Mamãe nunca aceitou bem a idéia de que eu saísse de casa, mas ultimamente essa paranóia estava chegando a extremos.
Anunciei que sairia no inicio do mês que vem. Foi a gota d’água. Ela transbordou, acabou sobrando pro santo Antônio.
Ela começou fazendo promessas, mas como o tempo passava e minha atitude não se modificava ela partiu pra coação. Ameaçou tirar a criança dos braços do santo. Nada mudou. Viu que só na ameaça não dava. Endureceu, recorreu à tortura. Pendurou a imagem de cabeça pra baixo. Nada mudou. Enfiou a imagem de cabeça para baixo dentro de uma jarra com água. Continuei firme em minha decisão. A cinco dias do fim do mês cometeu um ato de desespero, arrancou a criança dos braços de Santo Antônio e disse que só devolveria quando eu mudasse de idéia.
No último dia cheguei em casa a confusão já estava armada, carros de polícia, sirenes, policiais, jornalistas e fotógrafos. Cheguei a tempo ainda de ver minha mãe ser colocada dentro da viatura e ser levada para a delegacia. Mais tarde consegui descobrir o que havia acontecido.
Santo Antônio havia dado queixa do seqüestro da criança.
Sai de casa e hoje em dia levo café e bolachas para mamãe na cadeia.
Anunciei que sairia no inicio do mês que vem. Foi a gota d’água. Ela transbordou, acabou sobrando pro santo Antônio.
Ela começou fazendo promessas, mas como o tempo passava e minha atitude não se modificava ela partiu pra coação. Ameaçou tirar a criança dos braços do santo. Nada mudou. Viu que só na ameaça não dava. Endureceu, recorreu à tortura. Pendurou a imagem de cabeça pra baixo. Nada mudou. Enfiou a imagem de cabeça para baixo dentro de uma jarra com água. Continuei firme em minha decisão. A cinco dias do fim do mês cometeu um ato de desespero, arrancou a criança dos braços de Santo Antônio e disse que só devolveria quando eu mudasse de idéia.
No último dia cheguei em casa a confusão já estava armada, carros de polícia, sirenes, policiais, jornalistas e fotógrafos. Cheguei a tempo ainda de ver minha mãe ser colocada dentro da viatura e ser levada para a delegacia. Mais tarde consegui descobrir o que havia acontecido.
Santo Antônio havia dado queixa do seqüestro da criança.
Sai de casa e hoje em dia levo café e bolachas para mamãe na cadeia.
heheheehe... que jeito você arrumou de contar a história da sua carta de alforria!
ResponderExcluira minha não foi muito traumática, minha mãe chorou, mas só uma vez. mas não passo um fim de semana sem dar uma passadinha lá, porque senão, já viu...
hum, e que história é essa de "caráter na minha escrita"?
ResponderExcluirEita mamãe criminosa, hein!?
ResponderExcluirbeijos*
Holaaa!!, pasaba para saludar!!... muchos besos, bye bye!...
ResponderExcluirEla meu êxodo foi mais suave do que isso. Mas o fato é que ela fazia chantagem com o santo. Trabalho voluntário em troca de graças.
ResponderExcluirAlê quites: E qual mãe não seria capaz de cometer um crime pra permanecer ao lado do filho amado?
Carola: Muchos besos pra você também.
kkk, boa. Fazendo tudo iss pro santim, você pode até ter saído de casa, mas garanto que não durou muito tempo solteiro...
ResponderExcluirAcho que minha família arranjou uma rixa com o santo.
ResponderExcluirBrincadeira engraçada! belo texto ás mães.
ResponderExcluirmas no meio desta brincadeira toda é certo que elas fazem de tudo para nos fazer mudar de ideias...
São mães é o seu papel... porque nos amam e nos querem sempre debaixo do seu olhar atento...
Bia: o problema é que elas esquecem que criam os filhos pro mundo e não pra elas.
ResponderExcluirtodas são iguais e sempre acabam tentam razão quando fala o motivo,mas o amor é cego que acabamos não escutando elas,muito bom esse seu ponto de vista.
ResponderExcluirNo meu caso foi mesmo ... saltitei do Blog da laura para aqui e arrastei comigo a Adrianna :-)
ResponderExcluir1.000 visitas é um número lindo, para nós que não aspirávamos a tanto, é motivo de imensa satisfação, mas tenho uma amiga que atingiu há dias 250.000 visitas! Podes ler aqui
http://grilinha.blogs.sapo.pt/
Tenciono continuar a ler-te e terei todo o prazer em poder contar sempre com a tua companhia. Só tenho um pequenino reparo a fazer ... nu gosto dessa foto eheheh
Um beijinho
Escorpiana:Mãe é mãe. Só o que muda são os nomes.
ResponderExcluirPascoalita: Obrigado por passar sempre aqui. Se você continuar me visitando nem preciso chegar as 250.000 visitas.
Mãe é mãe, claro. É amor inigualável! Este é um caminho obrigatório de passagem quase diária, amigo Alves :) E espero que assim seja por mto tempo, independentemente do número de visitas. Fico grata por ocupar um pouquinho do lugar da minha amiga laura 1 beijo
ResponderExcluirQue texto delicioso... :)
ResponderExcluirLiricamente surpreendente!
ResponderExcluirAlgo entre Marina Colassanti e Veríssimo...
O toque de surrealidade encaixou-se perfeitamente.
Olá,
ResponderExcluirEncontrei a referencia deste blog, ao visitar um blog amigo, decidi passear por aqui... e não é que é msmo interessante? Se me permitir, daqui ja n saio.
Belo conto, o meu n é tão dramático assim e nem tão engraçado.Fartei-me de rir.:o))))))))
Até mais!
Muito bom o seu texto! Ele me fez lembrar dos dois momentos que eu saí de casa para viver as minhas aventuras. Por coincidência, as duas saídas tiveram como destino a cidade da magia! A primeira foi quando tinha 20 aninhos e a segunda é o momento atual. Minha mãe não diz que não queria que eu saísse de casa, mas ela demonstra que queria que eu ficasse. Por meio dos meus amigos, ela já disse que "se dependesse de mim, a Lu estaria comigo até hoje". Não diz pra mim, mas diz para os outros. Quando morava em Joinville, houve vários momentos que tive vontade morar sozinha em uma kitinete. Uma vez meus pais disseram: "Você poderia sair de casa quando casar ou quando arranjar emprego em outra cidade." Então, o sonho se realizou na segunda opção... Abraços!
ResponderExcluirA saída de casa sempre é um momento complicado, seja da casa dos pais, seja da nossa própria casa. Uma ruptura com o antigo ao qual já estavamos acostumados e um salto para o novo e normalmalmente desconhecido. Necessita sempre uma boa dose de coragem pra dar esse passo. Coisa que falta pra muita gente. Romper com o passado e começar a escrever uma nova história pode ser assustador, mas jamais deixará de ser necessário para que a vida possa fluir de uma forma saudável.
ResponderExcluirFoi assim contigo, comigo e com um monte de pessoas que eu conheço.
Um abraço Luciana e parabéns por ter deixado o ninho.
É isso aí! Gostei das suas palavras! Sair de casa é um momento que vc sai da zona de conforto ou de segurança para conhecer o novo ou ir atrás do desconhecido. Não ir atrás dos novos desafios, é viver na mesmice.
ResponderExcluirMesmice sufoca.
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