sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Pais e fillhos Nº 08. O olhar de uma criança

Ser pai é uma chance que a vida nos dá de voltar-mos a ser crianças e de enxergarmos o mundo com outros olhos.

Filha - Pai olha a estrela!

Pai - Filha já é de manhã, não tem mais estrelas.

Filha - Olha alí pai - e aponta para uma torre de transmissão de energia.

Pai - E por quê é uma estrela?

Filha - É grande, pontuda e de noite ela brilha.

Agora quando a levo para a escola faço questão de olhar as estrelas e de lembrar que mesmo durante o dia temos estrelas ao nosso redor. 


Na foto a estrela que minha filha descobriu.

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quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Bottmann X Landmark

Pra quem não sabe ainda, eu deposito grande fé na blogosfera como divulgadora de cultura, informação e debates. Vejo nela um passo adiante na democracia que temos atualmente. É um espaço onde largamos a passividade e podemos interagir, gerar conteúdo e divulgar idéias. Entretanto isso tudo só poderá florescer num ambiente livre de censura e que esteja de acordo com as leis.


Porém o que notamos é que de vez em quando surge uma voz tenebrosa clamando por mais controle e tentando constranger blogueiros a fim de que os mesmos cessem suas atividades.


Desde ontem rola na blogosfera brasileira a discussão do caso Bottmann X Landmark, onde uma blogueira que ganha a vida como tradutora está sendo processada por uma editora que afirma ter sofrido calúnias por parte da tradutora.


Resumindo as coisas:

Bottmann autora do blogue Não Gosto de Plágio, fez uma série de postagens denunciando um possível plágio praticado pela editora Landmark. A editora então processa a blogueira e solicita no seu processo:




- indenização por pretensos danos morais e materiais,
- "publicidade restrita", isto é, que o processo corresse em sigilo de justiça,
- a remoção do blogue nãogostodeplágio da internet, invocando o "direito de esquecimento",
- "antecipação dos efeitos da tutela de mérito", isto é, que a justiça determinasse a remoção imediata do blogue antes da avaliação do mérito da ação impetrada.



Para quem quiser saber um pouco mais sobre o caso clique aqui. Essas são as informações publicadas pela Denise Bottmann e até o momento a Editora Landmark nada divulgou em sua página.




Espero contribuir em algo divulgando o caso e declarando meu apoio a Denise Bottmann. Informo que li as postagens sobre o possível caso de plágio e nada encontrei ali que não pudesse ser resolvido com uma conversa civilizada. Ela expõe claramente os fatos que induziram a suspeita de plágio e não vejo motivo da editora exigir INDENIZAÇÃO, PUBLICIDADE RESTRITA, ANTECIPAÇÃO DE TUTELA e o pior de tudo REMOÇÃO DO BLOGUE nãogosotodeplagio DA INTERNET.

Qual o interesse da editora em correr o processo em silêncio? Remover o blogue por quê? Será que o simples direito de resposta não é suficiente? Isso é; se a Landmark tiver razão. Antecipação de tutela? Como assim? Atire primeiro pergunte depois?


Pessoal o que posso fazer é isso. Ser solidário e pedir que vocês ajudem a divulgar esse caso.






O Brasil não pode retornar aos tempos da censura.


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segunda-feira, fevereiro 22, 2010

O motivo da minha paixão

Aqui conto o porquê de gostar tanto de parques. Havia prometido isso no post Eu quero um parque. Então, a promessa está cumprida neste texto.

Em breve, completo quatro meses de minha volta a Joinville (SC). O retorno se deu por causa do meu novo emprego. É minha terra natal, mas me sinto estranha. Faltam muitas coisas para mim. Uma delas são os parques.


Sinto saudades de Floripa onde têm as coisas que não encontro em Joinville. É considerada a maior cidade do Estado de Santa Catarina. Maior que Floripa, a capital do Estado. Não estou sozinha. Muita gente quer parques em Joinville, inclusive um jornal da cidade está fazendo campanha desde o ano passado para que os moradores ganhem esse presente. Mais que um presente, vejo como um compromisso dos governantes, pois é uma necessidade do povo.


Toda cidade deveria ter parque, seja pequena ou grande. O L.S. Alves escreveu o post Parque Central de Caçador sobre a inauguração dessa nova e atraente opção de lazer no município localizado no planalto catarinense. Caçador é uma cidade menor que Joinville. Meus aplausos para quem conseguiu a realização desse feito. Espero que os moradores de Caçador estejam fazendo bom proveito do parque.


Sempre gostei de parque. Desde menina. Não me esqueço do Parque Infantil de Brasília onde meus pais me levavam com meus irmãos para passear e brincar. Lembro dos parques que conheci em Curitiba. Do Parque Ibirapuera, de São Paulo. Ah, eu quero um Ibirapuera em Joinville. Sinceramente, não sei explicar como surgiu o meu gosto por parques. Creio que já nasci com isso.


Há parques em Joinville, mas não são os ideais. Parque do Morro do Finder, como diz o próprio nome, fica num lugar alto. Nem todos têm fôlego para subir o morro, inclusive eu. Jardim Zoobotânico é um lugar pequeno. Se quiser caminhar, também precisa subir morro. E, por último, o Parque Caieira fica muito longe e me disseram que está perigoso ir lá. Já perdi o caminho para chegar a esse lugar. No entanto, preciso ver como estão os parques hoje.


Bem, faço uma nova promessa. Desejo contar a vocês a visita que farei nos três parques existentes em Joinville. A foto da graciosa e colorida ave vive no Parque Ecológico do Córrego Grande, local onde eu costumava ir muitas vezes em Floripa.


Lu Vieira


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terça-feira, fevereiro 16, 2010

Citações Nº 40. Carlos Drummond de Andrade. Carnaval

O carnaval socializa o folião, que depois volta ao individualismo descontente.



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segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Eu quero um parque

Um só não
Quero muitos parques
Preciso de área verde
Para respirar melhor
Para admirar
As árvores
Os pássaros
Os animais
As pessoas
Para estender a minha toalha na grama
Nela sentar
E abrir um livro ou uma revista
Ou tirar uma soneca
Ou ficar quieta
Para caminhar
Pedalar
Jogar bola
Fazer ginástica
Estar com a família
Ou com os amigos
Ou sozinha
Ouvir música
Apreciar a natureza
Refletir
Ver que o verde ainda existe
No meio de uma cidade selvagem
Enfim, para me sentir bem.

O que escrevi acima dá uma noção do quanto eu gosto de parque. Prometo contar em outro post o motivo desse meu forte desejo.

Para terminar, como gosto de fazer, deixo a linda imagem de uma rosa que registrei no jardim da empresa onde trabalho.



Lu Vieira

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domingo, fevereiro 14, 2010

Citações Nº 39. Carlos Drummond de Andrade. Carnaval

O carnaval recomenda-se como ressureição da vida, sufocada no resto do ano.


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sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Carta a um amigo que morreu

Não quero parecer grosso, mas preciso lhe dizer que as pessoas morrem. Todos morrem. Eu, você, o padre, o ator da novela das oito, todo mundo. Mais cedo ou mais tarde as pessoas morrem. E este é um fato difícil de aceitar, não importa se você tem cinco ou oitenta anos. A morte não é algo banal e deixa marcas em todos nós. Não é a sua religião ou filosofia que vai torná-lo imune aos efeitos desse evento. Não digo quanto ao fim da sua existência, refiro-me a morte de alguém próximo, um amigo ou um parente. Porque eles se vão e não voltam mais. Entretanto nós permanecemos aqui e temos que lidar com a partida deles por todos os dias que restam nas nossas vidas. Cada um lida como pode ou como consegue. Quem parte muitas vezes deixa assuntos inacabados. Coisas pendentes e talvez por isso tantas pessoas entrem no google em busca de "carta a um amigo que morreu". Não sei quanto a vocês, mas agora é hora de eu escrever minha carta à um amigo que se foi.


Caríssimo creio que não saibas a quanto tempo quero lhe escrever, mas o dia-a-dia tem sugado-me de tal forma que só agora consegui tempo para dedicar-lhe algumas linhas. Na verdade o que me impediu foi essa acomodação que toma conta de todos nessa vida moderna que levamos. Nessa existência contemporânea parar para pensar e escrever é algo tão descabido quanto cumprimentar as pessoas na rua. Sei que não há desculpa para minha atitude a não ser o comodismo que ataca a todos em nossa sociedade, mesmo assim espero que possa entender a minha situação e desculpar a minha procrastinação.


Escrevo para aplacar as saudades que volta e meia fazem questão de bater à minha porta. Sem mais porque vejo-me lembrando nossas longas conversas noite adentro. Algumas regadas a vinho, outras a café e até mesmo a cerveja já serviu para lubrificar nossas fatigadas gargantas enquanto discutíamos o cotidiano e fazíamos planos para o futuro. Porque quando somos amigos o presente não nos basta. Temos que escrever o futuro também. E temos a plena convicção que esta será uma obra melhor escrita a quatro ou muitas mãos, as minhas, as suas, e a de nossos outros amigos. Naquele tempo em que tínhamos todas as respostas e riamos das pessoas que pensavam duas vezes antes de dar um passo adiante. Quando caminhávamos lado a lado por uma hora até o centro da cidade para comer um cachorro-quente deixando de ir de ônibus só para ter mais tempo pra conversar. E a juventude era nossa maior riqueza que gastávamos como um recurso inesgotável. As viagens que fizemos estão em cima da minha mesa, congeladas em fotos para que eu não esqueça a felicidade daqueles dias. Apesar de que nem tudo foi perfeito e de que em certos momentos a vida parecia ruir ao redor ainda assim havia o consolo do seu ombro e a garantia de sua mão estendida e sempre pronta a ajudar-me a levantar mais uma.


Mas o tempo passa e a vida muda ou nós mudamos. Mudamos de atitude, cidade, pensamento e até de amigos. Novas conversas virão, novas festas, novas vivências. Não que as antigas tenham perdido sua validade ou tornado-se obsoletas, pois graças a elas cada um é o que é nos dias atuais.


E sei que hoje sou um ser humano melhor graças a você que foi meu amigo, não pelas minhas qualidades, mas apesar dos meu defeitos, que afinal não eram poucos. Talvez por esse motivo sua amizade tenha sido tão importante pra mim.


Por mais que a saudade aperte e que o desejo de nos reunirmos seja grande agora já é tarde demais e nada poderá mudar isso, mas nessa carta deposito um pouco da saudade e dos meus sentimentos por você que foi uma irmão que a vida pôs em meu caminho. Gostaria de ter dito isto antes que fosse tarde demais porém o destino não permitiu. Onde você estiver espero que essas palavras um dia possam chegar até a ti.


Um abraço de seu amigo.

L.S. Alves




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segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Preciso te ver

Aonde quer que eu vá
Sempre estás no mesmo lugar
Posso te ver e tocar quando eu quiser
És imenso
Lindo
Maravilhoso
Fascinante
O meu dia se torna melhor
Quando eu te vejo
Mesmo que seja por um instante
Sinto paz na alma
E próxima do Criador
Preciso te ver
Meu querido mar

A foto mostra as três pontes de Florianópolis que ligam o continente à ilha: Pedro Ivo, Colombo Salles e, ao fundo, Hercílio Luz.



Até os pássaros apreciam o mar... Mesmo que ele esteja poluído. Ou eles estão pensando qual é o motivo de deixá-lo sujo...


Vamos tomar um banho de mar? Esta é a praia Ponta das Canas, também em Floripa.




Lu Vieira

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sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Se fosse uma trilogia de cinema, qual seria?

A vida é dura e, às vezes, é bom sair do sério, por isso resolvi brincar um pouco respondendo um teste pra descobrir que trilogia eu sou. Até que o resultado não me surpreende muito. Às vezes acredito que as pessoas me confundem com o Chewbacca. Quem quiser brincar também é só clicar na imagem que ela te leva pro sítio onde eu fiz a brincadeira.







Você tem uma visão altamente futurista do mundo que o rodeia e está um passo à frente dos outros. É um lutador nato, mas por vezes não consegue evitar andar com a cabeça na lua.


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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Pais e filhos Nº 06. Pragmatismo infantil

Mãe - Filha tua prima vem passar as férias com o vovô.

Filha - E daí?

Mãe - E daí que ela vai querer ficar com o vovô o tempo todo. No colo, na rede e na praia.

Filha - Não vai não! Eu vou na cozinha pego uma faca e mato ela.

Mãe - ...

Filha - Aí o vovô fica só pra mim.


Nossa colaboradora Juliana preparou mais uma ilustração. Quem quiser conhecer melhor o trabalho dela é visitar o blog Jujucartoon.
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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Corda bamba

Olhou pra cima e imaginou o quão alto aquilo estava. Isso não foi suficiente para fazê-lo desistir. Com certeza iria apreciar a vista lá de cima e sentiria prazer quando o vento entrasse por suas roupas e bagunçasse seus cabelos. Encantos que as alturas possuíam e o dominavam. No meio do caminho olhou pra baixo. Não devia ter feito isso. Não houve tontura ou arrependimento. Apenas foi tomado pela realidade. Acordou para os efeitos nocivos que a gravidade da situação poderia infringir-lhe. Não houve medo. Foi apenas uma constatação. Dura e seca como são todas as verdades. Seguiu acima. Alcançou o topo e então percebeu que não havia caminho de volta. Talvez tivesse ficado no chão se pensasse no assunto com mais calma, mas no fundo creio que nada mudaria. Ali no alto as opções resumiam-se a prosseguir ou cair. Estacionar fatalmente resultaria em obliteração. Respirou fundo, sorveu a beleza da paisagem e sorriu. A corda bamba estendia-se a frente totalmente indiferente a seus receios e desejos. Mas não era uma corda bamba comum. Composta de arame farpado estava pronta para punir sem clemência qualquer passo errado. Claro essa não era a única opção de perigo. A altura extrema ameaçando uma queda mortal. Um instante de desequilíbrio, em seguida um vôo fugaz e depois o nada ou coisa pior. Quem seria capaz de saber o que havia lá embaixo? Deu o primeiro passo e percebeu que o arame não era tão firme quanto gostaria. Deu o segundo passo e notou que poderia cair a qualquer momento. No terceiro pisou onde não devia. Farpas se enterraram na carne, a dor latejou no pé. Com toda a calma que pode juntar recolheu o pé e depositou-o em outro lugar. Na caminhada oscilante aprendia onde por e onde não por os pés. Os erros passados não ajudavam a evitar os erros futuros. O vento assoviava em seus cabelos contando histórias de coisas e lugares que existiam além de seu minúsculo universo que agora resumia-se a uma linha reta. Uma dimensão e nada mais. Sabia que o vento não estava mentindo, mesmo que nem tudo fosse tão lindo e tão fácil como ele dizia tinha consciência de que havia outros caminhos no mundo. E lá no alto, sobre o arame farpado, os pés sangrando, pôs-se a pensar. Seguir em frente, sempre com medo do passo seguinte ou pular de encontro ao vento em busca de um mundo diferente? Enquanto a resposta não chega equilibra-se.

Espero que decida-se antes que seja tarde demais. 
 
 
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segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Citações Nº 38. Carlos Drummond de Andrade. Humanidade


Somos humanos, isto é, achamos que somos.
(Carlos Drummond de Andrade)

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