Estive nas praias de Florianópolis recentemente. Algumas coisas que vi foram desagradáveis para mim. Fico triste quando me deparo com pessoas sem educação e sem consciência ecológica.
Certo dia, eu e minha amiga fomos à praia do Jurerê Internacional. Lá conhecemos uma simpática mulher acompanhada de seu marido e o filho de ambos. Em um determinado momento, eles saíram para almoçar. A esposa ficou conosco a fim de não perder o espaço onde colocou os guarda-sóis alugados. Afinal, a praia estava lotada de pessoas e quase não havia lugar para ficar na areia. Veio um grupo de rapazes estrangeiros, com idade entre 15 e 20 anos, que jogaram os seus pertences na areia ao nosso lado. Falavam espanhol. No verão, muitos turistas da Argentina, Paraguai e Uruguai costumam aparecer no litoral catarinense. Sem falar uma palavra à esposa, dois rapazes sentaram embaixo do guarda-sol onde estavam o filho e o marido. Ficamos observando-os e pasmas com a atitude dos meninos. A esposa, com educação e cuidado nas palavras ditas, informou que o marido e o filho logo iam voltar e que a família havia pagado pelo aluguel dos guarda-sóis. Ela explicou que o marido era um homem muito nervoso e não queria criar uma situação constrangedora. Os rapazes disseram que pagavam pelo aluguel do guarda-sol para o marido dela. Eles não entenderam nada. Ou não quiseram entender. Não saíram dali. Minha amiga, que já foi professora e diretora de escola, também conversou com eles. Ficaram mais alguns minutos. Pegaram os seus pertences e deixaram na areia uma garrafa plástica de água e uma lata de refrigerante. Minha amiga gritou para avisá-los e não adiantou. Peguei a garrafa e a lata e levei-as ao lixeiro. No curto trajeto, vi muita sujeira na areia. Fiquei braba e triste ao mesmo tempo. Os lixeiros estão aí na nossa cara e o pessoal não usa.
Com tantas discussões e divulgações sobre a importância de cuidar do meio ambiente, ainda existem pessoas que não estão nem aí. Em dezembro, houve a Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP 15) e, infelizmente, os participantes não chegaram a um consenso em defesa da natureza.
Em minha opinião, existem duas casas: a interna e a externa. A interna é a residência onde você tem o seu banheiro, o quarto, a sala, a cozinha, etc. É o seu espaço privativo. A externa é o local de trabalho, o consultório médico, a praia, a floresta, o shopping center, o restaurante, a escola, a igreja, etc. É o espaço público. Para quê sujar a casa externa? Se você consegue manter a casa interna limpa, por que não faz a mesma coisa na casa externa?
Voltando à situação ocorrida na praia. Muitos pensam assim: “Ah, Lu, fica fria. Existem os funcionários que limpam as sujeiras que ficaram na areia.” Sim, eu sei. E as sujeiras que foram rolando e entraram no mar? Os funcionários vão nadar para catar o lixo? Lembrete: uma garrafa de plástico, por exemplo, demora mais de 100 anos para se decompor. Vamos ajudar a facilitar o trabalho dos funcionários colocando o lixo no lixeiro. São atitudes simples que deveriam ser hábito de todo mundo. Tendo essa atitude, estamos deixando a casa em ordem para nós mesmos e nossos descendentes. Ah, outra coisa... Se não há lixeiro perto, guarde na bolsa e jogue quando encontrá-lo ou no lixeiro de sua casa.
Lu Vieira
Gostou do texto? Cadastre-se ali no topo esquerdo e receba mais posts no seu e-mail. É grátis!
Certo dia, eu e minha amiga fomos à praia do Jurerê Internacional. Lá conhecemos uma simpática mulher acompanhada de seu marido e o filho de ambos. Em um determinado momento, eles saíram para almoçar. A esposa ficou conosco a fim de não perder o espaço onde colocou os guarda-sóis alugados. Afinal, a praia estava lotada de pessoas e quase não havia lugar para ficar na areia. Veio um grupo de rapazes estrangeiros, com idade entre 15 e 20 anos, que jogaram os seus pertences na areia ao nosso lado. Falavam espanhol. No verão, muitos turistas da Argentina, Paraguai e Uruguai costumam aparecer no litoral catarinense. Sem falar uma palavra à esposa, dois rapazes sentaram embaixo do guarda-sol onde estavam o filho e o marido. Ficamos observando-os e pasmas com a atitude dos meninos. A esposa, com educação e cuidado nas palavras ditas, informou que o marido e o filho logo iam voltar e que a família havia pagado pelo aluguel dos guarda-sóis. Ela explicou que o marido era um homem muito nervoso e não queria criar uma situação constrangedora. Os rapazes disseram que pagavam pelo aluguel do guarda-sol para o marido dela. Eles não entenderam nada. Ou não quiseram entender. Não saíram dali. Minha amiga, que já foi professora e diretora de escola, também conversou com eles. Ficaram mais alguns minutos. Pegaram os seus pertences e deixaram na areia uma garrafa plástica de água e uma lata de refrigerante. Minha amiga gritou para avisá-los e não adiantou. Peguei a garrafa e a lata e levei-as ao lixeiro. No curto trajeto, vi muita sujeira na areia. Fiquei braba e triste ao mesmo tempo. Os lixeiros estão aí na nossa cara e o pessoal não usa.
Com tantas discussões e divulgações sobre a importância de cuidar do meio ambiente, ainda existem pessoas que não estão nem aí. Em dezembro, houve a Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP 15) e, infelizmente, os participantes não chegaram a um consenso em defesa da natureza.
Em minha opinião, existem duas casas: a interna e a externa. A interna é a residência onde você tem o seu banheiro, o quarto, a sala, a cozinha, etc. É o seu espaço privativo. A externa é o local de trabalho, o consultório médico, a praia, a floresta, o shopping center, o restaurante, a escola, a igreja, etc. É o espaço público. Para quê sujar a casa externa? Se você consegue manter a casa interna limpa, por que não faz a mesma coisa na casa externa?
Voltando à situação ocorrida na praia. Muitos pensam assim: “Ah, Lu, fica fria. Existem os funcionários que limpam as sujeiras que ficaram na areia.” Sim, eu sei. E as sujeiras que foram rolando e entraram no mar? Os funcionários vão nadar para catar o lixo? Lembrete: uma garrafa de plástico, por exemplo, demora mais de 100 anos para se decompor. Vamos ajudar a facilitar o trabalho dos funcionários colocando o lixo no lixeiro. São atitudes simples que deveriam ser hábito de todo mundo. Tendo essa atitude, estamos deixando a casa em ordem para nós mesmos e nossos descendentes. Ah, outra coisa... Se não há lixeiro perto, guarde na bolsa e jogue quando encontrá-lo ou no lixeiro de sua casa.
Lu Vieira
Gostou do texto? Cadastre-se ali no topo esquerdo e receba mais posts no seu e-mail. É grátis!
Também fico abismada com pessoas sem consciência ecológica...
ResponderExcluir:o)))***
É um ponto forte que desejo mudança. Sei o quão é dificil demonstrar às pessoas os erros. E, quando se diz em economizar água, não jogar lixo nas ruas, usar papel reciclado...todos sabem o que fazer...mas a vontade ou a preguiça ou mesmo a sensação de dificuldade em ser ecologicamente correto, fazem que a sociedade pouco se preocupe.
ResponderExcluirE, se já sofremos com as consequências de nossos erros, imagine os nossos filhos.
E se repararem bem,é a casa externa, onde passamos grande parte do tempo. Ainda mais do que em nossa própria casa.
ResponderExcluirManter a casa externa (como diz) é revelador de um povo civilizado.
Cumprientos.
Vixe.....eu fui para o Nordeste...multiplique tudo isso por 100!
ResponderExcluirLu,
ResponderExcluirlendo e já na mente prontinho para escrever, logo abaixo li o que acho, exatamente, como você: "...Em minha opinião, existem duas casas: a interna e a externa."
Beijão, amiga.
Pearl, que bom que você compartilha do mesmo pensamento. Beijos.
ResponderExcluirSim, Freud Scheider, já sofremos com as consequências dos nossos comportamentos. Enchentes, raios solares invadindo o nosso corpo, falta de água, rios e mares sujos, desaparecimento das florestas e dos animais, terremotos... Tenho a esperança de que ainda há tempo de reverter os erros. Para isso, o homem tem que sair da inércia e agir imediatamente.
ResponderExcluirÉ verdade, Carlos II, passamos mais tempo na casa externa. Mantê-la limpa e organizada mostra o que tem de melhor no povo, ou seja, um povo civilizado.
ResponderExcluirAh, Carla, é muito triste saber que o povo do Nordeste não cuida do seu espaço.
ResponderExcluirSam, fico feliz em saber que temos muitos pontos em comum. Beijos!
ResponderExcluirtudo começa com o papel de bala...algo que parece tão singelo que ninguém parece se preocupar em jogá-lo ao chão, em qualquer lugar que seja... qntas vezes já ouvi isso: "ah, eh soh um papelzinho de bala...não vai fazer tanto mal assim para a natureza..."
ResponderExcluiré claro que no todo de uma cidade isso parece pouco e normalmente na praia que fica mais saliente... mas é assim mesmo... se você for ver, são raríssimos os casos de pessoas que se dão ao trabalho de esperar achar um lixo para depositar o papel de bala, a lata de refrigerante, etc.
e o que falar dos tocos de cigarros? minha nossa... aí é absurdo... os fumantes ainda vão colocar fogo no mundo...com essa mania de neem olhar onde estão atirando o maldito toco de cigarro, aceso na maioria das vezes...
são apenas alguns exemplos, que acho que complementam teu raciocinio... é uma pena, mas aí reclamam quando aparecem as noticias de terremotos, tsunamis, aquecimento global, etc.
não sei se o mundo vai acabar em 2012 como diz a tal da profecia maia, ou se vai ser em 2013 como afirmou um cientista por aí... soh sei que o responsavel por ele acabar, quando isso acontecer, vai ser a humanidade, que não demonstra o menor interesse em mantê-lo habitável...
sei lah...acho que expressei minha opinião... gostei deste espaço aqui... vou procurar ler outros textos e ir acompanhando o desenvolvimento...
Lu, mais uma vez obrigado pela audiência lá no meu humilde espaço... hehehe...
Abraço!
Mr. Gomelli, gostei das suas opiniões, pois elas complementam mesmo o que eu escrevi. Ai, se todos jogassem o papelzinho de bala no chão por acharem que não vai fazer mal nenhum à natureza, estamos perdidos. Imagine 200 pessoas passeando num parque ecológico para fazer isso. Não ia olhar direito o chão por causa de um monte de papelzinho de nada! Que bom que gostou do nosso espaço. Irei visitar o seu para conhecer mais e mais. Abraço!
ResponderExcluir