Um dos temas que está sendo tratado no momento é o aborto, inclusive nos debates dos candidatos à presidência da República no Brasil. Já expus um pouco da minha opinião no post Gravidez, onde declaro ser contra o aborto. Não objetivo convencer aqui os meus posicionamentos. Afinal, sempre haverá os que são contra e a favor de tirar um ser na barriga da mulher. Aliás, não existe consenso sobre qualquer tema. O que deve acontecer é o respeito pela opinião alheia. Jamais julgar o seu próximo. Atire a primeira pedra aquele que não tem pecado nenhum, diz Jesus em João capítulo 8, versículo 7, contida na Bíblia. Os únicos que podem condenar a nossa atitude são os juízes de Direito e Deus. Se alguém é ateu, considere apenas os juízes de Direito.
O que me motivou a escrever foi a minha leitura do texto “A favor de que vida?”, de Marcelo Rubens Paiva, publicado em seu blogue “Pequenas neuroses contemporâneas” e hospedado no sítio do jornal “O Estado de S.Paulo”. Marcelo provocou uma discussão calorosa entre os seus leitores, alguns com ataques raivosos. Tive a paciência de ler os comentários de seus leitores.
Antes de pensar na legalização do aborto, por que não valorizar a gravidez mesmo a mulher tendo 12, 30 ou 55 anos de idade? Existe vida boa ou melhor sem sacrifício ou sofrimento? O que é melhor: preservar a vida da mulher e do ser que está sendo gerado ou apenas a da mulher? Pensar no bem-estar da mulher e tirar o feto da barriga é um ato de egoísmo? Por que não criar incentivos para a mulher, seja menina, adolescente, jovem ou adulta, a continuar com a gravidez? Por que não ter clínicas ou ambulatórios médicos especialmente para as grávidas com todos os recursos que elas necessitam? Por que não construir casas das grávidas rejeitadas pelo seu meio social? Assim como existem campanhas sobre a importância do sexo seguro e da amamentação dos bebês, por que não fazer sobre a gravidez? De transformar a gravidez indesejada em desejada? Não quero banalizar dizendo: “Mulheres engravidem, pois vocês viverão uma aventura cheia de emoções!” Pretendo dar valor à vida de dois seres: a mulher e o bebê. Para mim, as piores banalizações seriam estas: “Esqueci da camisinha. Não faz mal, depois tiramos o feto”; “Não consigo pegar a camisinha. Tô com um tesão... Ahhhh... Depois eliminamos o bebê...”; “Esqueci de tomar o anticoncepcional. Não tem problema, podemos jogar fora o feto”. Confesso que doeu o meu coração escrever essas frases.
Apresentei muitas perguntas. Mesmo que o aborto seja descriminalizado, perguntarei de novo e surgirão novas dúvidas. Tento dizer aqui que o ideal, em minha opinião, é criar planos para valorizar a mulher grávida. Não me digam que vai envolver muito dinheiro para os planos serem colocados em prática. Prefiro ouvir assim: é preciso muita vontade e possível de realização.
Para terminar, convido a ler o texto a seguir, de autoria desconhecida, que recebi por email no ano passado.
"Certa mãe carregando nos braços um bebê, entrou num consultório médico e, diante deste, começou a lamuriar-se:
– Doutor, o senhor precisa me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas sim num espaço grande entre um e outro.
Indaga o médico:
– Muito bem... e o que a senhora quer que eu faça?
A mulher, já esperançosa, respondeu:
– Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.
O médico pensou alguns minutos e disse para a mulher:
– Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorria, certa que o médico aceitara o seu pedido, quando o ouviu dizer:
– Veja bem, minha senhora... para não ficar com dois bebês em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer... Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar o que a senhora tem nos braços é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.
A mulher apavorou-se:
– Não, doutor!!! Que horror!!! Matar uma criança é crime!!! É infanticídio!!!
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, convenceu a mãe de que não existe a menor diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive no seio materno) e uma já crescida. O crime é exatamente o mesmo e o pecado, diante de Deus, exatamente o mesmo."
Lu Vieira
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No teu post tem muito sobre Deus. Acredito que sejas Católica. Eu acredito em Deus e acredito que cada pessoa tem o Deus que merece. Sendo assim, o “pecado” depende do teu referencial. Eu sou a favor da descriminalização do aborto. Não sou a favor do aborto, veja bem, são coisas diferentes. Uma mulher que pretende abortar, ela vai abortar sendo uma prática criminosa ou com ele sendo perfeitamente legal. A diferença é que se ele for descriminalizado a mulher vai ter assistência médica adequada para minimizar os danos, vamos dizer assim, e vai correr os riscos do procedimento, assim como correria em outros procedimentos médicos, fato óbvio. Eu, particularmente, acho o aborto uma agressão muito grande fisicamente e emocionalmente para uma mulher, mas discordo que a descriminalização do aborto seja um incentivo para o aborto. Descriminalizar uma conduta é muito diferente de promover uma conduta. Não é a mesma coisa e uma coisa não é consequência da outra. Assim como todo mundo sabe de onde vêm os bebês, todo mundo tem consciência de como se tira um. As mulheres sabem que pra sair dali de dentro da barriga não vai ser algo nada simples, que vai ser doloroso e que vai ser ruim.
ResponderExcluirPor mais que você não acredite em Deus, em pecado ou ache que o aborto não é um assassinato, mas sim um direito da mulher, o direito da liberdade sobre o próprio corpo, você sabe que sua avó não pensa assim, que sua mãe crente, catecista, seja lá o que for, não pensa assim. Volta e meia você vai sentir a pressão da sociedade pela sua conduta, vai se questionar sobre as verdades absolutas, vai se questionar perante a Lei, perante Deus, sobre o certo e o errado, enfim, vai viver um inferno astral aí... Nem que seja por um dia, mas vai (além da recuperação física).
ResponderExcluirPorque, em regra, todas as nossas escolhas implicam em perdas... Os ganhos são exceções. Uma mulher que faz um aborto não o faz por falta de informação. Em todos os colégios públicos e particulares do país os jovens tem aulas sobre educação sexual, todo mundo sabe que pênis + vagina – camisinha - anticoncepcional (só pra garantir) = gravidez. E na hora do tesão o argumento não vai ser “aaah, vaiii, a gente tira o feto depois”, o argumento vai continuar sendo o mesmo de hoje “aah, continua, vaai, não vai acontecer com a gente”. É igual DST, as pessoas realmente acham que estão imunes até que acontece com elas. Acho que o governo faz a parte dele muito bem: “USE CAMISINHA, Use camisinha, USE CAMISINHA, pelo amor de Deus!!”. Mais que isso só se a campanha fosse “NÃO TRANSE, NÃO FAÇA SEXO” e isso simplesmente não dá, porque democracia é democracia e todo mundo tem direito a intimidade e sendo maior de idade e vacinado, vai em frente... E sendo menor de idade a gente sabe que também pode, não é crime se os dois forem menores, enfim, sexo pode. Dar apoio às futuras mamãe? Olha, eu moro em Belém do Pará, no Norte do país, visivelmente menos desenvolvido que o sul e em todos os postos de saúde você tem anticoncepcionais, preservativos, DIU, tudo de graça.
ResponderExcluirTem a Santa Casa de Misericódia, com UTI neonatal, acompanhamento do início ao fim da gravidez... Assistência não falta. Casas de apoio para as futuras mamães? Hipocrisia falar que a vida de uma pessoa vai ser melhor estando grávida e sendo rejeitada no meio social em que vive do que se ela não tivesse o bebê e conseguisse seguir a vida dela como ela realmente gostaria. Eu conheço tantas famílias onde engravidar é tão desastroso quanto abortar. Paradoxo, não é? Mas é a realidade. “Um filho, é como fazer uma tatuagem na cara”, tenha certeza disso. Tentar fazer com que uma pessoa deseje algo indesejável é impossível, não consigo visualizar uma maneira de alguém ou do próprio governo fazer isso. A mulher pode “aceitar” o indesejado, mas ele vai continuar sendo indesejado, a criança não será desejada e, sinceramente, parir um filho no mundo e não dar educação, não dar AMOR, não dar estrutura, não dar nada... É simplesmente horrível. Ver uma criança na rua cheirando cola, pedindo esmola, dormindo num pedaço de papelão... Isso é desumano. Não amar um filho, isso é desumano. Entrar em depressão por não ter dinheiro pra alimentar mais uma boca vestir mais uma pessoa e simplesmente não dar conta do recado... É muito desesperador.
ResponderExcluirTer filho não é pra todo mundo. Assim como conseguir evitar uma gravidez não é pra todo mundo. Mesmo com toda essa informação, com camisinhas sendo distribuídas, anticoncepcionais idem... Um dia a camisinha estoura, outro dia se esquece de tomar o hormônio, noutro... Era só um amasso, ninguém “chegou láá”, mas aconteceu mesmo assim... E aí? Como fica? Quando esse dia chegar, o que mais vai ter é gente pra apontar o dedo na cara e falar “você poderia ter evitado, a responsabilidade é sua”, mas não era pra ser assim.
ResponderExcluirAcho que é um direito de cada mulher sim, até porque quem tem o filho é a mulher e não o homem, porque pagar pensão não é ser pai (há exceções, claro). Enfim, acho que deve ser feito um estudo muito grande a respeito do assunto, definir um lapso temporal para a conduta, porque uma coisa é 2 meses, outra é 9... Penso que são questões que devem ser discutidas, mas acho que a conduta deve ser descriminalizada e claro que descriminalizar uma conduta não é simplesmente “ei, tá liberado, pode abortar”. O governo deve descriminalizar a conduta e regulamentar, legislar descentemente a respeito, sobre a questão do tempo, sobre como deve ser a assistência, que tipo de assistência, etc. E juntamente com isso acredito que se deve criar uma campanha de conscientização, tipo a do cigarro hoje, você pode fumar, mas até no maço de cigarro tem aquelas fotos horríveis. Cada um sabe o que faz, sabe a dor e a delícia de ser, sabe o que pode suportar, sabe o que culpa e o que não culpa, sabe o que é capaz e o que não é. A única alternativa (que não é solução) que eu, Raíssa, vejo para o aborto seria que a mulher levasse a gravidez até o fim e doasse a criança para uma família, porque só Deus sabe quantas mulheres tem o sonho de ser mãe e não conseguem realizá-lo e são mães que dariam amor e desejariam essa criança mais que tudo no mundo.
ResponderExcluirMas é tão mais difícil você dar um filho do que não tê-lo e falo isso pela própria sociedade mesmo, porque se você faz algo desse tipo você vai ter a sociedade inteira te julgando por ter “dado” um filho. Onde começa a vida? Na fecundação do óvulo? Na nidação dele ao útero? Na 5ª, na 10ª, ou na 20ª semana? Ou será que só se considera quando nasce de fato? Essas perguntas que eu fiz...
ResponderExcluirA respostas mudam de pessoa pra pessoa, independentemente do que a ciência diz. Se o feto for pequeno e não tiver formado, tudo bem, mas se a barriga tiver grande não pode. E o certo é qual? Se você considerar o nascimento começa no momento em que o óvulo é fecundado, por favor, esqueça as pesquisas de células tronco, porque, você sabe, são vidas ali naqueles tubos! E é a mesma coisa que matar uma criança. Catolicamente falando, ninguém vive no reino de Deus antes de ser batizado, então teoricamente um bebê que ainda não nasceu ou que já nasceu e não foi batizado não pertence ao reino de Deus e ainda é pecador, porque Jesus morreu na cruz pra nos livrar dos nossos pecados e por ter morrido por nossos pecados, Cristo pode nos dar Sua justiça."Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nEle nos tornássemos justiça de Deus" (II Coríntios 5:21). Nesse sentido, quando começa a vida? O fato é que essa discussão é muito mais moral e ética, mas os valores mudam. A percepção e o entendimento da sociedade a respeito de certas condutas mudam. Hoje em dia a mulher pode fazer sexo antes do casamento e não ser desonrada por isso, as pessoas se divorciam, e se casam de novo (!), fumar não é mais “chique”, agora é coisa de dependente, a concepção de determinados mudam constantemente, a sociedade muda, a família muda, hoje em dia você tem famílias com duas mães, dois pais, mães solteiras, não é simplesmente uma questão jurídica, é uma questão social, antropologia, ética, moral e tudo isso deve ser analisado e eu, analisando tudo isso dentro do nosso contexto social atual acredito que a conduta deva ser descriminalizada.
ResponderExcluirBeijos!
Raíssa, eu não sou católica. Não considero importante dizer por aí que sou de uma determinada denominação religiosa. Gosto de ler a Bíblia, ver o que cada religião diz sobre Deus e de debater sobre os fatos bíblicos com minha família e amigos.
ResponderExcluirFiquei feliz e admirada com a sua dedicação de comentar aqui os seus posicionamentos. O que você escreveu merecia ser transformado em post no seu blogue. Os seus comentários possuem bons argumentos.
Uma das situações que você apontou é quando a mulher encara a gravidez e dá o bebê para uma família por não ter condições de criá-lo. Vejo dois atos de amor: a mãe que o gerou e a família que o adotou. Lamento que a mãe que deu o bebê seja julgada de forma negativa como a que o abortou pela sociedade. Uma pena... Talvez não haveria tantos abortos se a sociedade apoiasse a mulher que dá o bebê para outra família. Como você disse, há tantas mulheres que desejam um filho que não podem gerar na barriga e esperam um para adotar.
Quando a mulher "aceita" o bebê indesejado, não dá educação e amor a ele, deixa ele entrar no mundo das drogas, dormir na rua e outras coisas ditas desumanas é como se ela estivesse o abortando aos poucos. Cada dia vai matando o ser que merecia viver com dignidade.
Aborto não é só apenas tirar a criança da barriga. Se a criança nasce e não recebe carinho dos seus pais, não deixa de ser um aborto. Tirar cada pedacinho de sua vida. Uma existência sem vida.
Enfim, Raíssa, mesmo que o aborto seja descriminalizado é preciso ter muito cuidado para não transformá-lo em uma atitude única e imediata para a solução do "problema". Tempos atrás li um texto de uma jovem de um país europeu que fez aborto e hoje se arrepende do seu feito. No seu país, o aborto é legalizado. Ela engravidou na adolescência e quis fazer o aborto. Todos do seu convívio social, inclusive seus pais, falaram a mesma língua: faça o aborto. Ela diz que não houve uma voz contrária: não faça isso, eu apóio você na sua gravidez. Até ela fazer o aborto, tudo foi estranho. Naquele momento, ela não sabia o que era. Hoje sabe: faltou alguém falar para ela que valia a pena encarar a gravidez.
Beijos!
Ah, aborto, palavra que tem muita discussão, mas que é feito apenas pela falta de amor! Apenas e só isso! Há quem engravide levianamente, quem saiba que pode acontecer, mas, acontece e ao fazê-lo, a mulher está a cortar a vinda de um ser à terra, que precisa de vir viver sua vida como nós temos a nossa! É pena que isso aconteça e é pena que haja quem viva disso!
ResponderExcluirClaro que a escolha é de cada um, mas as crianças é que sofrem o desdém de uma mãe que não os quis ter!
Sei de quem já os fez e diz que lamentará por toda a vida aquele acto de que se arrepende ainda hoje!
Mas na verdade, cada um a sua vida, cada um o seu querer, amanhã se verá se o que se fez, era assim tão banal!... Há tantas formas de evitar! tantas!
Beijinho e claro que sou contra!
laura
Oi Lu...
ResponderExcluirprimeiro quero te dar os parabéns por abordar e se posicionar sobre um tema tão contraditório, tão polêmico.
Eu, particularmente, acho que os candidatos estão apenas se aproveitando do assunto para atrair mais votos. Acredito que pouca atenção darão a isso depois, mas torço para ser surpreendido.
sobre o tema em si, eu sou a favor da descriminalização do aborto. Assim como escreveu a Raísa (sim, eu li todos os comentários dela), acho que ele vai continuar sendo feito, sendo crime ou não. Então por que não torná-lo legal e assim evitar muitas complicações que acontecem em clinicas clandestinas ou abortos caseiros?
Por outro lado, concordo contigo que corre-se o risco de banalizar o procedimento, o que seria horrível. Logo,seria importante emplacar uma grande campanha de conscientização e, principalmente, trabalhar com politicas publicas de apoio às gestantes, como você bem falou no seu texto.
é algo muito complicado de julgar também. Se é certo ou não, se é pecado ou não. Até porque, não se chegou ainda a uma conclusão científica que um feto nos primeiros dias e meses, pode ser considerado um ser vivo. Algo ainda mais polêmico e passível de diversas interpretações...
acho que pra tornar legal, como já disse, é preciso montar um programa de conscientização e de apoio às gestantes para evitar que elas optem por isso. Mas cada caso é um caso e tudo deve ser analisado.
Que adianta a criança nascer para ser criada em meio ao lixo, às drogas e outras coisas, sendo exploradas pelos pais, como muitas que a gente vê por aí.
Nossa, é um tema muito complexo, com muitos caminhos... é coisa pra uma grande discussão...
mas acho que na campanha eleitoral, eles estão sendo oportunistas, como sempre, inclusive.
enfim, mais uma vez parabéns pelo texto.
desculpa pelo comentário gigaaaaaante... hehe
abração, moça!
Mr Gomelli, é e será sempre um acto errado tirar um filho de dentro do útero...mais vale não o colocar lá! Não venha com a treta de que no momento a gente não pensa, hoje em dia é muito mais fácil evitar que ter de tirar...
ResponderExcluirLegalizar pode sempre, mas as mães é que têm de ter consciência do passo que vão dar! Dizem que é um inferno viver da culpa, remorsos, mas cada um sabe de si, certo. Só que se nós viemos a este mundo, outros devem ter a oportunidade de o poder fazer!
O Governo é culpado de muitas situações pois deveriam ter os apoios que não têm e isso as levaria a ter os seus filhos, mas, o mundo é cheio de mas e mas...
Ah, é preciso ser mulher e mãe para saber que isso não se deve fazer e claro que cada uma é dona de seu corpo mas acredito que depois de o fazerem, chorarão lágrimas de dor!.
E nada há a ver com religião, pois isso em nada interfere, devia interferir sim com o acto de amor que é ser mãe!...
beijinho da laura
Olá Lu...post novo post novo...
ResponderExcluirbeijinho da laura
Oi Lu,
ResponderExcluireu não tenho religião. Sou totalmente liberal. Respeito as opções de cada ser humano. E sou a favor da discriminalização do aborto e já agora da legalização das drogas leves. Sim, é mau (não falo em pecado por motivos óbvios) extirpar um feto do útero da mãe e sim, os estados deviam criar estruturas para receber mães que por qualquer motivo não estejam preparadas para ter um bebé. Enquanto isso não acontece a mulher tem o direito da escolha. É o corpo dela e ela tem direitos sobre o seu corpo. Claro que antes dessa mulher ter de exercer esse direito convém que ela seja responsável pelo seu corpo, através do uso de anti-concepcionais ou até quem sabe da abstinência. Não acho certo que alguém chegue e diga a uma mulher: "vais manter o bebé no útero porque é pecado/crime." Se ela não quer passar por isso, deve passá-lo na mesma? Não é isso igualmente uma agressão à mulher?
Uma vez li um artigo sobre vários métodos de aborto. Fiquei agoniada com as ditas "opções" e rejeitei durante uns tempos a minha posição a favor da discriminalização do aborto. Mas depois, acabei por voltar à ideia inicial de que só a própria mulher deve decidir.
Sim, o aborto é mau mas obrigar alguém a fazer o que não quer é igualmente mau e vai contra os direitos de cada um/a, no caso.
Em última instância, devem-se criar campanhas de prevenção, o que em parte me parece rídiculo porque em pleno século 21, em que devíamos estar mais evoluídos, ainda há quem ache por bem ter sexo sem protecção, não obstante a informação massiva que nos chega pela internet, televisão, rádio, jornais e livros.
Fica aqui o meu registo.
Lu, gostei do post e da maneira como te expressaste, embora claro, não concorde contigo. Ainda assim, respeito-o.
Beijos,
Clara
Fiquei feliz em ler aqui os comentários que surgiram a partir do meu post. É muito bom conhecer os diferentes posicionamentos. Muito obrigada pela contribuição de cada um de vocês. No entanto, continuo sendo contra o aborto. Se uma amiga ou alguém próximo de mim decidir pelo aborto, eu vou dizer: Por favor, não faça isso, eu te ajudo! Não sei como, mas de braços cruzados não vou ficar. Um abração a todos!
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