quinta-feira, dezembro 31, 2009
Dia da esperança
Tem gente que nasce no dia da esperança. Eu sou uma delas e me pergunto o que isso pode significar. O que posso dizer sobre esse título. Será que quem nasce no dia da esperança é uma criatura destinada a esperar eterna e passivamente pela realização dos seus sonhos ou simplesmente um ser que não desiste das coisas e vê uma possibilidade de sucesso ainda que tudo ao seu redor seja cinzas e desolação. Os mais antigos diziam que quem espera sempre alcança, os mais novos dizem que quem espera sempre cansa. No meio dos ditos populares chego a conclusão que sou de capricórnio. Não abro o jornal pra saber o que me diz o horóscopo do dia, nem por isso deixo de achar interessante as descrições que fazem do meu signo. Talvez por dizerem tantas coisas e despejarem tantas características seja tão fácil me identificar, mesmo assim isso ainda não responde a minha pergunta. O que espera aquele que nasce no último dia do ano? Sei que estraguei o réveillon da minha mãe, a própria me contou. Não fui o bebê do fantástico e nem deixei que ela comemorasse a virada à beira-mar. Ela ainda não me perdoou por isso, eu acho.
Hoje estou aqui às vésperas de completar 33 anos e ainda não sei o que espera quem nasce no dia da esperança. Árvores? Já plantei muitas? Filhos? Pelo menos uma, até o momento não apareceu ninguém solicitando paternidade. Livros? Ainda não escrevi nenhum. Barbudo, cabeludo, mesmo assim ainda não criei nenhuma seita e nem ao menos tenho seguidores. Me preocupa um pouco esse número; 33. Deve ser culpa dessa minha educação cristã. Parece que se você não construiu nada até essa idade é por que é hora de largar tudo, agarrar sua cruz e desistir desse mundo. Pode ser que isso seja apenas um efeito do último dia do ano, mas sempre vem a mente um retrospecto da existência e o que eu vejo não me agrada muito.
Mas o que de fato importa é que hoje é o dia da esperança. E que o melhor que posso fazer é não abstrair em cima desse assunto, pois começo a confundir demais a minha vida com o tema do debate. Sendo assim comemoremos o dia da esperança sem deixar de lado o trabalho árduo e continuo que é capaz de transformar esse sentimento em realidade.
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quarta-feira, dezembro 30, 2009
quinta-feira, dezembro 24, 2009
Luzes de Natal e Ano Novo
Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário terá a luz da vida” (João 8:12). Que no Natal todos se lembrem da importância de Jesus e que em 2010 haja muita luz em sua vida. São os desejos da equipe do blog Máquina de Letras.
O L.S. Alves está sumido, porque viajou com a família dele. Logo ele estará de volta para continuar compartilhando a alegria de escrever aqui e ler os textos de outros blogs.
Feliz Natal! Feliz Ano Novo! Admirem esta beleza de luz do fim do dia:
Lu Vieira
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segunda-feira, dezembro 14, 2009
A letra
Escrever com caneta e no computador não é a mesma coisa. Quando uso o computador, digito muito rápido e de acordo com a velocidade do meu pensamento. Essa rapidez, creio eu, adquiri graças às aulas de piano e de datilografia. Aulas de datilografia? Isso nem existe mais. Já com a caneta no papel, não consigo fazer isso rápido e, consequentemente, não acompanha a velocidade do meu pensamento. Há frases que faltam palavras ou elas ficam juntas.
Alguns que estão lendo este texto podem estar se perguntando: “E daí, Lu?” Daí que quero fazer uma pergunta. Vocês conhecem a letra de seus novos amigos e colegas de trabalho? Não sei a sua resposta. A minha é não. Descobri que não conheço a letra de muita gente. Fiquei pasma. A letra, em minha opinião, revela um pouco da personalidade da pessoa. Este post escrevi primeiro no papel com caneta. A minha letra ficou feia. Mas é a letra de rascunho. Termino este texto mostrando a minha letra corrida e a de forma para vocês conhecerem um pouco mais de mim:
Lu Vieira
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quarta-feira, dezembro 09, 2009
Adão
E deus criou Eva. E ela era a mulher mais gostosa e sedutora do mundo. Logo conquistou a mente, o coração e bagos de Adão. Ela fazia coisas que nenhuma ovelha seria capaz e sem o perigo de arrancar algo com os dentes. No começo tudo era novidade e alegria, mas não demorou muito ela foi pondo as garrinhas de fora e começou a enrolar o garoto com a história do fruto da árvore da sabedoria. Que ia ser legal, que isso, que aquilo e aquele outro. Que com isso poderiam conquistar um prazer maior que qualquer coisa que tinham experimentado até aquele momento. E o trouxa caiu. Achando que a fruta seria algo que poderia aumentar seu prazer. Que seria usada pra sacanagem. Então embarcou nessa canoa. A troco de quê? De se igualar a deus e conhecer a diferença entre o bem e o mal. Por ai vocês vêem qual cabeça de Adão estava no comando nessa época. Mas também o que podemos esperar de um cara que transa com a própria irmã e acha isso normal?
Tinha de tudo no paraíso, todas as árvores e todas as frutas. Bem podia ele ter escolhido a árvore do tempo. Comer um ou dois frutos e simplesmente transformar-se numa criatura una com o tempo. Um ser que atravessasse as eras e jamais sucumbisse as corrupções que os anos infligem a todos os seres vivos. Mas não! Ele tinha que dar ouvidos a mulher e a uma cobra mal intencionada.
E graças a ignorância de Adão, que não sabia o que comer, eu, tu, ele, nós, vós, eles estamos destinados a, na melhor das hipóteses, morrermos velhos e inúteis.
Amém.
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quinta-feira, dezembro 03, 2009
Tubarão, cervejas e capivaras
Uma família de capivaras à beira do rio que corta o centro da cidade.
Chafariz à beira rio.
Calçada na beira rio.
E essa é uma pequena porção da vista que eu tinha da mesa do bar onde parei pra tomar uma cerveja ao meio-dia. Cerveja essa que foi servida estupidamente gelada por sinal. Gostei bastante do bar. Mesas na calçada, de frente pro chafariz, um ventinho suave. Valeu a pena parar pra molhar a garganta.
Espero que da próxima vez que vier a Tubarão, eu possa conhecer algo mais dessa cidade. Alguma coisa me diz que ela tem bastante a oferecer.
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terça-feira, dezembro 01, 2009
Paixão ou Amor
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segunda-feira, novembro 30, 2009
Vento
Sinto o seu bater
Sem violência
No meu rosto
No meu corpo
Meus cabelos voam
Estou pronta
Para mais um novo dia
Em qualquer lugar
Sinto o seu movimento
Faz bem para a minha alma
Não importa se está frio
Ou se está calor
Você é bem-vindo
Meus pensamentos se ordenam melhor
Meu olhar fica mais atento
Minha audição capta o seu som
Você não tem cor
Não tem forma
Mas tem presença
Quando você some
Peço que volte logo
Você volta
Às vezes, fraco
Outras, forte
Subo o morro
Você vem comigo
Mais um dia chega ao fim
E agradeço a Deus
Por você existir
Meu querido vento.
A foto mostra a Praia de Fora que pertence ao município de Palhoça (SC).
Lu Vieira
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sexta-feira, novembro 27, 2009
No trabalho Nº10. Memória curta.
Serralheiro - Ainda não sei. Olha só aqui. Vou ter que soldar de novo e ainda tem o problema de quem fez isso aqui. Fizeram um servicinho porco. Só deram um ponto de solda e eu vou te que refazer tudo de novo. Quem foi que fez isso aqui?
Cliente - Você.
Serralheiro - ... Eu?
Cliente - Humhum.
Solda. Solda. Solda. Bate. Puxa. Bate. Solda.
Cliente - Quanto é?
Serralheiro - Nada não. Deixa pra lá.
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quarta-feira, novembro 25, 2009
Desencanto
Moça: Quem você quer que eu seja?
Moça: Dessa eu já me cansei.
Rapaz: Ah! Então deixa pra lá!
segunda-feira, novembro 23, 2009
Eu só quero ser feliz
Por onde for
Sempre haverá você
Foi muito bom te conhecer
Te guardarei em meu coração
Suas palavras,
Seu carinho,
Sua amizade.
Lembrar de você
Me faz feliz
E a minha felicidade não depende de você
Depende de mim
E eu escolhi ser feliz
A minha vida é ser feliz
Mesmo nos momentos difíceis,
Procurarei ser feliz
Porque a vida é feita de escolhas
E eu escolhi ser feliz
Eu só quero ser feliz,
Eu só quero,
Eu só quero ser feliz.
Não, não dá
Não, não dá pra viver
Sem ser feliz
Viver é ser feliz
Ser feliz depende de mim
E de mais ninguém
Só de mim
Eu só quero ser feliz
E eu sou feliz
Por ter conhecido você!
Uma foto do entardecer em Joinville (SC) para te dar um colírio nos olhos e na alma.
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quinta-feira, novembro 19, 2009
Raio atinge trem em Mafra
Foi uma experiência emocionante. Nunca tinha presenciado a queda de um raio tão perto assim.
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quarta-feira, novembro 18, 2009
Parque Central de Caçador
E pra minha sorte o que encontrei aqui ajudou-me bastante nesse intuito. Cheguei bem na semana de inauguração do Parque Central de Caçador. Apesar do dia corrido consegui passear por lá no final da tarde e fiquei muito feliz com o que vi. Mesmo com a inauguração do parque marcada para o próximo sábado ele já vem sendo utilizado pelas famílias de Caçador. Equipado com pista de caminhadas, ciclismo, cancha de bocha, xadrez, arvorismo, basquete, futebol de salão, aparelhos de ginástica pra terceira idade, aparelhos para alongamento e abdominais, lanchonete, vestiários e possivelmente mais algumas coisas que estou esquecendo. Localizado bem no centro da cidade, ao lado da rodoviária e do rio o local é de fácil acesso, fica próximo ao museu, terá acesso gratuito a internet via rede sem fio e promete ser o grande centro de lazer ao ar livre da cidade. Fora tudo isso ainda pretende-se que haja uma estrutura dedicada a divulgação de eventos artisticos e culturais.
Para garantir a segurança e a ordem no local e impedir que o espaço público vire um oba-oba haverá um regimento interno que disciplinará o uso das instalações do parque que ficarão sob a tutela da Fundação Municipal de Caçador e no local haverá a presença constante da guarda municipal que através de um posto elevado poderá monitorar a área de lazer.
Ciclismo
Caminhada.
Museu
Escultura no parque
Flores
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sexta-feira, novembro 13, 2009
Lá vem Papai Noel
Ao contrário do que aconteceu no ano passado, veja aqui, em 2009 divulgarei a campanha logo no seu início. Se você gosta de ajudar as pessoas e no final do ano sente o espírito natalino invadir sua vida eis aí a grande chance de fazer algo de bom pelo próximo.
A partir do dia 16 de novembro começará oficialmente a campanha “Papai Noel dos Correios”. A partir dessa data, começam a ser recebidas as cartas encaminhadas pelas escolas públicas, creches e orfanatos para participarem da campanha.
Resumindo tudo fica assim. As crianças escrevem as cartinhas para o Papai Noel/Natal, o Correio verifica se a criança é de origem “humilde” leia-se comunidade carente, as cartinhas válidas ficam a disposição de pessoas como vocês para que sejam “adotadas”. Tudo muito simples. Leu. Comoveu? Adota a carta e dá um presente pra criança. Os correios se encarregam de entregar o presente totalmente de graça. Isso mesmo. Não cobra nada pra entregar na comunidade o presente que você deu.
Espero que esse ano mais pessoas possam contribuir nessa movimentação.
E vocês o que vão fazer pra ajudar alguém nesse final de ano?
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segunda-feira, novembro 09, 2009
Eu fui no "FireWhip"
A diversão foi realizada no feriado de 2 de novembro, dia dos finados. O sol apareceu para esquentar o nosso dia. “FireWhip” é o nome de um dos brinquedos oferecidos pelo parque. Esse eu ainda não conhecia e nem a Ana. Tanto ela como eu gostamos de atividades radicais. “FireWhip” é uma montanha-russa invertida. Anda a uma velocidade de quase 100 Km/h. Invertida, porque em vez de estarmos sentados num carrinho, ficamos com as pernas soltas em bancos pendurados no suporte superior. Veja a foto ao lado para você ter uma idéia de como é o brinquedo:
Há placas recomendando tirar todos os objetos pequenos que podem cair durante o trajeto do “FireWhip”. É preciso apoiar bem o pescoço e a cabeça no encosto do banco, ou seja, deixá-los firmes e seguros. Por causa da alta velocidade, se você não deixá-los firmes, eles vão ficar balançando pra lá e pra cá. Você sabe o que aconteceu comigo? Tenho deficiência auditiva e utilizo aparelho pequeno em cada ouvido. Para mim, eles fazem parte do meu corpo. Dê uma olhada na foto ao lado para ver como é um deles. Quando o brinquedo começou a correr, senti que o aparelho ameaçou escapar do meu ouvido esquerdo. Tentei colocar a mão na orelha, mas não consegui encostá-la por causa do volumoso suporte de segurança colocado no meu peito. Antes do desespero de perdê-lo tomar conta de mim, fiquei com a mão esquerda mais próxima possível da orelha. Ao mesmo tempo, gritei de alegria e medo. Nunca havia gritado tanto num parque de diversões. Geralmente os meus gritos são de alegria, de vencer o medo, de adrenalina. De repente, o aparelho esquerdo soltou da minha orelha. Consegui pegá-lo no ar, na curta distância entre a minha mão e o ouvido. Graças a Deus! Logo foi a vez do aparelho do lado direito começar a sair da minha orelha. Procurei apoiar a cabeça no lado direito do encosto do banco, o mais próximo possível do suporte de segurança a fim de que o aparelho não saia do meu ouvido. Com a mão esquerda segurava, com força, o aparelho que havia escapado e com a outra segurava no suporte de segurança. Não tive coragem de deixar as duas mãos livres do suporte. Afinal, estava com medo. Foi uma emoção muito forte. Mesmo preocupada em perder os dois aparelhos auditivos, pude observar e sentir a emoção de estar no “FireWhip”.
Quando a brincadeira chegou ao fim, eu e a Ana saímos com o corpo tremendo. No meu caso, creio que eu tremia mais por causa da quase perda dos aparelhos auditivos do que do medo dado pelo brinquedo de alta velocidade. Agradeci a Deus por estarmos bem e com os meus aparelhos auditivos em meu poder. A aventura valeu a pena! Na próxima oportunidade, irei novamente ao “FireWhip”. Mas sem os aparelhos auditivos, claro. Na banca instalada na saída do brinquedo, fomos olhar o vídeo do nosso desempenho. Sim, há uma câmera em cada banco. Podíamos levar o DVD por R$ 30,00 (trinta reais) ou a foto por R$ 15,00 (quinze reais). Decidimos pelo DVD. A Ana ficou com ele e depois farei uma cópia. Fomos relaxar nos brinquedos menos radicais. Quando a tremedeira foi embora, voltamos a brincar em outros brinquedos radicais como “Free Wall” (elevador) e “Big Tower”. Esses também dão aquele “frio na barriga”. No entanto, não ficamos com medo. Não se comparam com o “FireWhip”.
É impossível se divertir no Beto Carrero World por apenas um dia. Por isso vale a pena voltar lá mais vezes. Sempre há novidades e diversões para todo tipo de gosto. Se você vier a Santa Catarina, recomendo passear nesse parque. Ele é próximo das lindas praias catarinenses. Para passar o dia no parque, use roupas leves e confortáveis e vá, de preferência, de tênis. Leve mais roupas, pois há brinquedos aquáticos e você vai precisar trocar de roupa se escolher brincar neles. E não se esqueça do protetor solar. Quer saber mais sobre o parque? Acesse: http://www.betocarrero.com.br/
Lu Vieira
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sexta-feira, novembro 06, 2009
Blog instigante
O selo de reconhecimento Blog Instigante premia blogs que, além da assiduidade das postagens e do esmero com que são feitos nos provocam necessidade de refletir, questionar e aprender.
Este selo foi-me enviado por Escarlate, o que me surpreendeu muito.Muito obrigado moça.
Os blogues escolhidos são os seguintes:Can you read my mind?
Calcinhas no Box
A regra era pra cada um escolher outros 07 blogues, mas como eu não gosto muito de seguir essas regras vou indicar apenas dois.
Por favor retirem o vosso selo.
Um abraço.
quarta-feira, novembro 04, 2009
A um amigo triste
Vives na solidão e te amargura
A inexistência da felicidade?
Sofres desesperada desventura
E desconheces a serenidade?
Se vives a dizer que a vida é dura
E o mundo ingratidão, deslealdade;
Se reclamas até da conjuntura,
Pra mendigar o pão da piedade?
Se pensas que direi: _ Pobre coitado?
Te enganas, não serás acobertado
Por minha pena, minha compaixão.
Só tu superarás as próprias dores.
Pois se ocultas o sol com dissabores,
Apenas sombras te acompanharão.
Conforme eu prometi ai acima está um dos sonetos do Hélio Cabral. Com o tempo postarei outros.
segunda-feira, novembro 02, 2009
Viver ou existir
Ser amada e não amar
Amores que deixou escapar
Palavras não ditas
Sentimentos não expressados
Problemas não resolvidos
Atitudes não tomadas
Beleza não mostrada
Sonhos não realizados
Desejos repreendidos
Buscas não feitas
Defeitos não eliminados
Qualidades escondidas
Falhas não admitidas
Erros não corrigidos
Oportunidades perdidas
Conhecimentos não adquiridos
Ensinamentos não aprendidos
Lazeres não curtidos
Sons não ouvidos
Músicas não executadas
Mensagens não lidas
Imagens não vistas
Lugares não pisados
Coisas não tocadas
Lágrimas não derramadas
Dores não sentidas
Pessoa próxima sem importância
Vida sem viver
Apenas existência.
A foto mostra a praia do Forte, em Florianópolis.
Lu Vieira
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segunda-feira, outubro 26, 2009
Adeus à infância
Deixo as bonecas no chão,
Deixo de brincar de casinha,
Deixo aquela vontade de brincar à toa.
O que será que houve comigo?
De repente,
Muda alguma coisa no meu corpo.
Parece que estou no corpo errado!
O que será que houve comigo?
De repente,
Começo a notar que meus amiguinhos são bonitinhos.
Parece que eu estava precisando usar óculos!
O que será que houve comigo?
De repente,
Dá aquela vontade de comprar uma agenda ou até um diário.
Nunca gostei de escrever numa agenda.
O que será que houve comigo?
De repente,
O beijo na boca que sempre via dos meus pais se torna emocionante.
Não vejo a hora de sentir essa emoção!
Espere! Nunca estive ansiosa por esse beijo.
O que será que houve comigo?
De repente,
Falo apenas dos meninos com as minhas amigas.
O que será que houve comigo?
De repente,
Coloco batom,
Compro roupas e sapatos que estão na moda.
Eu sempre comprava doces!
E não ligava muito para o mundo da moda!
Nem era tão vaidosa!
O que será que houve comigo?
De repente,
Dançar, ir ao cinema e tomar lanche com os meus amigos
Estão se tornando meus passatempos prediletos.
O que será que houve comigo?
De repente,
Ficar com papai e mamãe já era.
Agora, é a hora da independência.
O que será que houve comigo?
Mãe, está me entendendo?
Pai, está me entendendo?
O quê?
Não estou mais vivendo na infância?
Já fiquei adulta?
Entrei direto na velhice?
Não! Não! Não!
Lu Vieira
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sexta-feira, outubro 23, 2009
Citações Nº 35. Aldous Huxley
segunda-feira, outubro 19, 2009
O contador
quarta-feira, outubro 14, 2009
Museu histórico de Itajaí
De novo a trabalho na cidade aproveito para perambular por suas ruas e conhecer um pouco do seu passado. E que lugar melhor para conhecer o passado de uma cidade do que o seu museu.
Numa hora de folga saí do hotel e aproveitei o maravilhoso dia de sol para me aventurar nas ruas de Itajaí. Foi fácil encontrar o Museu Histórico de Itajaí. Ele fica bem no centro da cidade. O calçadão passa em frente e a catedral é a vizinha do outro lado da rua. As chances de não encontrá-lo são praticamente nulas.
Quando cheguei ainda havia duas turmas de ensino básico visitando o local. Foi interessante observar como as crianças se interessam pelo que não conhecem e como as professoras dedicavam tempo e atenção a esclarecê-los sobre tudo o que viam.
O acervo contém objetos de uso familiar, impressos, propagandas, móveis, pistolas, espadas e obras do artista Dide Brandão. As exposições localizam-se no térreo e no primeiro andar. Há anos estive neste mesmo prédio e era mantida uma exposição no porão, mas após a enchente de 2008 ela foi desativada. Os objetos passaram por uma recuperação e no momento estão aguardando a inauguração de um novo museu que irá abrigá-los.
Museu Histórico de Itajaí.
Oratório
E um retrato, obra de Dide Brandão, da primeira miss Santa Catarina, Carmem Ehrhardt, a ficar entre as quatro finalistas do miss brasil.
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terça-feira, outubro 13, 2009
Este é um blog bom pra ler
Ganhei esse selinho da Carla, do blogue Leitura mais que obrigatória. Obrigado, moça.
Então vamos lá cumprir nossas obrigações.
Qual o livro que está lendo ou qual o último que leu?
Lendo "A árvore que dava dinheiro" de Domingos Pellegrini. Esse livro faz parte da coleção Vaga-lume, creio que muitos já tiveram contato com essa coleção na escola. No momento reunimos a família, e eu e minha esposa nos revezamos na leitura da história, nossa filha acompanha até pegar no sono.
Qual o livro preferido?
"O egípcio" de Mika Waltari. Um livro muito bem escrito que sempre toca o meu coração e me lembra do que é constituída a humanidade.
Autor, capa, recomendação ou sinopse?
Primeiro vem as recomendações, mas se já conheço o autor e ele me agrada compro assim que possível.
Aquele que não sai de sua cabeceira?
O que eu estiver lendo no momento.
Escritor preferido?
Charles Bukowski.
Eu não recomendo...
Auto-ajuda.
Este selo vai para...
Pra quem quiser participar. É só pegar e se divertir.
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segunda-feira, outubro 12, 2009
Não dê esmola
quarta-feira, outubro 07, 2009
Onde comer em Blumenau. Pizza
Caso você venha para a Oktoberfest ou simplesmente esteja a trabalho e não conheça nada de Blumenau deixo aqui a recomendação de um lugar que gosto de freqüentar quando estou na cidade. Ontem jantamos em três lá. Uma pizza gigante de cinco queijos, calabresa e peperoni acompanhada de uma coca light. Saiu R$ 10,00 por pessoa. Posso dizer que éramos três homens bons de garfo e mesmo assim tivemos dificuldades para terminar a pizza. Muito queijo e calabresa. Realmente ela faz jus a denominação de gigante. A pizzaria fica perto do centro, tem estacionamento próprio, a pizza é uma delícia e o preço não pesa no bolso.
Ai segue uma foto da placa do local com alguns preços.
Ai abaixo um mapinha com a localização aproximada do local.
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terça-feira, outubro 06, 2009
Blumenau de novo
Então mais uma vez graças ao meu trabalho retorno a esta linda cidade. Agora em uma época de festa e comemorações, quando o chope gelado da região está a disposição do paladar de todos aqueles que desejam se aventurar a experimentar novas texturas e sabores. É hora de desenferrujar as juntas e dançar tudo o que puder e o que for possível também. A vocês que tem a chance de vir a Blumenau no período da Oktoberfest recomendo que não deixem essa oportunidade passar e venham conhecer a gastronomia e um pouco da cultura desse povo.
Uma das coisas legais dessa nova viagem é que fugimos um pouco da BR-101 fazendo um outro caminho. Passando por Canelinha e Brusque. A estrada esta boa e vale pena curtir a paisagem. Abaixo segue um mapa com o caminho que fizemos.
E aqui a foto de uma igreja à beira da estrada.
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segunda-feira, outubro 05, 2009
Os pedintes
É difícil ficar um dia sem receber pedidos de doação em dinheiro, alimentos, roupas, materiais de construção, livros ou materiais escolares. Existem tantos impostos no Brasil que deveriam ser suficientes para suprir as necessidades básicas do povo. O dinheiro arrecadado está sendo mal usado ou roubado. Como nem todos os brasileiros têm acesso à educação, eles não sabem acompanhar as ações do governo e nem cobrá-lo. Em minha opinião, a educação é a base para se dar bem na vida. É com o estudo que o homem saberá cuidar de sua saúde, gastar melhor o seu salário, ter interesse em buscar novos conhecimentos, escolher uma profissão que lhe satisfaça, decidir o que fazer a cada situação da vida, etc. Educação deveria ser vista como investimento e não como despesa. Se os olhos do governo se voltassem para a educação, consequentemente os professores teriam mais ânimo e gosto de exercer a profissão e receberiam um salário melhor. Assim como a Eliane Sinhasique, sou a favor das escolas com horário integral para que as crianças tenham outras atividades tais como as artes e os esportes. A partir dali elas podem definir melhor o curso superior que deseja estudar. Sou ainda a favor de valorizar os cursos técnicos de nível médio. É uma forma de ir descobrindo e testando se a profissão lhe agrada.
Há diversas formas de esmolar. Podem ser feitas pessoalmente, por meio da televisão, rádio, jornais, internet, telefone ou carta. As entidades sem fins lucrativos que ajudam de alguma forma as pessoas com algum tipo de necessidade costumam pedir doação por carta, anexando boleto bancário ou solicitando o débito em conta bancária. Incrível! É como se essas doações virassem impostos. Quem faz doações mensais, deve verificar se o seu gesto surte bom efeito. Se doa há muitos anos, o problema pode não estar sendo resolvido de forma adequada.
Doações. Muitas doações. Das pessoas que se dirigiam pessoalmente em minha residência, as falas eram muito rápidas e decoradas. Procuro não doar em dinheiro. Costumo perguntar qual é a finalidade. Se responde que é para comprar comida, ofereço o que tenho em casa em vez de dar dinheiro. Se são remédios, peço a receita para eu mesma comprar na farmácia. Nem todos aceitaram o meu oferecimento. Arrumaram uma desculpa e foram embora.
Certa vez, eu estava lanchando na rodoviária de São Bernardo do Campo (SP), enquanto esperava o meu ônibus. Veio em minha direção uma mulher que pediu dinheiro. “Pra quê?” Ela respondeu que estava com fome. Então, ofereci comprar os salgadinhos da lanchonete onde eu comia e ela poderia escolher o que quisesse. Surpreendentemente, ela disse: “Não quero”. Desejava um “prato feito”, composto de arroz, feijão, algum tipo de carne, batata-frita e saladas. Perguntei onde tinha isso. Respondeu apontando com o dedo indicador: “É só atravessar a rua que ali tem um restaurante com prato feito”. Não consegui ver o lugar direito. “Sinto muito, não posso sair da rodoviária, pois o meu ônibus pode aparecer a qualquer momento”. Ela foi embora e continuou a abordar outras pessoas. Se a mulher estava com fome mesmo, ela aceitaria comer qualquer coisa. Nunca se sabe qual é a verdadeira intenção das pessoas. Não dá para confiar 100%.
Falando em veracidade e confiança, nem sempre vamos saber se ajudamos de acordo com a história do pedinte. Uma vez a minha alma se alegrou muito para uma pessoa que mereceu ser ajudada. Estava de folga na casa de meus pais e havia visto na TV e no jornal sobre uma família que perdeu tudo o que possuía em casa num incêndio. Dias depois, apareceu uma mulher de bicicleta batendo palmas em frente à casa de meus pais. Lá fui eu atendê-la. Certamente era mais uma pedinte. Ela não pediu dinheiro. Necessitava de roupas e de qualquer coisa que eu não usasse mais. Era a mulher que eu vi na TV. Logo iniciamos um bate-papo. Doei minhas coisas. Em bom estado, claro. Pedi para ela voltar outro dia, pois minha mãe não estava em casa e poderia dar mais para ela. Graças ao que havia visto na TV e no jornal, eu tinha uma forma de checar que a história dessa mulher era verdadeira.
Não sou contra a doação. Sou contra ao excesso de pedidos de doações, pois isso mostra que o governo não faz a sua parte. Palmas para a Eliane Sinhasique por sua brilhante e corajosa carta. Está mais que na hora de cobrar mais do governo. E acompanhar as suas ações.
Lu Vieira
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quinta-feira, outubro 01, 2009
Por que odeio Águas de Palhoça?
E o que a princípio poderia ser uma boa idéia revela-se uma grande lambança. Pra quem não sabe, a distribuição de água e o tratamento de esgoto em Santa Catarina eram exploradas pela Casam uma estatal que detia o monopólio sobre esses serviços. Um dia um iluminado sugeriu que seria melhor para os municípios que cada um tivesse sua própria compahia de abastecimento e tratamento. Ponto pra ele. É claro que o foco não era o bem estar público, mas a criação de mais um cabide de empregos municipais. Onde os caciques locais poderiam pendurar os seus capangas eleitorais.
A autonomia para gerir os recursos hídricos e aplicar as verbas de acordo com as necessidades da população e os ideais declarados, foram esquecidos imediatamente após a criação das companhias municipais.
Essa pequena introdução foi para mostrar como surgiu a companhia Águas de Palhoça. O fato de odiá-la deve-se a alguns pequenos fatos tais como minha conta de água ficou mais cara, não existe atendimento de emergência aos domingos, a manutenção é terceirizada e quando tu ligas em busca de auxílio uma empresa fica empurrando para a outra e ninguém assume a responsabilidade sobre nada.
E o meu caso foi bem simples, chuva torrencial no sábado e a tubulação de esgoto da minha rua entupiu. Embaixo d'água não havia muito o que fazer, por isso nem me estressei. Porém no domingo a chuva tinha parado e o esgoto vazava a céu aberto. Liguei para a empresa e me informaram que não atendiam esse tipo de emergência nos domingos e que a minha solicitação seria repassada aos responsáveis na segunda-feira. Segunda cheguei de tarde em casa e a situação continuava a mesma. Liguei novamente pra empresa e me disseram que existia uma única solicitação de conserto, feita pelo Fulano na tarde daquele mesmo dia. Espinafrei a atendente e reforcei o pedido de manutenção. Terça-feira entrei no site da companhia e registrei uma reclamação. Até o momento não houve retorno.
O problema só foi resolvido na tarde de terça feira. E é por essas e outras que eu odeio a Águas de Palhoça.
quarta-feira, setembro 30, 2009
Oração íntima
Que a minha vida totalmente seja
Na prática do bem, da caridade;
Não permitindo que qualquer maldade
Venha, assim, perturbar minha franqueza.
Que eu tenha no meu sangue só bondade;
Que eu lute pelos fracos com firmeza
E estenda as minhas mãos pela pobreza
Em busca da justiça e da igualdade.
Que eu possa repartir o pão que tenha;
Que em minha casa o adoentado venha
Amenizar o sofrimento e a dor...
Que eu faça da atitude uma receita.
Que a minha vida seja apenas feita
De gestos de carinho e muito amor.
Conforme eu prometi ai acima está um dos sonetos do Hélio Cabral. Com o tempo postarei outros.
segunda-feira, setembro 28, 2009
Guerra no volante?
Irmão - Não vai ter briga, o que vai haver é SOBERANIA.
Amiga - Ah, mas isso é TIRANIA!
Lu Vieira
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sexta-feira, setembro 25, 2009
No trabalho. Nº 09. Gafe.
Chefe - Espero que esteja melhor.
Funcionário - Faz tempo que não tem notícias dele?
Chefe - Faz um mês que ele morreu.
Funcionário - ...
quarta-feira, setembro 23, 2009
Eu carteiro
L.S. Alves
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terça-feira, setembro 22, 2009
Dia da Árvore
Na infância, durante as atividades artísticas, seja na escola ou em casa, dificilmente a árvore não aparecia no meu desenho. Veja a ironia: desenhar uma árvore numa folha de papel. Papel que vem da árvore! Já imaginou viver sem ela? A vida ficaria sem a graça do verde. Aliás, a cor verde, para mim, sempre é associada às folhas das árvores. Uma das minhas brincadeiras prediletas era colocar lama no tronco da árvore. Quando a chuva ia embora, saía de casa para brincar com o barro. Pegar a terra molhada e mole em minhas mãos era uma sensação maravilhosa. Dava forma a ela ou colava no tronco das árvores. Na minha imaginação infantil, queria dar mais cor aos troncos.
Deus não iria criar uma árvore à toa. Ela está aí porque é importante para a nossa vida. Se lembramos do Dia da Árvore, consequentemente lembramos também de cuidar de tudo o que há na Terra: pessoas, água, animais, ar, plantas. Para terminar, faço a minha homenagem com fotos que tirei no último fim de semana. Veja algumas delas e procure curtir mais as árvores próximas de você:
Lu Vieira
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segunda-feira, setembro 21, 2009
Eu assumo os meus cachos
Estou gostando de ver as atrizes como a Débora Bloch e a Taís Araújo exibindo os seus cachos. Para mim, elas são muito mais bonitas assim do que com cabelos lisos. Eu entendo que elas já alisaram os seus fios por conta de seus personagens. Só não entendo o motivo das outras mulheres que não são atrizes ou modelos alisarem os seus fios. “Ah, Lu, é moda!” Sempre a moda. Muitas querem ser parecidas com as outras. Se você deseja chamar a atenção, a mim não vai conseguir. Em minha opinião, é como ver o mesmo mar. O mar de muitas cabeças com cabelos lisos. Olho para um lado e depois para outro, e parece que estou vendo as mesmas mulheres. Muitas delas com cabelos compridos. Lisos e compridos. Hoje noto que há mais cabeças femininas com cabelos crespos. Oh, que legal! Uma visão diferente.
Você já viu um homem alisar seus cachos? Pode até ter conhecido um assim, mas não é comum. Os homens não têm aquela “neura” de ter cabelos lisos. As mulheres deveriam seguir o exemplo dos homens. Exibir o que tem de natural. Se seu cabelo é liso, cuide dele e mostre a sua beleza. Da mesma forma, se o seu é crespo, cacheado ou ondulado, cuide dele e valorize a sua beleza. De vez em quando, pode mudar o seu cabelo por causa de alguma ocasião especial como uma formatura ou um casamento. Caso o seu cabelo seja crespo, alise só para participar dessa ocasião especial. Evite fazer isso sempre. Assuma o que você tem.
Eu tenho cabelos lisos, mas sempre quis tê-los cacheados. Minha irmã tem cabelos ondulados e queria que fossem lisos. Minha mãe disse: “Que tal vocês duas trocarem de cabeças?” Já fiz duas vezes permanente. Na primeira vez, os meus cachos ficaram lindos e combinaram com o meu rosto. Muitas vezes saí de casa sem necessidade de penteá-los. Uma maravilha para quem tinha preguiça de cuidar dos cabelos. Com o tempo, eles voltaram a ficar lisos. Na segunda vez, o resultado ficou um horror. Até hoje não sei exatamente o que aconteceu. A cabelereira foi a mesma. Nem ela conseguiu explicar o desastre. Aprendi a lição. Tenho que assumir os meus fios lisos. Hoje se quero ver meus cabelos de forma cacheada, uso bobes à noite e, no dia seguinte, tenho o resultado desejado. Ou então, como estou com cabelos longos, faço trancinhas e depois solto os fios que ficam ondulados.
Enfim, viva as mulheres que assumem os seus cachos! Viva as mulheres que assumem os seus cabelos lisos!
Pessoal, a ilustração foi feita pela jujucartoon especialmente para este texto. Conheça o blog da artista: http://jujucartoon.blogspot.com/
Lu Vieira
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quarta-feira, setembro 16, 2009
Greve nos Correios.
A partir de hoje trabalho como carteiro.
Quando der retorno com notícias e fotos.
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segunda-feira, setembro 14, 2009
Dia da Independência do Brasil
No momento, estou decepcionada com o Brasil. Claro que o país possui muitas qualidades boas, mas vejo inúmeros defeitos que existem há muito tempo e que ainda não foram eliminados. Há muita importância ao ter. O brasileiro quer ter o emprego dos seus sonhos, ter imóvel próprio, ter o carro do ano, ter muito dinheiro, ter roupas que estão na moda, ter um corpo magro e malhado, ter um marido ou uma mulher sexy, ter muito sexo... Uma lista infinita de ter. Sinto que o ter prevalece sobre o ser.
O ser que vejo atualmente está no aspecto negativo. O ser corrupto está em alta hoje, principalmente entre os políticos. Se alguém diz que fulano de tal é corrupto, ele se defende que não é e culpa o outro que quer prejudicá-lo ou se diz perseguido por alguém. Não quero ficar criticando apenas os políticos, pois em minha visão eles são o retrato do próprio povo. Não encontramos a corrupção apenas em órgãos públicos. É possível achar em empresas privadas, igrejas, escolas e até nas casas familiares. Corrupção não significa apenas desviar dinheiro de um para si próprio. É também mudança de caráter: do bom para o mau.
Não condeno o ter. O que não pode haver é o excesso de valorização do ter. Da mesma forma, não pode existir tantas pessoas corruptas. No nosso país, quem erra, principalmente os brasileiros que não são pobres de renda financeira, mas pobres de caráter, sempre escapa da penalidade. É o tal do “jeitinho brasileiro”. Jeitinho para pagar menos, jeitinho para ganhar algo que não merece, jeitinho para se livrar da prisão, etc. Poucos admitem que erraram. Poucos pedem perdão. A culpa é sempre do outro. Será que o José Sarney, o atual escândalo político, vai se livrar da punição pelos seus erros? Se olharmos todos os políticos que foram acusados de corrupção, dá para contar nos dedos quantos foram presos? As pessoas costumam passar a mão na cabeça de quem errou: “Coitadinho! Vamos dar um jeitinho para você se livrar dessa situação.” Muitos pais possuem essa mesma atitude com seus filhos.
Por outro lado, o político que ocupa um cargo público deveria se lembrar que foi escolhido pelo povo para que todos tenham boas condições de vida. É pensar e agir para o bem de todos e não em benefício próprio. Deveria ser um bom exemplo de caráter para o seu povo, assim como o pai para o seu filho. Deveria pensar que o cargo que ocupa não é um emprego. É uma causa nobre: ajudar o seu país a ter ordem e progresso como diz a bandeira do Brasil.
Então, há muito que fazer pelo Brasil. Tenho esperança que dias melhores virão e que brasileiros serão pessoas melhores. Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I gritou a célebre frase: “Independência ou Morte!”, quando o sentido era para se livrar de Portugal. Em minha opinião, devemos gritar de novo essa frase com o sentido de se livrar da corrupção. Ou devemos gritar assim: “Honestidade ou corrupção!”?
Postado por Lu Vieira
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sexta-feira, setembro 11, 2009
Deixa a chuva me levar
Tião em seu casulo queria apenas dormir. Se o dilúvio acontecesse ele ficaria boiando em sua cama quentinha por quarenta dias e quarenta noites, até que aparecesse alguma pomba, ou sabe lá qual pássaro com um ramo de oliveira (era oliveira?) em seu bico anunciando terra firme.
Fora um dia terrível. O patrão cismou de encrencar com ele. Justo naquela sexta-feira nublada. Ter que trabalhar no sábado. Era só o que faltava. Tirava os sábados para jogar seu dominózinho do bar do Melo até às três da tarde. Sempre com muita gelada e tira gosto a vontade. Depois ia pra casa tirar um ronco até às sete da noite e depois ficava vendo tevê até de madrugada.
_ Diabos! Zeca cismou em ganir uma hora dessas! O que esse desgraçado quer? Tem comida, tem água, tem uma casinha que não tem tantas goteiras quanto a minha, e ainda fica ganindo?!
Onde a vontade e a coragem de sair debaixo das cobertas para ver o que o cachorro queria? Mas a peste não parava de latir e de ganir e com esse barulho todo não consegui pegar no sono. E ainda por cima amanhã tinha que acordar cedo pra trabalhar. Desgraça!
Ficava torcendo para o cachorro parar de ganir, dava umas batidinhas na parede e sussurava pela fresta _Vai dormir Zeca! Mas qual, aí mesmo que o vira-latas gania.
_Vai lá ver o que é Tião. Ele pode estar enrolado na corrente.
Valdete também tava acordada? Aconchegou-se a mulher, mas um cotovelaço esfriou suas vontades.
_ Sai Tião. Vai logo ver o que aquele bicho quer!
_ Diacho!
Levantou-se tropeçando nas panelas que estavam no chão por conta das milhares de goteiras. Manteve o equilíbrio para não escorregar no chão frio e úmido.Acendeu a luz da rua, esperou um pouquinho pra ver se Zeca parava de ganir mas não teve jeito. Tentou abrir a porta, mas qual, ela estava emperrada por conta daquela chuvarada. Deve ter estufado com tanto água. Forçou, forçou mas não conseguiu abrir. Sussurrou alguns palavrões e encaminhou-se à janela.
Abriu a janela e pode ver Zeca, todo encharcado, enrolado no cano da antena da tevê. Bicho burro, pensou. Como pôde se enrolar daquele jeito.
Zeca quando o viu começou a se agitar, quase derrubando a antena. Tião só tinha um jeito, pular a janela.
Chuva, vento, frio, madrugada, cansaço, tédio, raiva por ter que trabalhar no sábado, o cachorro perturbando. Bem que nunca quis aquele pulguento. Sua cunhada que o trouxe e convenceu sua esposa a tomar conta dele.
Tião apoiou-se na janela, lembrou-se que estava descalço, mas já era tarde, depois lavaria os pés, pulou em cima de uma madeira que estava totalmente ensaboada com a chuva, não pôde equilibrar-se e se estatelou de costas no chão. Percebeu que não era apenas o sabão da chuva, mas, também, o cocô do Zeca.
_ Cão miserável!
Tião levantou-se totalmente sujo, dolorido e encharcado. Zeca a essas alturas estava cabisbaixo e silencioso, amedrontado, pois seu instinto já lhe dizia que iria sobrar pra ele. Até porque ele fora o protagonista de toda aquela confusão.
O primeiro pontapé acertou as costelas do cão que soltou apenas um pequeno gemido de dor, o segundo acertou-lhe a cabeça, o que fez doer mais o pé do Tião do que a parte acertada do cachorro, até porque nosso herói estava descalço. Tião conseguiu alcançar a corrente e soltou o cachorro que desabaladamente pulou a cerca e desapareceu.
_Vai filho de uma égua, desaparece e não volta mais! Gritou Tião.
Voltou para a janela e assustou-se vendo Valdete lhe olhando com uma cara de ódio e repreensão.
_ Desenrolei aquele desgraçado e ele fugiu. Foi o que pode dizer entre gaguejos sem graça.
_ Você é um desalmado, bater em um bichinho inocente e indefeso. Seu ignorante, grosso. Agora vais dormir aí na casa do Zeca para aprender. Antes que Tião pudesse articular qualquer palavra, Valdete bateu-lhe a janela na cara, quase lhe atorando os dedos.
Ainda protestou e bateu na janela, pedindo que ela abrisse, mas como viu que seria impossível e a vizinhança já começava a reclamar, não teve escolha senão se encolher na casa do Zeca, e passou a noite ali, molhado de corpo alma e coração, com cheiro de cocô e de vez em quando soltando um ganido que não sabia se era de frio ou de indignação.
Hélio Cabral Filho
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