente surgia dentro da sua cabeça como se fosse um pensamento que lhe pertencesse. E isso só serviu para reforçar a impressão de fantasia que a cena inspirava.
- Eu estou sonhando? Não é?
- Sim, entretanto isso não faz muita diferença agora - esgarçou o rosto num arremedo de sorriso. O que deveria ser um gesto tranqüilizador só conseguiu infundir mais apreensão àquela situação.
Apesar de alto e esguio o corpo do visitante parecia dominar todo o espaço contido no quarto. Mesclando-se as sombras pré-existentes. Diluíndo-se em nada e tomando conta de tudo. O corpo era humano. Ao menos assim parecia. A cabeça, no entanto, era uma massa mutante que oscilava constantemente. Olhos, orelhas, boca e nariz passeavam a esmo como se estivessem dentro de um líquido em constante ebulição. Trazendo à memória uma pintura cubista. De qualquer forma aquilo não poderia existir no mundo de verdade. Com esse raciocínio em mente o dono da casa fez todo o possível para despertar e libertar-se daquele pesadelo. Porém não conseguia notar nenhuma mudança no seu estado de consciência. O suor grudava o seu corpo no lençol. E a respiração tornou-se irregular. O visitante, imóvel, observava-o se debater na cama e com paciência esperava que ele parasse com aqueles procedimentos inócuos e ridículos.
- O que você fez comigo?Vai embora! Me deixa em paz.
- Por favor, não resista. Nós podemos tornar isso o menos doloroso possível.

Continua...

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terça-feira, outubro 28, 2008

Citações Nº 24. Miguel Unamuno


Quanto menos se lê, mais dano provoca o que se lê.

(Miguel Unamuno)

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segunda-feira, outubro 27, 2008

Jogos mortais V

O texto abaixo escrevi para um concurso da internet que permitia no máximo 500 caracteres contanto até os espaços em branco.  Primeiramente escrevi a história sem me importar muito com o limite imposto. Consegui uma história curta com início, meio e fim. O resultado foi de aproximadamente uns 580 toques. Em seguida fui em busca de sinônimos que necessitassem menos letras, depois puxei a navalha e cortei tudo o que era redundante, troquei os tempos verbais de alguns trechos e então cheguei ao resultado final. Um conto com 497 caracteres. Espero que apreciem.

 

Preso na sala escura descobre-se frente à máquina de escrever.

- Tu tens cinco minutos pra escreveres um texto original ou sofrerás uma morte horrível – diz a voz oculta.

Dedos trêmulos e imobilizados sobre as teclas. O tempo avança. O bloqueio criativo foi seu fim. O desfecho do desafio? Um misto de sangue, suor e lágrimas.

O zelador leva o cadáver embora e o editor questiona o gerente de RH:

- Tem certeza que esse é o melhor jeito de conseguir o redator?

- Se você quer o melhor esse é o caminho.

 

 

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sexta-feira, outubro 24, 2008

Meme 3X4

Recebi esse meme questionário da amiga Sah Elizabeth do Vida Plena e Bem-Estar. Ai está a minha parte da tarefa. Embaixo eu convidei cinco pessoas para participarem também.



Nome: Luciano dos Santos Alves
Idade: 31
Local de Nascimento: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Peso: 112 kg.
Altura: 1,90m
Apelido de infância: Téo

Qual é a sua maior qualidade? Paciência eu acho.

E seu maior defeito? Ter absoluta certeza de que não tenho defeitos.

Qual é a característica mais importante em um homem?
Coerência consigo mesmo.

E em uma mulher? Simpatia! Isso derruba qualquer um.

Qual é a sua idéia de felicidade?Um mar de tédio e marasmo pontilhado por pequenas ilhas de alegria.

E o que seria a maior das tragédias? Desistir da vida.

Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo? Estou bem assim. Não consigo ver-me como sendo outra pessoa.

E onde gostaria de viver? No litoral catarinense.

Qual é sua cor favorita? Verde.

E o seu desenho animado? Simpsons!

Quais são os seus escritores preferidos? Mika Waltari, Guy de Maupassant, Isaac Assimov e ...vai longe essa lista.

E seus cantores e / ou grupos musicais? Pink Floyd, Paralamas do sucesso, Chico Buarque, Bethânia, Clara Nunes e ...essa é outra lista sem fim.

O que te faz feliz instantaneamente? Minha filha.

Quais dons você gostaria de possuir? O da música.

Tem medo da morte? Não.

Quem é seu personagem de ficção favorito? Homer Simpsom.

Qual defeito é mais fácil de perdoar? Egoísmo.

Qual é o lema de sua vida? A paciência é uma virtude a ser desenvolvida.

Qual sua maior extravagância? Meus livros.

Qual sua viagem preferida? Qualquer lugar que eu ainda não fui.

Se pudesse salvar apenas um objeto de um incêndio, qual seria? Um livro.

Qual é o maior amor de sua vida? Minha filha.

Onde e quando foi mais feliz? Estou feliz aqui e agora.

Qual é sua ocupação favorita? Viajar, ler e filmes.

Pensa em ter filhos? Não. Já tenho.

Quantos? Uma.

Um animal de estimação: Um cachorro!

Uma atividade física: Artes marciais.

Um esporte: Peteca.

Um prato que sabe fazer: Comida congelada.

Uma comida que adora: Lasanha.

Uma invenção tecnológica sem a qual não vive: Fogo!

Gasta mais dinheiro com: Sobrevivência.

Uma inabilidade: Trabalhos manuais.

O que não faria em nome da vaidade? Plástica.

Uma mania: largar roupa pela casa.

Uma saudade: dos amigos que ficaram pelo caminho.

O primeiro beijo:Um susto. Na parte traseira de uma kombi a caminho do distrito industrial de Manaus. Beijado de repente por uma amiga da minha irmã.

São estas as 05 pessoas convidadas.E agora é esperar para ver o que vai dar.

As aventuras de uma brasileira no Egito

Segundo Caderno

cum versare: palavras que caminham

Começo, meio e fim

Futura boneca

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No trabalho. Nº 05. Chefe babaca.

Questionado por um subalterno, após ter descumprido uma orientação de sua própria autoria, o gerente brinda-nos com essa elegante pérola das relações interpessoais:

- Eu não entendo por que vocês ficam querendo controlar o que eu faço. Eu sou gerente, não devo satisfações a niguém. Eu sou o pombo grande. E o pombo grande caga no pombo pequeno.


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quinta-feira, outubro 23, 2008

Acidente na BR-101.

Hoje pelas sete horas da manhã a caminho do trabalho pela BR-101 passando um pouco o trevo de forquilhinhas noto que o trânsito vai reduzindo sua velocidade até que para totalmente. Pelo retrovisor vejo a ambulância aproximar-se. Dou passagem e fico a torcer que o acidente só ocupe meia pista. Os automóveis reiniciam seu trajeto lentamente. Fico feliz e vou em frente. Não demora muito e minha alegria vai pras cucuias. Lá na frente tem um carro com a frente destruída. Até ai normal. Se o carro em questão não estivesse na pista contrária, ou seja, fisicamente ele não atrapalhava em nada o fluxo do meu lado da BR. Entretanto muitos faziam questão de diminuir e até parar seus carros para observar o acidente.
Então vamos à questão do dia:
- O que essas pessoas querem atrapalhando o trânsito desse jeito?
Que tipo de prazer elas conseguem obter admirando a desgraça alheia? Querem sentir-se mais "vivas" olhando para os mortos? Querem ter uma história de horror e sangue pra contar quando chegar ao trabalho?Ou será que os seres humanos são fascinados por morte e destruição? E não é só nas estradas que isso acontece. É só alguém morrer ou desmaiar na rua que logo junta um círculo de curiosos que estão ali ninguém sabe por que e só servem para atrapalhar o socorro da vítima. Parece que essas pessoas não têm horários, não tem empregos ou qualquer outra atividade útil. Vagam pelas cidades em bandos caçando a próxima desgraça para que possam voar ao redor iguais a urubus esperando a carniça.
Será que isso só acontece aqui ou é um sintoma da humanidade? Será que eu também adoro uma desgraça e estou aqui fazendo c* doce só pra poder falar mal dos outros? Tantas perguntas... Será que alguém ai tem uma resposta?


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quarta-feira, outubro 22, 2008

Almoço.

- O tempero perfeito pra qualquer almoço?
- Uma boa companhia.


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terça-feira, outubro 21, 2008

Mirante em Joinville



Eu morava em algum lugar nessa imensidão ai em baixo.


Por do sol em Joinville.


Eu bancando o turista no mirante em Joinville.
Isso foi em 06/10/2008.

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segunda-feira, outubro 20, 2008

Frases Nº 15. Integridade

Não importa se as pessoas te consideram grosso, cretino ou insensível, pois na hora de dormir é consigo que você vai se confrontar. E então de nada servirá a opinião alheia.


"Trabalhe de acordo com suas crenças e então dormirás em paz."


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Coisas de casal. Nº 09

Ela - A sinceridade é tudo.
Ele - Não tem um ditado que diz:
"Quem tudo quer tudo perde?"
Ela - Babaca!

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quinta-feira, outubro 02, 2008

Saudades

"SAUDADE É UM POUCO COMO A FOME. SÓ PASSA QUANDO SE COME A PRESENÇA."

(Clarice Lispector)


Independente daquela discussão de ser uma palavra lusófona que a maioria dos tradutores sofre para reproduzir em suas línguas natais a saudade é com certeza um sentimento que faz parte da humanidade. Os sentimentos são sempre muito democráticos ao escolher quem eles visitam. Amor, ódio, compaixão, raiva e a saudade entre tantos outros não querem saber se o indivíduo é brasileiro, chinês ou africano. Os sentimentos simplesmente vão aonde querem. E assim é com a saudade. Talvez ela não tenha uma palavra específica em todas as línguas do mundo, mas nem por isso ela deixa de ser um sentimento universal. E mesmo todo esse cosmopolismo não a livra do seu destino que é encontrar a morte.
A saudade nasce pra morrer. Na verdade ela nasce para ser assassinada. Eis ai um crime que ninguém faz questão de castigar. Ao contrário, o ato de matar a saudade, já é em si um prêmio ao criminoso. Digo aos criminosos. Visto que este é um crime que não se comete sozinho. Há no mínimo um cúmplice isso quando não é um grupo inteiro a eliminar o sentimento em um grande linchamento cheio de beijos e abraços.
Mas ai eu me pergunto, o que acontece quando a saudade não morre. O que vem depois que ela percebe que o objetivo máximo da sua existência não será alcançado e que ela irá sobreviver muito mais tempo do que seria aceitável para alguém da sua espécie. No que se transforma esse sentimento? Em amargura, desespero, rancor, quem sabe o que vira uma saudade que não se mata? Ficará ela vagando pelo nosso coração em busca de um lugar para repousar? Ou ela simplesmente se rebela e passa a açoitar o nosso peito com lembranças?
Talvez matar as saudades sejam tanto um ato de misericórdia quanto de auto-preservação. Misericórdia por ajudar alguém a ter um descanso pacífico e auto-preservação por garantir que não seremos submetidos à escravidão sob o jugo de um sentimento frustrado.

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terça-feira, setembro 30, 2008

Sonhos. Nº 09

Brincava num monte de areia. Talvez tivesse uns dez metros de altura. Não sei ao certo. Comigo um rapaz que devia ser meu irmão e mais um homem que eu não sei quem era.
Além de escalar a montanha de areia eu ainda me preocupava em segurar um caderno em forma de fichário.
O garoto e eu conversávamos sobre coisas sem importância enquanto nos equilibrávamos na areia que sob nossos pés e mãos deslizava morro abaixo e assim tentava levar-nos para o fundo.
Chegou à hora de descer do monte. Apanhei um punhado de areia ergui a mão e disse:
- Vou alimentar o sol - creio que estava pensando quanta energia estava contida naqueles grãos de areia.
Lá embaixo encontrei uma criança. Ela era pequena e tinha cabelos pretos. Teria no máximo quatro anos de idade. Não dissemos nada. Ela era minha irmã. Sentei no chão, coloquei-a no colo e a abracei. Então senti o amor tomar conta de mim. Era algo que quase se podia tocar. Nesse momento chorei. Chorei aos soluços. Chorei de alegria e de amor. Posso dizer que chorei assim, pois isso já me aconteceu uma vez na vida.
E assim entre o amor e as lágrimas de felicidade eu acordei.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Citações Nº 23. Jean Cocteau


"A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe."

(Jean Cocteau)


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sexta-feira, setembro 26, 2008

Gym against time

Finally after many years without any practice physical activity, and when I say no it is serious, I frequent a nearby gym in my workplace. No is too luxurious or to draw attention, however I believe that their modest facilities will properly serve my purposes.
With the arrival of years I have noticed that it i have noticed that it is more difficult to allow the tie, climbing stairs or even do a walk through quickstep. The time is not there for us. He will simply squeezing the knob around our necks simply going slowly tightening the garrotte. Having fun with the garrotte. Having fun with our gradual swoon. The belly grows, the veins close, the hair falls and memory ... Ah! The memory makes a point of remembering what happened to twenty years ago, but did not remember where you left your car keys. Thus I have left no alternative but to run. I will race against time. Battle to win space in this race. Dispute each breath that I can recover and keep it until the last moment. I am not to give me so early. It is a tussle worthless, because we know in advance who will be victorious. It is no use for me to have a son, plant a tree or write a book. After all my name will be forgotten, my achievements will change in dust and left no one trace of my passage through the world. And that comes only to confirm my status of traveller in existence.
But leaving aside the bitterness the good news is that I would do exercises and my knees will be grateful.

Ginástica contra o tempo

Enfim depois de muitos anos sem praticar nenhuma atividade física, e quando digo nenhuma é nenhuma mesmo, entrei para uma academia aqui perto do meu local de trabalho. Nada que seja muito luxuoso ou que chame a atenção, entretanto creio que suas modestas instalações serviram adequadamente aos meus propósitos.
Com a chegada dos anos tenho notado que está mais difícil amarrar os cadarços, subir escadas ou mesmo fazer uma caminhada com passo acelerado. O tempo não está nem aí pra gente. Ele simplesmente vai apertando o garrote lentamente. Divertindo-se com o nosso desfalecimento gradativo. A barriga cresce, as veias entopem, o cabelo cai e a memória... Ah! A memória faz questão de lembrar o que aconteceu a vinte anos atrás, mas não lembra onde você deixou as chaves do carro. Dessa forma não me resta outra alternativa a não ser correr. Vou correr contra o tempo. Batalhar para ganhar espaço nessa corrida. Disputar cada fôlego que eu puder recuperar e mantê-lo até o último momento. Não estou a fim de me entregar tão cedo. É uma contenda inútil, pois de antemão já sabemos quem será vitorioso. Não adianta que eu tenha um filho, plante uma árvore ou escreva um livro. Depois de tudo meu nome será esquecido, minhas realizações virarão pó e não restará traço algum da minha passagem pelo mundo. E isso só vem a confirmar meu status de viagem nessa existência.
Mas deixando o amargor de lado a boa notícia é que volto a fazer exercícios e os meus joelhos agradecem.

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quinta-feira, setembro 25, 2008

Livros e pessoas

Lendo esse post no blog do Carlos ii parei para refletir um pouco sobre livros e pessoas. E no fim não fui muito longe, entretanto percebi que não pra dá ser categórico, sobre livros:

Vejo que é uma questão bastante pessoal, os livros atingem as pessoas de formas distintas. Apesar de serem as mesmas palavras os significados mudam de pessoa para pemudam de pessoa para pessoa. E quem se identifica numa obra seja ela de Flaubert ou de Kafka ou até mesmo, Deus me livre, Paulo Coelho pode retornar a ela e ver muitas coisas que não vira antes, ou perceber que ela mesma está mudando ou que continua a mesma. E talvez seja essa uma das grandes magias dos livros. Independente da complexidade ou simplicidade do texto. Eu mesmo sou vítima desse tipo de coisa. Como já citei anteriormente existem livros que torno a ler de vez em quando. E a cada vez noto pontos que antes não me diziam nada demais e que agora parecem que foram escritos especialmente para mim. Eles servem de marcos onde podemos avaliar nosso progresso como seres humanos, pois a obra é sempre a mesma, o que pode se diferenciar são os olhos do observador.


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terça-feira, setembro 23, 2008

Primavera?

Eu adoro o frio e o calor. Cada coisa em seu lugar. No inverno tem que fazer frio mesmo. Sair de manhã cedo e queimar o rosto com o ar gélido da madrugada, o sentir queimando o pulmão. Então correr pro sol e senti-lo esquentando a gente lentamente. O calor se espalhando através daquela tonelada de camisas casacos e também pelas ceroulas/agasalhos que se usam por baixo da calça jeans. Observar a fumacinha que sai da boca enquanto a gente conversa. Aproveitar pra dormir agarrado e esquentar os pés frios nos pés da esposa. Tomar vinho sem ter que por na geladeira pra ficar na temperatura certa. Comer pinhão, tainha recheada, tomar quentão. Observar as estrelas no céu mais límpido que existe. Poder ir à praia e não se preocupar com os farofeiros ou os engarrafamentos.
Pena que esse ano o frio passou tão longe do sul. Mal deu pra curtir. E hoje que é o segundo dia da primavera mais parece um dia de inverno, mas agora é tarde pra esfriar. Já estamos nos preparativos pro verão então o negócio é apostar no inverno de 2009. Ou ele esfria mesmo ou vou ter que passear na gaucholândia.

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terça-feira, setembro 16, 2008

No trabalho Nº 06. Recursos humanos.


Para quê tentar resolver os problemas criados por um funcionário ruim se é tão mais fácil transferi-lo de setor?



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segunda-feira, setembro 15, 2008

Propaganda eleitoral gratuita II - A missão

Pessoal conforme eu havia desafiado no post Propaganda eleitoral gratuita eis alguns corajosos que aceitaram o desafio e nos proporcionam boas opções para esses tenebrosos dias de campanha eleitoral.

Meu agradecimento a todos que se dispuseram a gastar o seu tempo em busca de soluções que amenizem o dia-a-dia da nossa sociedade.

Abaixo os linkes para as respectivas postagens sobre as listas.


Voo noturno



Estopim entrópico



Arredor de mim


Reinventar-se


E aqui duas listas que foram colocadas nos comentários da primeira postagem.

Por Fernanda Teodoro ...

*Caminhar, no meu caso na praia
*Ler aqueles livros guardados
*Fazer programas com amigos
*Escutar boa música
*Fazer comida saudável e tomar suco, já que temos esse tempinho, não precisamos optar pelo pré pronto.



Pascoalita

- Sexo
- navegar na internet
- mergulho na praia
- convívio com amigos
- caminhadas
- boa leitura

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segunda-feira, setembro 08, 2008

Blogueiros em Itajaí








Pessoal para quem ainda não conhece a pessoa ao meu lado é a Denise Silva do blog Denise Silva - SC. Essa é mais uma das amizades da blogosfera que entra pro rol das amizades do mundo físico. Esse encontro aconteceu há algum tempo, mas devido a correria só consegui fazer a postagem agora.
Ela é blogueira de Itajaí, adora assuntos polêmicos e principalmente os ligados a política. Trabalha com engenharia ambiental e assuntos ligados ao meio ambiente. Tivemos uma boa conversa que fluiu durante um corrido intervalo de almoço. Espero que possamos repetir a dose com mais calma esta semana visto que a partir de 10/09 retornarei à cidade em mais uma missão de trabalho.
As fotos foram tiradas numa praça que fica de frente para o rio Itajaí.
Um abraço a todos os amigos blogueiros e quem sabe ainda chega o dia de nos encontrarmos pessoalmente.

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terça-feira, setembro 02, 2008

Depressão

Peça o que quer. Não espere que os outros adivinhem as suas necessidades.

A frase acima sintetisa o começo da palestra sobre depressão com o psicólogo da empresa. Notei que havia uma forte influência de doutrinas orientais, tais como budismo e hinduísmo, o palestrante focou sua explanação em auto-estima, carícias, livre-arbítrio e responsabilidade.
Eis aqui algumas anotações que fiz sobre o que presenciei:

Auto-estima; é a necessário que façamos à manutenção da nossa para que possamos evitar a perda do prazer de viver. Esta perda do prazer, esse entorpecimento seria o principal responsável pela depressão.

Carícias; são estímulos sociais. E todos têm necessidade disso. Entretanto existem várias formas de carícias que podem ser dos tipos positiva ou negativa. Entre as várias classificações de carícias uma que devemos evitar é a chamada carícia de lástima. Esta seria do tipo que as pessoas nos dão quando nos encontram em momentos difíceis. E o que há de errado nisso? Nada, desde que a pessoa não passe a adquirir o vício de fazer-se de vítima para continuar recebendo esse tipo de atenção. No dia-a-dia encontramos várias pessoas que preferem se fazer de coitadas a batalhar pela sua felicidade.

Livre-arbítrio; tocou num ponto que eu gosto bastante que é a faculdade de escolher viver um bom dia ou não. Esta abordagem me agrada, pois, você pode não controlar tudo o que acontece durante o seu dia, entretanto você pode escolher como reagir ao que lhe acontece. É o que as pessoas chamam princípio 90/10.

Responsabilidade; se algo não está bem em nossa vida devemos analisar que escolha que fizemos no passado e que neste momento causa-nos tanto desconforto. Devemos assumir nossa responsabilidade em relação a esta escolha e então decidirmos se continuamos seguindo da mesma maneira ou se tomaremos uma atitude que mude o atual estado de desconforto para uma posição mais cômoda e prazerosa.

Neste evento foram mencionadas várias fábulas e analogias das quais destaco aqui as que mais chamaram a minha atenção.


O presente de Buda
O centésimo macaco
Princípio 90/10


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sexta-feira, agosto 29, 2008

Vacation ahead.

Now I am preparing my vacation. Willl be a travel crossing the south of Brazil and get into Paraguay finishing in Assuncion. Some days driving my car will refresh my soul and pleasure my eyes with the naturals beauty what i find in this way. I think the parture will occur in the second week of november.
Soon I tell you more.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Propaganda eleitoral gratuita.

O blog Máquinas de letras propõe um grupo de escrita que consiste no seguinte:

Você escreve um post sobre cinco coisas que você acredite ser melhor do que assistir o horário de propaganda eleitoral gratuita na TV, posta no seu blog e linka para esta página. Depois do seu post pronto você passa aqui e avisa, para que eu possa ir lá, coletar a sua lista e agregá-la às demais. Dia 15 de setembro fechamos as participações e fazemos a postagem final com os links dos participantes.

Pode ser qualquer coisa que você acredite ser melhor do que assistir o horário de propaganda eleitoral gratuita na TV. Sei lá, qualquer coisa mesmo!

Quanto menos lugar comum, melhor.

Apresento alguns motivos para participar:

Será mais uma postagem: Se você tem um blog, você sabe como às vezes é complicado arrumar sobre o que escrever..

Link: É um fato: Blogueiros amam links e eu irei linkar todos os participantes.

Desafio: será que o pessoal irá usar e abusar da sua cria tividade ou a maioria irá apelar para coisas mais básicas.

Participação: Se a blogosfera é feita de conversações, onde estão elas? É algo muito pouco exercido na internet, com iniciativas dessas você realmente participa de uma conversação sobre um assunto atual e que interessa a muitas pessoas. Conhece novos blogs e blogueiros.

Listas: Todos amam listas. É um exercício de criatividade, gera reações por faltar algo ou ter algo que não devia estar lá, são fáceis de se fazer e divertidas também.

Pra começar ai vai a minha:

1 – Ler os livros que estão se acumulando na estante.

2 – Dormir.

3 – Jantar.

4 – Assistir a filmes no DVD.

5 – Pensar no post do dia seguinte.


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terça-feira, agosto 26, 2008

Pais e filhos Nº 02. Café


- Amor seu café ainda está quente?
-Não. Mas deixa pra lá. Depois que me tornei mãe eu nunca mais soube o que nunca mais soube o que é café quente. Café frio, comida fria eu já estou acostumada mesmo.

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segunda-feira, agosto 25, 2008

Citações Nº 22. Fiodor Dostoievski


"Todas as mulheres sabem que os ciumentos são os primeiros a perdoar."

(Fiodor Dostoievski)

E ele estva certo ou não? Por favor, esclareçam-me.

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sexta-feira, agosto 22, 2008

Music

Tomorrow will be my first music lesson. I found a school in front of bay. And the best of all, is completly free.
Protect your ears I will learn music!

O Egípcio

Pro pessoal que pediu mais informações sobre o livro ai em baixo está uma resenha que eu encontrei enquanto vagava pela internet.


O EGÍPCIO é a reconstituição total de uma era até hoje não devassada pela ficção, e como tal, enriquecem-na veias túmidas de fascinante erudição. Inteiramente autêntica, está escrita num estilo literário de que pouquíssimas novelas históricas podem gabar-se. Passa-se no Egito, mais de um milênio antes de Cristo, e abrange tudo do mundo conhecido de então. Vem narrada por Sinuhe, médico do Faraó, e é a história de sua vida. Desfilam inúmeros personagens, descritos com perfeição, alguns dos quais dificilmente serão esquecidos: Horemheb, o general do Faraó, que dirigia sua carruagem sobre mulheres, crianças e velhos das terras conquistadas; Nefer-nefer, com quem as modernas irmãs do pecado jamais poderiam competir; Minea, a virgem votada aos deuses, dançando nua diante dos touros sagrados; a rainha Nefertiti, cuja beleza física era perigosa em demasia por estar combinada com a malícia e a inteligência aguda; o escravo Kaptah Kaketamon, a bela irmã do Faraó Akhnaton... Intriga, morte, guerra, paixão, amor e luta religiosa são contados, enquanto Sinuhe vai revelando sua vida, ora radiante, ora desesperançada. Há grandeza impressionante em “O EGÍPCIO”, amplo rasgo do romance verdadeiramente de primeira classe, o triunfo assombroso de uma grande imaginação criadora, uma obra épica magnífica. É um livro que o entreterá por várias horas, deixando-o em suspenso, possuído de um encanto que jamais será esquecido. Mika Waltari era quase desconhecido fora da Finlândia, sua pátria. Produzira considerável número de peças teatrais, poemas e novelas logrando grande êxito local, porém sem grande repercussão internacional. Suas primeiras influências literárias foram os escritores franceses modernos; suas obras estavam cheias de problemas da mocidade, os enredos, um tanto sensacionais, girando em torno dos conflitos do álcool e do sexo, e Mika Waltari fazia parte então de um grupo de literatos radicais que se cognominavam de “Os Condutores da Tocha”. A primeira transformação sensível no gênero literário de Waltari se processou em 1938, com a peça “Akhnaton”. As pesquisas em que se orientou nessa peça o conduziram ao plano de “O Egípcio”. Infelizmente a guerra prejudicou muito o seu trabalho, atrasando a publicação, que ocorreu somente em 1945, logo se tornando uma sensação, não tardando que as traduções se sucedessem através do mundo!

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quinta-feira, agosto 21, 2008

Mika Waltari


O texto abaixo foi tirado daqui e traduzido por mim da melhor maneira que pude. Espero dessa forma esclarecer um pouco mais sobra a vida desse autor que tanto me agrada e que não é conhecido por muitas pessoas. Aproveito para lembrar que esse ano comemora-se o centenário do seu nascimento.

Leiam e divirtam-se..



Mika Waltari nasceu filho de um pastor luterano, em Helsinque, em 19 setembro 1908. Seu pai era Toimi Armas Waltari educador severo dos seus filhos com um temperamento explosivo, mas não sem uma parcela de afeto. Ele acreditava no provérbio "Inutilize a vara e estragará a criança".

Ele tinha muitos amigos; provavelmente ele ganhou mais amigos como um clérigo e um pregador do que como professor, que era o seu principal meio de subsistência. Quando seus amigos pediam ajuda e ele realmente não podia fazer nada, ele costumava dizer "vamos rezar juntos".

Em 1912, a família Waltari mudou-se para Mikkeli, onde viveu por dois anos antes de regressar a Helsinque. O pai Toimi Waltari morreu em 1914 com a idade de 32. Toimi Waltari escreveu algumas obras de ficção, incluindo Unohdettuja em 1912, baseado em suas experiências como capelão prisional. Ele também publicou alguns livros da juventude, incluindo David Livingstone, em 1914 e Rakkauden sankareita. Von Bodelschwing ja Barnardo em 1914. A próxima série juvenil ficou inacabada por causa de sua morte.



A morte do pai quando ele tinha cinco anos de idade foi a tragédia dos primeiros anos de vida de Mika Waltari. Ele experimentou uma variedade de conflitos e anseios em sua juventude, provavelmente por causa de sexualidade reprimida, intimamente ligada à ansiedade causada por uma crise religiosa. Desejos eróticos e religiosidade formaram uma área indivisível, na sua personalidade, e era impossível e nem sequer era necessário fazer a separação entre os dois. Nesta área, ele foi mais sensível para a vida e sentiu mais fortemente o conflito entre o ideal inatingível e realidade insatisfatória, reagindo mais sensivelmente à coação e pressão do exterior.


Waltari, o aluno, cresceu sem um pai, mas com a sua abençoada genética. Ele sabia que não estava muito interessado na escola, foi um mal necessário que só tinha de ser tolerado. Sua maior tensão psicológica no colegial foi provavelmente a sensação de que sua mãe foi obrigada a trabalhar para colocar seus filhos na escola. Ele não podia reprovar ou ser mantido um ano a mais na escola, porque isso significaria pagar taxas extras. Enquanto estava na escola, ele escreveu poemas e histórias para student union publications. Ele formou-se Suomalainen Normaalilyseo na escola secundária (finlandês Liceu Normal), em 1926, especializado nos clássicos.


Bibliotecas se tornaram lugares de tesouros para o jovem Waltari. Como um estudante, ele alega ter passado através de praticamente todos os livros armazenados na biblioteca da cidade de Helsinque, naquela época.


"Deus, até lá, no espaço nobre, deve ter rido muito quando ele estava olhando para a alma de Aarne Tammi. E quem sabe, talvez houvesse uma decisão feita direito, então, até lá, sobre ele. Houve também narcisismo e muita presunção sobre ele, mesmo que no fundo ele fosse um bom menino e fizesse coisas boas. Ele só precisava de uma limpeza e refinação. Ele precisava para entrar no caldeirão da vida, onde toda a sujeira e queima e só o que resta é ouro puro”, aos 17 anos de idade, Waltari, o estudante, escreveu em seu primeiro trabalho Jumalaa paossa (Escape Deus, não disponível em Inglês) em 1925.

O cristianismo do Waltari doméstico foi fortemente influenciado por uma raça de idealismo defendido pelo gosto de Leão Tolstoi e Arvid Järnefelt. Em seguida Waltari busca um tom de um forte anseio de absolutismo e unidade. Ele sofreu de não ser capaz de satisfazer esse anseio em sua vida intelectual e espiritual. Ele ventilou estas ansiedades, nas pequenas histórias de terror que escreveu sob o pseudônimo Kristian Korppi.


Em 1926, depois de um romance fracassado, Waltari viajou para a casa de um dos amigos em Vuoksenniska, Imatra, para o Natal. Durante as duas semanas que ele passou lá, escreveu uma coleção de poemas Sinun ristisi juureen (Por Sua Cruz, não está disponível em Inglês). A coleção transmite uma sensação de experiência pessoal.



A decepção após a partida de um ente querido, o sentimento de ser deixado sozinho e rejeitado por Deus deixou-o pensar que ele era um completo fracasso na vida. "Depois das experiências amargas no amor eu comecei a ler teologia e sofri uma enorme e quase mística transição religiosa. Nesse momento na minha vida eu tinha a convicção inabalável dos jovens de que eu seria melhor servindo as outras pessoas como um clérigo."


"Sinun ristisi juureen a coleção tinha apenas alguns poemas de verso livre-, eles foram obrigados versículo, ainda eu tentei evitar os finais mais convencionais em rima. Após os conflitos pessoais, decepções e ambivalência, esta foi, por assim dizer, um retorno para algo mais familiar e seguro. Minha hereditariedade teológica contribuiu para manchar o fato de que uma grande e ousada rebelião estava próxima a seguir por uma quase tão grande contra-reação".



Mika Waltari casou-se em 8 de Março de 1931 com Marjatta Luukkonen. Marjatta foi a filha mais jovem do Major-General Medico Antti Eemil Luukkonen e sua esposa Bertha Vilhelmiina (née Carlson).


O retiro de verão da família Waltari em Sulosaari próximo ao canal de Saimaa no leste da Finlândia, foi um longo tempo refúgio para criação e também para o descanso. Desde 1940, a família começou a passar seus verões em Kalhonkylä em Hartola, Sul da Finlândia, onde a sogra de Waltari tinha uma casa de veraneio, e ocupava uma sala no sótão. Foi onde Waltari escreveu suas obras literárias, incluindo o Egípcio, O aventureiro e O renegado. Entre 1945-49, a família Waltari passou seus verões em Kalhonkylä, assim como diversos períodos depois.

Mika Waltari morreu em 1979.

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Como fugir do horário político obrigatório

Boas notícias!
Começou o horário político obrigatório. O que tem de bom nisso? Ora! Ontem consegui reunir a família para participarmos de uma maravilhosa atividade em conjunto. Alternando-se na leitura ficamos de noite em frente à TV durante horas com o aparelho desligado e tendo por companhia as palavras do grande escritor Mika Waltari. Ganhei de presente o livro O egípcio. Há muito que eu o buscava pelos sebos da cidade e enfim minha esposa o achou e fez questão de regalar-me com esse mimo. Chegou exatamente no dia em que começou o horário político obrigatório. Agora me esforço para conseguir que todas as noites possamos, como uma família unida, compartilhar essa maravilhosa história. Assumo que sou um tanto suspeito para falar desse livro já que estou começando minha terceira leitura dele, mas o fato é que a obra é muito boa. E que agora acho que conseguiremos nos livrar do jugo da TV. Pelo menos enquanto durarem as campanhas eleitorais.


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quarta-feira, agosto 20, 2008

Pais e filhos Nº 01. Alimentação



Filha – Mãe bota o cachorro pra fora que ele quer comer o meu salgadinho.


Pai – Se vira filha. O mais esperto fica com a comida.


Mãe – Filha então esquece o cachorro e foge do teu pai.




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terça-feira, agosto 19, 2008

Doação de sangue

Em busca de uma tarde de folga me voluntariei a fazer uma doação de sangue. Um ato nobre e altruísta, eu acho, não demora muito, é seguro e ajuda a muitas pessoas. Comuniquei o meu chefe imediato e parti em direção à Ilha de Santa Catarina.
Um dia quente e ensolarado em pleno inverno. Seria perfeito, caso não houvesse um trânsito lento e confuso já as 14h00min. Mas deixando esse pequeno contratempo de lado, cheguei ao Hemocentro de Santa Catarina, Hemosc, e numa agradável surpresa constatei que eles oferecem estacionamento gratuito aos doadores. Estava lá cheio de vontade de oferecer minhas veias à agulha, só que para minha tristeza, logo na recepção fui informado que devido a minha recente vacinação contra a Rubéola agora me encontrava totalmente incapaz de ofertar minhas hemácias e outros hemoderivados a quem quer que fosse. Porém nem tudo estava perdido, a partir do dia 10/09 já poderei assumir novamente minha responsabilidade de doador e ajudar até quatro pessoas a cada doação, ou seja, mês que vem teremos outro post falando sobre isso e espero que enfim essa história tenha um final feliz.


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segunda-feira, agosto 18, 2008

Frases Nº 14. Orkut

O mundo é pequeno. O Orkut é menor ainda.

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quinta-feira, agosto 14, 2008

No trabalho. Nº 04. Funcionários e esposas.


Administrador 01 - Você acha que eles vão gostar das alterações que fizemos?

Administrador 02 - Não. Eles nunca estão satisfeitos.

Administrador 01 - Parecem esposas.

Administrador 02 - Nasceram pra reclamar.

Administrador 01 - Quem? Os funcionários ou as esposas?

Administrador 02 - Ambos.


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quarta-feira, agosto 13, 2008

Coisas de casal. Nº 08

Coisas de casal 08.jpg

Ela - Querido nós vamos fazer amor hoje a noite?

Ele - Não bem eu tô muito cansado.

Ela - Então passa a salada de cebola e o vinagre.




Desenhos exclusivos da Juju cartoon para a série Coisas de casal e a partir de agora vou atualizá-los e repuplicá-los com essas ilustrações. Apreciem, comentem e visitem o blog da nossa colaboradora.


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segunda-feira, agosto 11, 2008

Vi na TV e gostei.




Poema tirado de uma propaganda de tv. Gostei e agora publico aqui.
““A idéia é a rotina do papel

O céu é a rotina do edifício

O início é a rotina do final

A escolha é a rotina do gosto; O espelho é a rotina do oposto;

A rotina do jornal é o fato; A celebridade é a rotina do boato

A rotina da garganta é o rock; A rotina da mão é o toque

O coração é a rotina da batida; A rotina do equilíbrio é a medida

O vento é a rotina do assobio; A rotina da pele é o arrepio

A rotina do perfume é a lembrança; O pé é a rotina da dança

Julieta é a rotina do queixo; A rotina da boca é o desejo

A rotina do caminho é a direção; A rotina do destino é a certeza; Toda rotina tem sua beleza.”


Aí em baixo vai o vídeo da propaganda.









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Citações Nº 21. Lévi-Strauss


"O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as verdadeiras perguntas."

(Claude Lévi-Strauss )

segunda-feira, agosto 04, 2008

Como fazer miojo

Quando eu fiz esse post, Almoço, Florianópolis, 28/02/2007, eu não imaginava quantas pessoas chegariam até o Máquina de letras em busca de receitas sobre como preparar o famigerado miojo. De tantas visitas que recebi resolvi atender a necessidade dessas pessoas que precisam incrementar um pouco suas refeições.
Abaixo segue a minha proposta.

Para os mestres-cucas de plantão segue a minha receita particular de macarrão instantâneo mais vulgarmente conhecido como miojo.
Primeiro cozinha-se o troço em água fervente por três minutos. Em seguida escorra a água até ficar somente o "macarrão". Adicione o tempero em pó, argh!
Até aí você seguiu os procedimentos padrões para o preparo da maioria dos macarrões instantâneos que encontramos nos mercados. Agora para melhorar; melhor dizendo para dar gosto de alguma coisa a essa massa informe de carboidratos, abra uma lata de atum, escorra o óleo e despeje o conteúdo sobre o macarrão. Misture bem e sirva.
Boa sorte e que Deus tenha piedade da sua alma.

Como a criatividade humana é praticamente infinita aproveito pra atualizar esse post com a contribuição que o Gabriel deixou aqui em  22/06/10:
"To quase dormindo aqui, então resolvi contar um segredo meu de culinária... ensinar vocês fazerem um miojo diferente. É assim..

Faz o miojo normal como você sempre fez... quando o macarrão estiver quase no ponto, retire quase toda a agua e coloque algumas colheres de requeijão (2 ou 3), deixa o requeijão dar uma derretida e retira do fogo.

O miojo fica no esquema!!

kkkk foi mal... to com sono... e na verdade é a única coisa que sei cozinhar .. mas experimentem que fica bom msm :P"

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sexta-feira, agosto 01, 2008

Friday. A mulher do futuro

O que Robert A. Heilein nos oferece nesta obra é uma deliciosa aventura num futuro confuso quando o planeta em franca decadência é divido em diversos pequenos estados manipulados por mega-corporações. Democracias, ditaduras, monarquias e outras tantas formas de governo estão presentes. Os Estados Unidos da América já não existem como conhecemos. Está divido em diversas cidades estados muito semelhantes as antigas polis gregas.

Friday é o supre-sumo de um laboratório de engenharia genética. Denominada como Pessoa Artificial (P.A) ela foi dotada de características sobre-humanas Tais como força, velocidade, audição, raciocínio e outras mais. Treinada para o combate corpo-a-corpo, táticas de guerrilha, terrorismo, manuseio de armas e veículos ganha a vida trabalhando como mensageira de uma organização secreta liderada pelo homem misterioso que aparentemente está sempre a par de tudo na política internacional e atende pela alcunha de "Chefe".

Quando não está carregando mensagens secretas Friday tenta levar uma vida normal aproveitando os gatos e as paisagens bucólicas da fazenda onde ela reside com sua família neo-zelandesa. Neste faceta da história observamos um casamento grupal com vários maridos, esposas e diversas crianças. Onde todos são responsáveis por todos formando tanto uma família quanto uma cooperativa econômica.

Um livro repleto de ação, reviravoltas, romance, sexo e intrigas políticas e corporativas. Contando as peripécias de uma loura exuberante em busca da sua identidade e do seu verdadeiro lugar no universo. Uma excelente história para quem aprecia livros de aventura e ficção.



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