Sábado à tarde começamos nossa jornada pela ilha, o que por sorte não foi tão sofrido como eu imaginei que seria. O trânsito até a Praia da Joaquina só apresentou lentidão no centrinho da Lagoa. As 15h00min pagamos R$ 5,00 pelo estacionamento e descemos para a praia que estava cheia com quiosques, música, surfistas, turistas e animação. O sol firme e o céu azul contribuíam para um perfeito dia de praia. Por desencargo de consciência levei meus pés à beira d’água o que confirmou a minha suspeita de que o mar da Joaquina continua frio de doer os ossos. Nas pedras os turistas deliciavam-se com a paisagem e disparavam fotos e mais fotos da praia.
Mais tarde quando o sol baixou no horizonte levamos os visitantes às dunas onde alugaram um sandboard e durante uma hora subiram e desceram pelas areias enquanto eu filmava e registrava algumas fotos do por do sol no local.
No domingo o programa foi um churrasco em Governador Celso Ramos numa casa à beira mar. De antemão já digo que foi o meu passeio favorito. Tanto pela beleza do local quanto pela paz que ali encontrei. Uma pequena praia particular, limitada ao norte e ao sul por pedras que garantem a privacidade do local. Sentei na areia e fiquei observando o mar, a ilha e o céu. Azul e verde eram as cores predominantes que em vários tons dominavam a paisagem. Nadei como há anos não fazia. No fim da tarde fui convidado a colher ostras e apesar de por natureza ser avesso a toda e qualquer espécie de trabalho eu aceitei o convite. Com uma faca de mesa quebrada e um cesto parti pra minha pequena aventura. Nas pedras do norte, no nível d’água os crustáceos vivem agarrados às rochas. Eu com a minha faca e um martelo improvisado, pedra, ia arrancando as ostras como dava. E ali sob o sol da tarde, suando e bufando enquanto me equilibrava entre pedras lodosas senti-me tal e qual um sambaquiano que lutava pela sua sobrevivência. Não demorou muito e o cesto estava cheio. Este foi o sinal de que eu deveria parar. Separamos o conteúdo em partes iguais e encerramos o passeio do dia. Como não houve tempo de prepará-las para o jantar elas foram congeladas para que as visitas depois pudessem levá-las embora.
Segunda-feira de carnaval seguimos pela BR-101 rumo ao sul. Nosso destino foi a Guarda do Embaú. Paz e tranqüilidade não são palavras que se aplicam à Guarda no verão, mesmo assim a beleza do lugar faz valer a pena lutar por uma vaga pra estacionar, pagar R$ 10,00 por 6 horas de estacionamento e rezar para encontrar um espaço na areia. Areia que por sinal diminuiu consideravelmente de 2008 para 2009. Parece que com as chuvas de novembro houve um assoreamento do rio que corta o lugar. Mas isso não foi suficiente para afastar freqüentadores ou turistas. Meus hóspedes subiram o morro para conhecer a paisagem que de lá se aproveita ao máximo. Por sorte saímos de lá antes que descesse um aguaceiro.
E a terça-feira foi dedicada ao repouso, pois ninguém é de ferro.
Basicameste esse foi o meu carnaval. Longe da folia e dos agitos tão comuns nesse período. Deixo aqui esse relato como dica para aqueles que quiserem uma opção diferente para usufruir o reinado de Momo.
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