Escolhas. Decisões. Algumas deram certo. Outras não. Ultimamente não se sente mais seguro para tomar as decisões. A insegurança entrou no seu ser. O medo também. Nunca ficou assim. Sempre foi corajoso e seguro nas suas resoluções, mesmo quando eram consideradas absurdas pelas outras pessoas. Além da insegurança e do medo, a tristeza teima em reinar na sua vida. Parece que abriu os olhos para a verdadeira realidade. Será que viveu sempre na ilusão? Por que não consegue ser feliz como antes? Fica revoltado com as notícias ruins veiculadas pelos meios de comunicação. “Porra, só más notícias!”. Não agüenta mais saber de terremotos, enchentes, assassinatos, estupros, guerras entre pais e filhos, políticos corruptos, valorização extrema da beleza e do dinheiro, drogas, doenças, destruição do meio ambiente, mortes em acidentes de trânsito... Deseja fazer algo para mudar a realidade. Por outro lado, se sente impotente diante de tantas tragédias da humanidade.
Uma escolha feita por ele o tortura até hoje. A pior escolha de sua vida. Suicídio é algo que passa na sua cabeça. Não quer fazer isso, porque pensa que Deus é o único que pode tirar a sua vida. Já implorou a Deus para atender o seu pedido de morrer. Luta para eliminar esse desejo triste. Anda muitas vezes sem rumo. Ele se sente perdido. Não sabe o que fazer. Não consegue traçar novos objetivos. Tem muita raiva de si mesmo. Por que pegou o carro naquela noite? Por que não chamou um táxi? A sua atitude provocou a morte de seu melhor amigo. Saiu tarde do trabalho naquele dia. Seu carro estava estacionado no cume de um morro alto. Seu amigo trabalhava junto com ele. Muito cansado, César entrou no carro, abaixou o freio de mão e deixou a marcha no ponto morto. Em vez de dar a partida, desmaiou de sono. Acordou sobressaltado e com dores na coluna. Do retrovisor, viu seu amigo prensado entre a traseira do seu carro e a dianteira do carro dele que estava estacionado alguns metros abaixo do pico do morro. O amigo gritou de dor. Quase entrou em surto ao vê-lo daquele jeito. Chamou o socorro. Chegou com vida no hospital, mas faleceu durante uma cirurgia de emergência.
De pé no ponto mais alto de uma pedra enorme e fincada na praia onde ambos costumavam passear, César está indeciso e exausto. Um vazio invade o seu coração. Ninguém o culpa pelo acidente. Foi uma fatalidade. Por que escolheu ficar muito cansado naquele dia? Não agüenta mais pensar no que fez com o seu amigo. Aos prantos, diz: “Pai do Céu, por favor, me leve embora daqui. Não quero mais viver.” De repente, um pássaro amarelo voa em sua direção e pousa no seu ombro esquerdo. Não sabe que pássaro é esse. A ave começa a cantar. Uma melodia linda e sublime. O sol brilha mais ainda. O vento sopra suavemente. César fecha os olhos. Abre os braços para sentir a brisa e o calor do sol. Ele gira, cai e adormece.
Lu Vieira
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Uma escolha feita por ele o tortura até hoje. A pior escolha de sua vida. Suicídio é algo que passa na sua cabeça. Não quer fazer isso, porque pensa que Deus é o único que pode tirar a sua vida. Já implorou a Deus para atender o seu pedido de morrer. Luta para eliminar esse desejo triste. Anda muitas vezes sem rumo. Ele se sente perdido. Não sabe o que fazer. Não consegue traçar novos objetivos. Tem muita raiva de si mesmo. Por que pegou o carro naquela noite? Por que não chamou um táxi? A sua atitude provocou a morte de seu melhor amigo. Saiu tarde do trabalho naquele dia. Seu carro estava estacionado no cume de um morro alto. Seu amigo trabalhava junto com ele. Muito cansado, César entrou no carro, abaixou o freio de mão e deixou a marcha no ponto morto. Em vez de dar a partida, desmaiou de sono. Acordou sobressaltado e com dores na coluna. Do retrovisor, viu seu amigo prensado entre a traseira do seu carro e a dianteira do carro dele que estava estacionado alguns metros abaixo do pico do morro. O amigo gritou de dor. Quase entrou em surto ao vê-lo daquele jeito. Chamou o socorro. Chegou com vida no hospital, mas faleceu durante uma cirurgia de emergência.
De pé no ponto mais alto de uma pedra enorme e fincada na praia onde ambos costumavam passear, César está indeciso e exausto. Um vazio invade o seu coração. Ninguém o culpa pelo acidente. Foi uma fatalidade. Por que escolheu ficar muito cansado naquele dia? Não agüenta mais pensar no que fez com o seu amigo. Aos prantos, diz: “Pai do Céu, por favor, me leve embora daqui. Não quero mais viver.” De repente, um pássaro amarelo voa em sua direção e pousa no seu ombro esquerdo. Não sabe que pássaro é esse. A ave começa a cantar. Uma melodia linda e sublime. O sol brilha mais ainda. O vento sopra suavemente. César fecha os olhos. Abre os braços para sentir a brisa e o calor do sol. Ele gira, cai e adormece.
Lu Vieira
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Aii , chorei ;/
ResponderExcluirThá, espero não ter deixado muito triste. Beijos!
ResponderExcluirMe identifiquei em partes. =/
ResponderExcluirAi, eu estou mal mesmo...
Enfim... Que Deus te proteja!
Beijos, Lú!
Hey Luuu... que texto tristeee...
ResponderExcluirNão sei se sou eu, mas não entendi mt bem o final... nem se eh verdadeiro ou apenas um conto baseado em algo real...
desculpa... mas o enredo eh muito bom...
Abração do Mr.! =)
Raíssa, torço para que você fique bem logo. E que Deus te proteja também! Beijos!
ResponderExcluirMr. Gomelli, o final deixei a critério de cada leitor. Ou seja, o leitor é quem decide que fim levou o César. É um conto ficcional, mas verossímil.
ResponderExcluirQualquer texto que escrevo sempre vai ter algo de mim. Nem sempre é exatamente o que vivenciei. Pode ser de outras pessoas que me contaram, das leituras que fiz em livros, jornais, revistas... Difícil ser imparcial ao escrever. Se invento algo que não vivenciei, significa que imagino o que eu teria feito se acontecesse determinada situação.
Um abração para você também, Mr.!
Parabéns pelo conto e espero ver-te muitas vezes neste novo caminho.
ResponderExcluirUm abraço moça.
Obrigada, Alves. Tentarei escrever mais contos. Um abraço para você também.
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