sexta-feira, março 30, 2007

1001 noites? Não! 1001 visitas!


Não posso deixar de registrar aqui o meu contentamento por ter ultrapassado a marca das 1000 visitas. Isso me deixa muito feliz, visto que no ínicio eu imaginava que este lugar ficaria entregue às moscas.

Gostaria de agradecer a todos que acompanham este trabalho, linkam este blog ou divulgam esse endereço.

Um agradecimento especial a:

Jefferson.

Silvia 74.

Cristiane Saldanha.

Laura.

Cris.

Su.

Eruanna.

Pois através do blog dessas pessoas muitos vieram descobrir a minha página. Peço desculpas se deixei alguém de fora, mas a memória às vezes falha.

Obrigado a todos.

quinta-feira, março 29, 2007

Amor de mãe


Mamãe nunca aceitou bem a idéia de que eu saísse de casa, mas ultimamente essa paranóia estava chegando a extremos.
Anunciei que sairia no inicio do mês que vem. Foi a gota d’água. Ela transbordou, acabou sobrando pro santo Antônio.
Ela começou fazendo promessas, mas como o tempo passava e minha atitude não se modificava ela partiu pra coação. Ameaçou tirar a criança dos braços do santo. Nada mudou. Viu que só na ameaça não dava. Endureceu, recorreu à tortura. Pendurou a imagem de cabeça pra baixo. Nada mudou. Enfiou a imagem de cabeça para baixo dentro de uma jarra com água. Continuei firme em minha decisão. A cinco dias do fim do mês cometeu um ato de desespero, arrancou a criança dos braços de Santo Antônio e disse que só devolveria quando eu mudasse de idéia.
No último dia cheguei em casa a confusão já estava armada, carros de polícia, sirenes, policiais, jornalistas e fotógrafos. Cheguei a tempo ainda de ver minha mãe ser colocada dentro da viatura e ser levada para a delegacia. Mais tarde consegui descobrir o que havia acontecido.
Santo Antônio havia dado queixa do seqüestro da criança.
Sai de casa e hoje em dia levo café e bolachas para mamãe na cadeia.

terça-feira, março 27, 2007

segunda-feira, março 26, 2007

Frases. Nº 03


Chuva quente, asfalto quente, ar quente. Mas os corações permanecem frios.



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segunda-feira, março 19, 2007

Phrases. Nº 02


From the tip of the pen was born a world.

Dumb, does not say nothing, simply waits that they decipher it.

Citações. Nº 03


"O homem é propriamente falando, um animal que agride."
(Arthur Schopenhauer)

quarta-feira, março 14, 2007

Pressão. Parte II


Já que era pra acabar com o livro antes que o livro acabasse com ele, pôs-se a redigir o final da aventura nesta orientação.
O herói parricida corre ao encontro da princesa. Ele já fez sua escolha. Abraça-a e beija fortemente seus lábios. Então uma forte dor o ataca. Sua amiga guerreira o esfaqueou pelas costas. Ele tomba e perplexo assiste a um beijo apaixonado entre Tara e a princesa. As duas ainda fazem questão de sorrir perante seu corpo estatelado na poça de sangue que se formava.
Pronto! Fim. Ele morre e as duas fogem juntas e vivem felizes para sempre. Talvez não fosse a melhor das idéias, mas, pelo menos era um final. Trabalharia em cima daquilo durante esta noite e amanhã já estaria salvo do humilhante retorno a carreira de ambulante. Se o final homossexual ia agradar ou não? Isso já não era com ele.
Sentiu que a pressão estava diminuindo. Sorriu. E continuou escrevendo até que conseguiu digitar a tão desejada palavra. Fim.

terça-feira, março 13, 2007

Pressão. Parte I



Há duas semanas que o prazo estava acabando e ele não conseguia finalizar o romance. Uma espécie de manto negro havia baixado sobre sua cabeça e não conseguia enxergar nada que não fosse o calendário e o ponteiro do relógio.
A donzela estava na sala ao lado. Os soldados e o conde, seu pai e inimigo mortal, estavam no corredor a sua frente. Ao seu lado Tara a guerreira voluptuosa e letal que era loucamente apaixonada por ele.
E agora? O que ia fazer com a personagem? Final feliz com a princesa água com açúcar. Transformá-lo em herói trágico? Perecendo num sanguinolento duelo com o próprio pai? Pode até morrer, mas antes tem que salvar as duas. Ele também podia fugir com a guerreira gostosona.
Se escrevesse pra televisão simplesmente matava o vilão, casava todos os sobreviventes e pronto. Mas, porra, ele era um “escritor”. Tinha que ser capaz de algo mais.
O pior de toda essa situação é que já tinha torrado o dinheiro do adiantamento pelo livro. E se não der conta do serviço a perda do contrato e a multa o levarão à falência. E de volta pra barraquinha de cachorro quente. Se é que conseguiria recuperar seu antigo ponto de vendas.
Toca o celular. É o editor. E agora? Atendo? Não atendo? Atendo? Não aten...
- Fala.... tô bem....sim tá pronto....Não! Pronto. Pronto não tá, mas falta pouco e amanhã eu levo aí pra você conferir.... Sim eu sei...não te deixar na mão...É....Amanhã.....Boa noite pra você também.
Bosta! Já não bastasse sua consciência tinha também o seu editor a pegar-lhe no pé. E as perguntas se repetiam. Casamento? Morte? Fuga? Precisava de outra alternativa. O final do romance devia ser inusitado. Tinha que existir alguma coisa que pudesse utilizar. Em sua mente as imagens passavam num carrossel vertiginoso. Princesa, salsicha, espada, cebola, aluguel, contrato, conde, milho e ervilha.
Levantou-se e foi até a cozinha. Botou leite no fogo pra fazer um café. Quem sabe uma dose cavalar de cafeína poderia ajudá-lo?
Se ao menos não tivesse matado o bruxo. Poderia usá-lo agora como uma surpresa. A história teria uma reviravolta no final. Mas agora era tarde demais. Fizera uma ótima cena de ação com o herói matando o bruxo com um golpe de espada que chegou a decapitar a vítima. Tinha que aprender a não desperdiçar personagens.
Tomou um gole do café. Estava forte e pouco adoçado. Sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. Voltou para a máquina. E começou a digitar. Matou o conde. Com isso o herói tornava-se um rico herdeiro. Agora era só pegar a princesa ou a guerreira e fugir. Ou quem sabe...




Obs: recém saído do forno. Terminei ontem. Espero que gostem. Amanhã eu posto o final da história.

sexta-feira, março 09, 2007

Ex.


Volta e meia isso me acontece, estou andando pela rua, dia comum, nada de especial, não depende de eu estar triste ou feliz, simplesmente acontece. Estou seguindo pela rua ela vem e toma de assalto meus pensamentos. A falecida, ela faz questão de não me deixar em paz, mesmo após tanto tempo. Não que seja ruim relembrar nossos momentos juntos, pois não sei por que todas as memórias que aparecem são dos momentos bons que passamos lado a lado. Passeios, jantares, viagens e sexo. Muito sexo. Talvez seja simplesmente algum tipo de perversão mórbida, um jeito de profanar quem descansa em paz. Mas não são apenas simples lembranças, também tem momentos em que surgem em minha mente imagens que não foram vividas, são simplesmente sonhos que poderiam ter se tornado verdade se tivessemos mais tempo juntos. Uma que é renitente e faz parte daquelas que eu mais gosto é aquela em que a vejo com um enorme barrigão de gestante, lindo, redondo, pleno de vida. Na minha cabeça eu a vejo como numa foto de propaganda de seguro de vida ou de saudação de ano novo. Creio que essa seja a que mais mexe comigo.
Essas lembranças não chegam a me incomodar, pois como eu disse são todas de momentos bons, mas mesmo assim não deixa de ser estranho, ficar revivendo o passado quando menos se espera.
Depois de tantos anos eu não esqueço mais o aniversário dela, Deus sabe quantas brigas tivemos por causa do meu esquecimento para com uma data tão importante. Não posso passar em frente à loja de jóias que me uma vontade de entrar e escolher um colar para presenteá-la. E hoje que não faz mais diferença alguma o lembrar ou o esquecer, Hoje essa data não abandona minha memória.
É meio ridículo quando você olha pra traz e vê quanto erros tolos cometeu e por isso fizeste alguém sofrer. Quanta dor poderia ser evitada com um pouquinho mais de maturidade, uma pequena dose de coragem e uma gota que fosse de amor.
Quando chego em casa, de noite, sozinho, no meu quarto, sentado na cama vejo fotos, como ela sorria ftos, como ela sorria fácil, ainda trago a foto 3x4 dela na minha carteira, creio que nunca vou me desfazer dela. Agora durmo agarrado com o travesseiro por que ela não esta mais aqui, não me sinto triste, quando muito, às vezes me sinto só.
Fora essas memórias que me visitam constantemente, não posso esquecer, jamais da minha imaginação, que volta e meia quando a deixo livre põem-se a sonhar possibilidades e futuros que hoje poderiam ser realidade. Mas diante do sonho da casinha branca, com gramado na frente, crianças correndo no quintal e nós preparando o almoço do domingo, lembro-me que a vida é uma existência feita de escolhas. Não cabe agora ficar se lamentando pelos erros do passado. Resta apenas, tocar a vida em frente.
E é Isso que vou fazer, vou tocar a vida em frente. E se as memórias dela continuarem a me perseguir eu ligo para ela e marco um jantar para nós dois.
Afinal estamos separados, mas não estamos mortos.


P.S: Eu escrevi isso há muito tempo. Roubaram-me a 3X4. Certas coisas mudaram, outras não. Não há mais coragem pra ligar. Não há mais por que espalhar dor por ai. As memórias continuam. Elas não morrem. Mas agora certas coisas mudaram.

Options.


Alone.


I write or I walk?


Walk...

segunda-feira, março 05, 2007

Citações Nº 02. Aldous Huxley


"Experiência não é aquilo o que aconteceu com você; mas, o que você fez com o que lhe aconteceu."

(Aldous Huxley)

Phrases. Nº 01


The diamonds are perpetual, the wives not.

Better is love the diamonds.

Beginning

Well! The principle I wait that this is the first one of many texts. And that I obtain of certain form to please the readers who come in venture in this page. They are all welcome to this small piece of Brazil.

BlogBlogs.Com.Br

sexta-feira, março 02, 2007

Almoço, Florianópolis, 28/02/2007.


O prato do dia é miojo, ou seja lá como se chama esse macarrão de preparo instantâneo que é tão barato e salva a vida das pessoas solteiras. Quinto andar, copa, 300 metros quadrados de área quase livre, uma pia, uma geladeira, um microondas, quatro mesas de quatro lugares. Quase vista pro mar. Dá pra ver alguns pedaços da baía.
Pego o prato mais fundo que tem. Ponho água. Com esforço rasgo o maldito pacote de macarrão que teima em não abrir. Ele rasga de fora a fora, espalha macarrão sobre a pia. Jogo a massa no prato. Quebro-a um pouco mais, mesmo assim ficam pedaços projetando-se de dentro da água.
Procuro o tempero. Não está no pacote. Não está na pia. Não está no chão. Maldita empresa picareta. Esqueceram de colocar o pacotinho de tempero. A comida já não teria gosto de nada com o uso do tempero pronto, agora então seria uma coisa disforme sem sal e sem açúcar.
Coloquei o prato no microondas e liguei. A comida rodou e rodou e rodou. No meio da preparação abri a máquina e mexi a comida, afundando os pedaços rebeldes. Liguei novamente. E deixei ir até o fim. Abri a porta e um bafo quente saltou em meu rosto. A água havia transbordado. Catei papel toalha e limpei a lambança.
Um amigo viu que eu não tinha o tempero e ofereceu-me um que sobrava em sua mesa. Temperei a gororoba e comi.
Não tinha gosto de nada.
Estava perfeito.


P.S.: Caso realmente queira uma receita de macarrão instantâneo clique aqui.



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