quarta-feira, setembro 15, 2010

Curitiba - Parte III

Conforme meu último post, a próxima parada foi na Universidade Livre do Meio Ambiente (UNILIVRE). Junto comigo desceram três pessoas do ônibus. Dois rapazes e uma mulher.

Já na entrada da UNILIVRE vi o espetáculo da natureza. Eu andei numa ponte estreita de madeira para pedestres com árvores e plantas ao meu redor. Quanto mais avançava, mais me aproximava da mata e ouvia ruídos vindos de lá dentro. Sons agradáveis que eu não consegui identificar. Sabia que estava prestes a me deparar com uma visão belíssima. Mesmo sendo a minha segunda visita, não pude ficar sem emoção e sem palavras. Agradeci a Deus por estar naquele lugar.

Quando a ponte chegou ao fim, o que vi logo foi um lago e um cisne preto (não sou muito boa em acertar os nomes dos bichos. Para vocês saberem qual é a ave, olhem a foto abaixo). Atrás do lago, uma imensa “montanha” de pedra. Virando o meu rosto para o lado esquerdo, vi a UNILIVRE, construída dentro da mata!


Muitos podem pensar que se trata de uma universidade oferecendo cursos de nível superior. Mas não se trata disso. É uma organização não-governamental (ONG) que trabalha na inclusão de vários segmentos da sociedade para discutir sobre o meio ambiente. Estuda o meio ambiente e a sustentabilidade urbana, desenvolve e executa projetos e programas de capacitação relacionados ao tema sócio-ambiental para as diversas áreas da sociedade como escolas, empresas e órgãos públicos.

Antes de subir para olhar cada canto da UNILIVRE, eu reparei num grupo de adolescentes de três rapazes e uma garota. Não gostei muito do comportamento deles. Pareciam jogar “salgadinhos” e dar “guaraná” (ou seria água mesmo?) numa garrafa plástica para o cisne negro. Quase disse: “Ei, o que vocês estão fazendo?” Não falei, porque estava longe deles e não ia escutar a resposta (possuo deficiência auditiva).

A mulher que desceu comigo do ônibus vinha atrás de mim e chamou a atenção do grupo. Um rapaz ficou falando algo e a garota tapou a sua boca. Mesmo assim, ela e os outros rapazes riam. Com certeza, o garoto xingava a mulher. Ela não se abalou e continuou o seu passeio. Eu me simpatizei com ela. Desde a entrada da universidade, uma sorriu para a outra como forma de cumprimento.

Subi vagarosamente até o alto da universidade que tem um pequeno mirante. Apreciar de cima a natureza foi lindo. Desci e fui para o lado do lago, ficando de frente à
à UNILIVRE. Assim como eu, ela também apertava sem parar o botão da câmera fotográfica. “Você pode tirar uma foto minha com a minha máquina?” Sim. Depois pedi a mesma coisa a ela.

Fomos conversando e juntas voltamos ao ponto de ônibus de turismo. Opa, faltou apresentá-la! Ela se chama Iara, professora aposentada de Educação Física, e vive hoje em Guarujá (SP). Descobrimos que a escolha do próximo lugar turístico era o mesmo: Ópera de Arame. O ônibus demorou muito. Nesse ínterim, aproveitamos para papear.

Ah, quando estávamos saindo da UNILIVRE, os funcionários chamavam a atenção daqueles adolescentes.

Lu Vieira

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8 comentários:

  1. Infelizmente o comportamento destes jovens que tu relatou é mais comum do que deveria. E nem é preciso estar em um lugar tão belo para verificar isso.

    Outro dia estava chegando em casa, por volta do meio dia. Na direção contrária vinha um grupo de jovens estudantes. Em determinado momento passou um cachorro próximo a eles e eles encasquetaram com o bicho. Começaram a atirar objetos e a assustar o cachorro, que tentando fugir, correu em direção à rua. Nisso vinha passando um carro que por muito pouco não atropelou o cão, o que poderia resultar não só na morte do animal como também em um grave acidente. Por sorte, o bicho escapou, mas o carro passou muito perto...

    isso é só mais um exemplo, mas é impressionante e lamentável como as pessoas se preocupam cada vez menos com a natureza, seja ela vegetal ou animal...

    bom... vamos falar de coisas boas... mais um relato muito legal, Lu. Já vou colocar a Unilivre na lista de lugares que eu pretendo visitar caso um dia consiga visitar Curitiba. Belíssimas imagens hein... muito legal mesmo...

    ahh, só faltou tu colocar a foto que a Iara tirou de ti... tá faltando ali... hehe...

    bom, vou seguir acompanhando o relato e fico a espera da continuação... hehe...

    Abração, Luuu... =)

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  2. Lu,

    eu marquei um X no interessante, mas na verdade este post foi fantástico! Vou ler a primeira parte que perdi. Obrigada por me fazer conhecer e saber, em detalhes, este belo lugar.


    Carinhoso beijo.

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  3. Ola...
    Eu ja estive nesse local, a muito tempo atras, e tenho vontade de voltar la...
    Quanto ao comportamento dos adolecentes que vc viu la, eu fico indignada com este tipo de atitude.... é como uma frase que diz assim, para saber o carater de um homem, observe a maneira que ele trata os animais... e o pior é que na maioria das vezes eles tem esse comportamento, pois nunca aprenderar a amar e acima de tudo a reespeitar a natureza....
    Adorei o post...

    Ate mais

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  4. E eu que nem sabia que tinha cisne no Brasil... a primeira vez que vi um foi na Dinamarca, durante minha viagem maluca pela Europa...

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  5. Oi, Mr. Gomelli! Hehe... Eu poderia ter colocado mesmo a foto que a Iara tirou de mim. Casaria bem com o texto.

    É tão triste constatar péssimos exemplos por aí. Graças a Deus que o fato que você contou não terminou em tragédia.

    Um abração pra você também!

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  6. Sam, obrigada pela paciência em ler os meus textos anteriores. Espero que você tenha a oportunidade de conhecer pessoalmente a belíssima cidade de Curitiba. Beijos!

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  7. Soraya, fico feliz por ter gostado do post. Muito bom você lembrar de uma frase que diz que se alguém quer saber o caráter do homem é só ver como ele trata os animais e a natureza. Um abraço!

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  8. Então, Zaratustra, agora você sabe que pode encontrar um cisne no Brasil.

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Se você se deu ao trabalho de escrever então nós iremos responder.