quinta-feira, março 31, 2011

Resoluções de ano novo

Pode até parecer um pouco tarde pra falar de resoluções de ano novo, mas só agora achei conveniente compartilhar as minhas decisões. Dezembro e janeiro são meses em que essas coisas pipocam em todos os cantos do mundo, talvez pra não soar tão comum eu tenha deixado isso pra agora. É claro que eu gostaria de colocar metas audaciosas e megalômanas como é do meu feitio, mas dessa vez pretendo agir de uma forma diferente. Vou começar devagar e depois ver o que dá. De fato não quero falar em metas para o ano, prefiro trabalhar com semestres. Sinto que é um modo mais fácil de controlar o tempo e de comparar com os períodos anteriores. Então ficam aí as minhas determinações para o primeiro semestre de 2011. Espero concretizá-las no prazo. Caso eu consiga a façanha de realizar todas antes de 30 de junho eu aumento a lista um pouquinho.

  1. Doar sangue
  2.  Concluir o roteiro de um curta metragem
  3. Concluir o texto de um conto infantil
  4. Executar 10 músicas na flauta doce
  5. Organizar as minhas finanças ( sair do cheque especial)

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quarta-feira, março 30, 2011

Sonho nº 12 - Dançando no céu

Entre janeiro e fevereiro tive um lindo, profundo e marcante sonho. Considero o melhor até o momento. Nunca sonhei com imagens tão nítidas. Foi um sonho curto. Usava um vestido, mas não me lembro mais da cor e do cumprimento. Eu era mais nova. Com poucas nuvens, o sol brilhava e não dava para sentir os seus fortes raios como nos dias de hoje que precisamos nos proteger com protetor solar e óculos escuros. Havia flores e animais pastando. Eu via tudo isso no céu. Eu voava no céu em pé indo para cima ou para baixo. O meu voo era uma dança. Movimentava os braços, saltitava e girava no ar. Quando voava para cima, eu me sentia tão feliz. Em um determinado momento, parei de me movimentar, comecei a descer e me deu um medo grande. Logo ouvi uma voz masculina, serena e tranquila: “Estou com você”. E eu subia dançando e uma alegria imensa preenchia o meu ser. Outra vez começava a descer e a mesma voz disse: “Não tenha medo. Estou com você”. Novamente subia. Quanto mais ia em direção ao céu, mais paisagens apareciam na terra. Às vezes, descia de novo a fim de me testar. Quis sentir se o medo voltava. E subia novamente. Depois parei e fiquei rodopiando, abrindo os braços, balançando a saia. Acordei. “Por que acabou? Estava tão bom!”. Fiquei em silêncio e pensando com admiração no sonho que tive. Chorei e agradeci ao meu Pai do Céu por ter tido um sonho tão maravilhoso. Refleti bastante e conclui que pode se tratar da minha busca por coragem e segurança. E Deus dá a coragem e a segurança. Coragem para lutar pelos meus sonhos e segurança nos meus atos.

Lu Vieira

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sexta-feira, março 25, 2011

No trabalho Nº 12. O silêncio vale ouro.

Nas empresas as pessoas tendem a falar somente sobre aquilo que entendem.

- Creio que no meu setor reinaria o silêncio.

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quarta-feira, março 23, 2011

Uma noite no paintball

Dezenove foi noite de paintball. Fui lá pra ver o que a escuridão me reservava. O pessoal do trabalho estava bem agitado desde a tarde. Depois do expediente juntamos as famílias e fomos para o Bigua Paintball. A idéia do passeio surgiu graças a um desses sítios de compras coletivas. Alguém viu, achou legal e convidou os outros e no fim fomos todos juntos. Foi bem fácil achar o lugar.

Chegando lá ouvimos as instruções, dividimos o grupo em dois times. Um com quatro integrantes e outro com cinco. Das esposas que foram somente uma participou do jogo. As outras ficaram conversando e cuidando das crianças. Quando entramos em campo já era noite e mesmo o luar não ajudava muita coisa na hora de iluminar o cenário.

Depois que o juiz apitou pudemos atirar a vontade e esconder-nos o quanto pudéssemos. Vendo os outros jogarem o negócio até parece fácil, mas quando é você que está lá dentro e as bolinhas de tinta voam por todos os lados percebe-se que o buraco é muito mais embaixo. E que sobreviver é sempre o primeiro objetivo independente da missão a ser realizada. Enfrentando obstáculos do terreno, chuva, fogo inimigo e a escuridão passamos momentos divertidos e dolorosos também, pois muitos receberam tiros a queima roupa.

O jogo foi divertido e amistoso. Com muita adrenalina e emoção. O resultado final foi muitas roupas sujas, suadas, hematomas, dores musculares e várias pessoas interessadas em repetir a brincadeira.

O campo e os marcadores eram legais, mas pra trocar de roupa só havia um banheiro minúsculo para os homens e outro para as mulheres. Não vi lanchonete ou qualquer outra coisa para distrair as pessoas que não estavam jogando. Tirando isso e o ataque que os mosquitos fizeram na platéia o passeio foi bem divertido. A próxima reunião deve ser em abril só que em outro estabelecimento.

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quarta-feira, março 16, 2011

Helen e Ellen

No dia 25 de fevereiro, minha mãe viu o programa da Oprah Winfrey na TV paga, onde Helen e Ellen, criadoras da Cozinha do Amor, foram entrevistadas. Minha mãe anotou no papel e me mostrou que:

O pai ensinou três coisas importantes a elas:

Primeira: Só temos um pai; o Pai Celestial;

Segunda: Só existe uma raça; a raça humana;

Terceira: Nunca leve o último pedaço de pão da mesa; sempre pode aparecer alguém com fome.

Helen e Ellen são gêmeas e têm 82 anos de idade.

Clique aqui para ver a foto das gêmeas no programa. O texto está em inglês.

Lu Vieira

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sexta-feira, março 04, 2011

Edição Semestral 2

Chegou a segunda edição semestral do blogue Máquina de Letras na forma de boletim. São quatros páginas em que vocês encontrarão os nossos melhores trabalhos publicados aqui e escolhidos por nós mesmos. Houve alterações no leiaute. Comparem com a primeira edição e vejam se gostaram das mudanças.

O boletim foi elaborado com carinho como maneira de agradecer aos leitores que nos acompanham de post em post. E também de conquistar novos leitores, esperando que o boletim seja um meio para nos visitar no blogue.

Fiquem à vontade para salvar, divulgar, imprimir, colecionar, etc.

Onde está o boletim? É só clicar no menu superior em MDL Edição Semestral.

Boa leitura e um abraço de todos nós do blogue Máquina de Letras.

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quarta-feira, março 02, 2011

Entrevista nº 03: Roberta Fraga

É a autora do livro “Uma história de Grande Porte” que o L.S. Alves fez uma resenha aqui. Ela também escreve no blogue Peculiarizar, junto com a sua irmã Carolina. Natural de Brasília, trabalha na área de Direito, curso no qual se formou. Mora próximo de Sobradinho/DF e é mãe de Clarice, uma menina de 2 anos de idade que já tem amor pela leitura.

O gosto pela escrita sempre esteve presente na vida de Roberta. Desde menina. Está com 32 anos de idade e diante de um sonho realizado: a publicação de seu primeiro livro. Conheçam a jovem autora por trás da obra “Uma história de Grande Porte”.

Máquina de Letras: Você sempre gostou de escrever. Como surgiu a oportunidade de escrever um livro?
Roberta Fraga:
Escrever sempre foi minha paixão, aliás, sou uma leitora um tanto voraz. Desde pequena eu escrevo, consigo me lembrar de claramente que, aos oito anos, ainda na segunda série, escrevi a minha primeira poesia. Ela se chamava "A leve brisa passa já". Depois, enviava poesias para os jornais. Eu me lembro de que por ocasião da morte de Carlos Drummond de Andrade, ao ouvir a notícia no Jornal Nacional, mandei uma cartinha para o Correio Braziliense e publicaram lá uma poesia dedicada ao escritor. Até me premiaram com um livro na Livraria Presença, em Brasília, ficava no CONIC e que, infelizmente, nem existe mais. Eu devia ter uns nove anos. Aos nove anos, respondendo a um desses questionários para trabalho de conclusão de curso (eu acho que era na área de Psicologia, não sei bem) e eu me lembro de nitidamente que uma das perguntas era qual a profissão que eu queria seguir e eu respondi prontamente escritora. Incomum, naquela época, uma criança de nove anos pensar assim. Então, meu pai mandou umas cartas para editoras, mas eu só ouvi recusas até então. Depois, guardei meus sonhos na gaveta, escrevia, concorria em concursos, mas tudo amadoristicamente. Não me dediquei, comecei a acreditar que não daria certo e que eu tinha que pensar no meu futuro de maneira pragmática. Foi então que eu embarquei no Direito. Sempre gostei de ler e de escrever, sempre, mas sentia e sinto, que, mesmo, apesar do Direito, ainda restava uma lacuna em mim quanto a isso. E continuei produzindo e produzindo solitariamente meus textos. Em 2006, um amigo meu, cineasta, Antonio Balbino, pediu um texto meu, despretensiosamente. Até então, eu não tinha ideia, mas ele pediu minha autorização e roteirizou um conto meu de realismo fantástico que eu chamo Z e ele adaptou para o roteiro "Fragmentos". Daí, participei de uma iniciativa da Universidade de Brasília, chamada Incubadora de Arte, que realizou uma rodada de negócios Livro e Literatura, onde se reuniram vários seguimentos do setor e lá encontrei a Editora Hinterlândia que estava interessada no perfil que eu estava oferecendo naquele momento: histórias infantis.

MDL: Por que escolheu como tema a depressão infantil? Conheceu de perto uma criança depressiva?
RF: Tive experiências de pessoas próximas que me fizeram investigar o assunto e depois fui notando que no trabalho tenho colegas que passam por isso, nos meus cursos, meus vizinhos e fui notando, também, matérias e entrevistas a respeito do tema. Então tentei criar uma alegoria que funcionasse como uma metáfora para as crianças. Algo que servisse para elas concretizarem o sentimento. Comecei pensando na expressão "elefante branco" que é algo aparentemente discreto, mas que causa transtorno conviver com ele e fui desenvolvendo. Trabalho algumas metáforas no livro como a parte em que a criança está na sua zona de conforto por ser vista com piedade a partir de seu sofrimento, e que as suas lágrimas se transformam em amendoins, sugerindo que o sofrimento gera mais e mais pesar, por exemplo. Eu gostaria de registrar que não dou nome aos personagens porque queria que a ideia do texto tivesse mais força que seus personagens e também que os pais da história são bem omissos, motivo pelo qual têm uma participação adjacente. Algumas pessoas consideram a história difícil para as crianças. Talvez seja, tentei construir a história o mais simples possível, talvez caiba uma leitura partilhada, mediada, uma ótima oportunidade de aproximação entre pais e filhos.

MDL: Quando e como foi o lançamento do seu livro?
RF: O lançamento aconteceu em 16 de outubro de 2010 na 29º Feira do Livro em Brasília. Foi um evento bem bacana, conversamos um pouco, dei alguns autógrafos e fizemos uma doação de cem unidades do livrinho para o projeto Arca das Letras (esse projeto visa a criar microbibliotecas em assentamos rurais e urbanos). Os meus livros, entre outros, por exemplo, foram para o Amazonas.

MDL: Quem foram os seus incentivadores para escrever “Uma história de Grande Porte”?
RF: Posso dizer a respeito de incentivadores do universo da leitura que meus pais me impulsionaram até certa medida, mas naquela época em que eu era criança esse mercado era muito difícil, sob muitos aspectos. Quanto ao tema, não existiu um incentivador propriamente, algumas pessoas me inspiraram e na reunião com a editora este texto foi escolhido como inaugural por guardar a sua cota de discussões. Sempre trabalhei com três histórias ao mesmo tempo. Algumas infantis, outras não. Quero registrar que a Daniele Dias de Lima foi sempre paciente e solícita em me incentivar e ler meus originais, fazendo correções (sem cobrar nada por isso) e sugerindo ajustes.

MDL: Depois do primeiro livro, é difícil não desejar escrever outro. Pretende escrever livros direcionados ao público infantil?
RF: Tenho muitos textos prontos para serem aproveitados ainda e de diferentes direcionamentos. Amo escrever. É espinhoso, às vezes não temos retorno, às vezes, quando temos não é o esperado. Um livro é como um filho: você o cria e tem vontade de mostrar a todos e que todos o compreendam como você, mas nem sempre as pessoas gostam ou, sequer se importam, mas se alguém guardou sua mensagem, já é o suficiente para ter valido a pena.

MDL: Sua filha se chama Clarice, uma homenagem à famosa escritora de sobrenome Lispector. Qual o significado da Clarice Lispector em você?
RF: Clarice Lispector é um marco na minha vida. Aliás, depois de ler Clarice eu decidi que gosto de literatura com tempo psicológico (como Clarice) e fantástico (como Gabriel García Marquez e Saramago). Leio de tudo, até "resenha do BBB", mas amo esses outros estilos. Uma vez, vendo a uma reportagem sobre a Clarice Lispector, eu a vi falar que "escrevia simples". Sim, as palavras são simples, mas seus significados falam uma coisa particular a cada pessoa que lê e eu acho isso genialidade. Longe de me comparar a qualquer um desses, acredito em falar a cada pessoa no seu interior. Sem falar, que eu considero um nome lindo.


MDL: O que a sua filha achou de ter uma mãe escritora?
RF: Ela ama livros. Mesmo com seus dois anos, ela inverte as posições e conta as histórias para mim, do jeito dela, com inúmeros finais ou não finais (muitas vezes o Pica-pau fala mais alto). Acho que ela não concebeu isso ainda de uma maneira mais consciente, mas tenho ensinado que ela ame os livros. Quem tem livros, tem o mundo inteiro para apreciar, tem todos os sonhos, tem todas as pessoas. Um livro é sempre boa companhia.

MDL: Como as pessoas podem adquirir o seu livro? Está sendo vendido em livrarias e na internet?
RF: O livro pode ser encontrado em algumas livrarias do Distrito Federal, Rio de Janeiro e pela internet pode ser encontrado na Livraria Cultura.

MDL: Comparando como é escrever em blogue, que diferença você sentiu ao escrever um livro?
RF: Escrever em blogue é mais coloquial, mais despretensioso, mais próximo do interlocutor. Em blogue, você conversa com amigos. Um livro, não quanto ao conteúdo, mas quanto à destinação gera uma certa expectativa. Suas ideias vão deixando de ser suas para navegarem em outros mares, terem outras percepções. Um livro é, sem dúvidas, uma doce aventura.

MDL: Quais são os seus sonhos?
RF:
Sonhos possíveis? Sonho em continuar escrevendo e produzindo livros em feltro (que é outro de meus trabalhos). Sonho em poder ler muito mais do que eu posso atualmente.
Sonhos (im)possíveis? "Gostaria, Deus, de ganhar na megasena acumulada p
ara eu poder continuar escrevendo e produzindo livros em feltro (que é outro de meus trabalhos). Sonho em poder ler todos os clássicos com que sempre me comprometo. E, com o prêmio, prometo apoiar os projetos dos meus amigos que batalham tanto pelo seu lugar ao sol e aqueles que abrem espaço para a minha fala na blogosfera. Amém."


MDL: Qual o melhor conselho que recebeu e deseja dizer para nós?
RF: Posso dar dois: Nunca deixem de sonhar, os sonhos são os que nos mantêm vivos. E o segundo, mas não menos importante, ame os livros. Uma pessoa que lê vê com os olhos do mundo, abre a mente, transcende de si e de sua realidade.


Fotos de Rafa Zart.

OBS.: Entrevista realizada por email.

Lu Vieira

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