quarta-feira, março 31, 2010
Faça a coisa certa
Por isso que pra mim brigadeiro tem que ser bolinha. Misturar os ingredientes e serví-los numa panela, prato, bacia, etc. É servir um doce qualquer à base de chocolate. O que nem de longe retém a graciosidade de uma esfera achocolatada, coberta de chocolate granulado e suavemente depositada sobre uma singela forminha de papel. Isso sim é um brigadeiro. Que vem na dose certa pra se desmanchar na nossa boca. O que não tem nada a ver com o ato bárbaro, primitivo até, de comer com colher ou até mesmo com a ponta dos dedos.
Alguém pode argüir que dessa forma dá muito trabalho e que ser bolinha ou não é algo que não muda o sabor do doce. Mas e quanto a apresentação? Seriam os olhos indignos de receber um alimento minimamente trabalhado? Por que eles deveriam se contentar com uma massa escura e sem forma definida?
E antes que digam que sou preconceituoso, aviso logo que já comi o doce nas duas formas descritas neste texto e que minha opinião é baseada em experiências já vividas.
Resumindo: pra ser brigadeiro, tem que ser bolinha.
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segunda-feira, março 29, 2010
Sonhos nº 11. Portas fechadas
Estava dentro de uma casa imensa. Parecia ser um castelo e ficar numa floresta. Eu andava tranquila nos corredores da casa. Muitos corredores. Muitas portas. O lugar era escuro. Quando eu passava pelas portas, elas fechavam sozinhas sem barulho. Antes de fechar, percebia uma pequena claridade branca e intensa. Não havia ninguém na casa. Somente eu. As portas que fechavam não me incomodavam. Eu continuava andando. À medida que o tempo passava, meus passos aumentavam. E as portas cerravam mais rápidas e ruidosas. Elas faziam isso de acordo com a velocidade do meu andar. A tranquilidade que eu tinha deu lugar ao desejo. Queria ir para o outro lado da porta. Mesmo com esse desejo, elas continuavam fechando. O desespero tomou conta de mim. E eu corria e corria. De repente, parei diante de uma enorme porta aberta de onde saía uma forte luz branca. Fui em direção a ela. O meu desejo para entrar era grande. Quando dei mais alguns passos, a porta fechou de forma estrondosa. Aí eu acordei.
Lu Vieira
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sexta-feira, março 26, 2010
Coral
Enfim torno a fazer algo que gosto muito sem ter que subtrair tempo algum da minha família.
Já deu pra notar que estou feliz?
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quinta-feira, março 25, 2010
Meu primeiro moleskine
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segunda-feira, março 22, 2010
Bolshoi e Giselle
Foram três noites de apresentação. Na primeira, exatamente no dia que completou 10 anos, foi apresentado o espetáculo “Don Quixote”. Eu não estava presente para prestigiá-lo. Na segunda noite, o clássico “Giselle” deu o ar da sua graça. Eu fui assisti-lo. Os alunos do Bolshoi estrearam esse espetáculo com louvor. Já havia visto “Giselle” anos atrás com outro grupo de bailarinos. É uma história de amor e tragédia contada pela primeira vez na dança em 1841. No terceiro e último dia foi a Noite de Gala, quando foram apresentadas várias coreografias representando as culturas de outros países, além do Brasil, como “A Morte do Cisne”, “Dança Francesa”, “Valsa das Flores”, “Dança Maracatu” e “Gopak”. Também vi esses espetáculos.
Coube a Natalia Osipova interpretar a personagem principal. A bailarina russa veio especialmente a fim de apresentar juntamente com os alunos do Bolshoi em Joinville. Além dela, veio também o bailarino russo Ivan Vasiliev para encarnar o personagem Albrecht.
Perceberam? Escrevi a minha opinião sobre “Giselle”. Assim como um livro ou um filme, uma coreografia como “Giselle” provoca reflexões. Fiquei envolvida na história e na dança. Tive vontade de entrar no espetáculo para dançar. Ouvir a música e ver os saltos, os rodopios, os movimentos dos braços, a inclinação dos corpos me deixaram em êxtase. Os bailarinos conseguiram ganhar meus muitos e demorados aplausos e provocar lágrimas discretas no meu rosto.
Meus aplausos não foram somente para os bailarinos. Também a todos os bailarinos que passaram pela Escola Bolshoi em Joinville, diretores, professores e funcionários. Por todos que construíram e constroem a história da escola de forma direta ou indireta. Se os bailarinos do Bolshoi de Joinville se apresentarem na sua cidade em turnê, não deixem de prestigiá-los. Se vocês visitarem Joinville, venham vê-los. Eu recomendo!
sexta-feira, março 19, 2010
Desastre do photoshop
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quinta-feira, março 18, 2010
Detesto supermercados
Chocolates por todos os lados não me incomodam, mas por que cobrir os corredores com ovos de páscoa?
A - Beleza
B - Depósitos cheios
C - Crianças destruidoras
D - O simples prazer de assistir as pessoas altas andarem curvadas feito corcundas
Particularmente acredito que a última opção seja a verdadeira razão desse costume idiota.
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quarta-feira, março 17, 2010
Que tipo de Ex é você?
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segunda-feira, março 15, 2010
Rosto comum
Já fui parecida com a ex-atriz Lídia Brondi e as atrizes Silvia Pfeifer e Bel Kutner. Como a Silvia Pfeifer atua hoje numa novela da TV Record, me disseram que lembro muito a atriz. Só apareci na televisão uma vez na vida. Foi para uma televisão paga e veiculada somente em Joinville. Havia sido entrevistada num programa como veterana do curso de jornalismo. Junto comigo estava o calouro do curso. A ideia do apresentador era conhecer os pontos de vista de um calouro e de uma veterana sobre a faculdade de jornalismo. Nunca vi a entrevista, pois não tinha TV paga em casa. Não quis pegar uma cópia do programa. No entanto, ouvi isto: “Eu vi você na TV!”.
Na escola, nunca fui parecida fisicamente com a minha irmã. Com as amigas dela, sim. Quando estava junto com elas, muitos falaram assim: “Não, você não se parece com ela, mas com ela sim (apontando para a amiga de minha irmã). Quando minha irmã entrou para a faculdade, aconteceu a mesma coisa. Ela tinha (ainda tem) uma amiga que era a minha cara. Somente uma vez na vida fomos consideradas irmãs. Havíamos cortado o cabelo acima dos ombros e repicado os fios. Um colega de trabalho meu disse: “Eu te vi no sábado dirigindo perto da minha casa e acenei para você. Mas você não me viu”. Naquela tarde de sábado foi a minha irmã quem dirigiu o carro de meu pai. Ele insistiu tanto dizendo que era eu que terminei a conversa desta forma: “Tá, era eu mesma”. Uma vez a caixa de supermercado olhou para nós duas e perguntou: “Vocês duas são gêmeas?”
Uma colega de trabalho me elogiou: “Lu, adorei o seu discurso de ontem”. Ela explicou que foi num evento da Igreja Católica. Várias vezes fui escolhida como representante dos colegas para discursar sobre alguém por causa do aniversário ou de alguma conquista. Eu falava de improviso e as palavras ditas por mim eram sinceras, verdadeiras e vinham do fundo do meu coração. Sempre pedi a Deus que da minha boca saísse mensagens boas para o homenageado e a todos os acompanhantes da ocasião. E não fui eu quem fez o discurso no evento da Igreja Católica.
Na faculdade não foi diferente. Uma colega chegou na sala de aula e logo sentou ao meu lado contando: “Lu, paguei o maior mico hoje!” Ela havia ido numa clínica médica e começou a conversar com a atendente. À medida que conversava, ela percebeu que “eu estava estranha”. Nunca trabalhei em consultório médico...
No ano passado teve um dia que estava lendo um livro na biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) quando fui abordada por um rapaz com esta pergunta: “Você é a primeira colocada geral do vestibular da UFSC?” A jovem que obteve essa classificação tinha o rosto estampado em outdoors, propaganda da escola onde estudou e se preparou para o vestibular. E também aparecia na TV. Foi entrevistada em jornais da cidade. Sim, a moça se parecia comigo. Ela usa óculos, têm cabelos lisos, longos e castanhos, pele clara, sorriso bonito, usa anéis, principalmente no dedo polegar... A diferença? Sou uma balzaquiana e ela com 17 anos de idade.
No entanto, creio que, às vezes, eu mesma confundo as pessoas. Costumava mudar constantemente o meu visual. E fico diferente a cada corte novo de cabelo. O meu rosto parece ser mutável. Já tive cabelos curtos (fiquei a cara do meu irmão e não volto a ter esse visual de jeito nenhum), estilo chanel, franjinhas, cabelos repicados, pintados, etc. Hoje já não mudo tanto. Estou de cabelos longos e com a cor natural. Mas... Tenho vontade de pintá-los. Ainda vou amadurecer essa ideia. Será que vou causar novas confusões? E vocês? Já foram confundidos com outras pessoas?
A ilustração que acompanha este texto foi feita pela minha cunhada Nina. Ela a fez quando brincava de desenhar e pintar com os seus filhos. Humm, a moça da ilustração me lembra alguém...
Lu Vieira
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quarta-feira, março 10, 2010
Sonhos Nº 10. Montanha russa dentro d'água
Sonhei que estava no Rio de Janeiro. Era como se estivesse dentro de uma propaganda ou reportagem sobre a nova sensação do verão. Uma montanha russa dentro de um parque aquático.
"Nesse verão só o que te pega pelo pescoço é a Murissoca."
Este era o slogan do novo brinquedo. E o que a Murissoca tinha de diferente fora o nome? Ela era uma montanha russa dentro d'água.
No começo tive uma visão do alto e o parque aquático era igual a todos os outros. Depois eu estava sentado no primeiro carrinho da composição. A água da piscina chegava a altura do tórax, quase encobrindo os ombros. Os carrinhos partem. O looping é legal. Depois disso ela retorna ao nível normal e então é hora de submergir. Prendo a respiração e a Murissoca vai pro fundo d'água. É azul e confortável. Antes, bem antes de perder o fôlego adentramos um túnel. O teto em semi circulo é liso e reflete a água que é iluminada por lâmpadas submersas. Entre a água e o topo do túnel há uma distância de uns 60 centímetros. É possível respirar, mas tenho medo de que uma marola jogue água no meu nariz durante uma inspiração. O túnel é azul ou verde, cor de água e brilhante e límpido, mas ali em baixo não é tão confortavel assim.
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segunda-feira, março 08, 2010
As duas meninas
Quando meu olhar se dirige pela primeira vez para as duas meninas, elas estão saindo do mar. Uma mulher diz alguma coisa a elas. Pode ser a mãe delas ou de uma delas. Ou a tia. Ou uma amiga mais velha. As garotas vão para a areia e sentam na toalha estendida no chão. O sol está indo embora. Elas sentem frio e se protegem com roupas ou toalhas que não consegui identificar. Não gostam de ficar paradas.
Estou sentada numa cadeira na areia e conversando com os meus amigos. Muita gente foi embora. Às vezes, olho para as meninas, pois a mulher sumiu. Não consigo ver outro responsável por elas. Olho para aqueles que tomam banho de mar e tento descobrir se um deles é o responsável. Provavelmente a mulher havia dito que eram para elas esperarem ali, enquanto ia dar uma saída. Coitadas. Esperar, esperar e esperar.
De repente, as meninas se levantam e começam a desenhar na areia usando as mãos, os pés ou um pedaço de madeira ou uma conchinha. Fazem círculos, retas e linhas de diversos traçados. Param. Andam em cima dos traçados que desenharam. Uma distração interessante. Criaram caminhos. Apesar do sol se pondo, ainda uso óculos escuros. Assim, posso observá-las melhor sem elas se sentirem incomodadas.
Depois de andar por todos os caminhos que existiam, elas desenham de novo. Mais caminhos. E repetem várias vezes: desenham e depois andam. Em um determinado momento, elas estão perto de mim. Quando me veem, dou um largo sorriso. Elas fazem o mesmo. Não falo nada, pois estou sem os meus aparelhos auditivos. Havia tomado banho de mar e não podia colocá-los logo. Somente quando as minhas orelhas ficassem bem sequinhas. Elas continuam absortas na brincadeira.
Hora de ir embora. Arrumamos as coisas. Não esquecemos de nada na praia. Vamos indo em direção onde se encontrava estacionado o carro. Olho pela última vez para as duas meninas. “Adeus. Que Deus abençoe vocês. Que sejam boas e felizes. Que tenham pais maravilhosos. Curtam bem a infância”.
Lu Vieira
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sexta-feira, março 05, 2010
A carta ainda vive
quarta-feira, março 03, 2010
Orgulho e Preconceito
Passaram alguns anos até que nas minhas férias de 2008 tomei coragem e adquiri um exemplar de Orgulho e preconceito.
A história abre com um dialogo tão banal que só mesmo um grande talento para esconder coisas importantes sob tanta futilidade e ainda assim espicaçar a curiosidade do leitor. O casal Bennet especula sobre a chegada à cidade de um jovem solteiro e rico. E nesse momento começamos a perceber sobre o que se trata a história. A busca da senhora Bennet em casar "bem" as suas cinco filhas.
Creio que mais de duzentos anos se passaram depois da publicação desse livro e mesmo assim nota-se que poucas coisas mudaram. Liberação da mulher, luta por direitos iguais e ainda hoje vemos mães empurrando filhas em direção a casamentos como se essa antiga instituição, falida, fosse o supra-sumo da realização pessoal na vida de uma mulher. Nesses dois séculos de intervalo o que mudou é que as vítimas de antes eram lordes e fidalgos e agora são pagodeiros e jogadores de futebol. Pensando bem, eles bem merecem o que lhes acontece.
P.S: Um ano e pouco depois de ter feito essa resenha assisti o filme e digo que foram muito felizes com a adaptação que levaram à tela. Roteiro quase igual ao livro!
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segunda-feira, março 01, 2010
Os guarda-vidas
Antigamente eram conhecidos como salva-vidas. Hoje são denominados de guarda-vidas. Bem, pelo menos aqui em Santa Catarina é assim. Penso que o nome atual é o mais adequado. Melhor ficar de olho na vida dos outros em vez de sair correndo a fim de salvar alguém do afogamento.
Em um fim de semana de fevereiro estive observando as atividades dos guarda-vidas na praia dos Ingleses em Florianópolis. Essa praia tem ondas fortes. Apesar de saber nadar, eu só fiquei na beira do mar. No entanto, muitos banhistas iam ao fundo do mar. E os guarda-vidas não ficaram de braços cruzados. Em vários momentos, escutei o apito. Eram eles chamando os banhistas para saírem da área perigosa. Comparei o desempenho dos guarda-vidas com os policiais que atuam nas ruas. Os guardas de trânsito também orientam as pessoas nas ruas ou chamam a atenção. “Aqui não pode estacionar”. “Vire à direita”.
Havia bandeiras vermelhas fincadas na areia em boa parte da praia. Elas indicam que o mar está perigoso. Em um trecho tinha três bandeiras vermelhas distantes uma da outra e unidas com fita plástica de cores amarela e preta. Isso significava que não podia entrar no mar de jeito nenhum.
Num determinado momento, eu e meus amigos vimos um ato de salvamento. Dois guarda-vidas retiraram do mar um homem que teve um mal-estar. Utilizaram um tipo de corda elástica para puxá-lo de volta à areia. Um puxava a corda e o outro segurava o homem. Deu tudo certo. A cunhada de minha amiga, que conheci naquele dia, contou que dias antes uma adolescente não teve a mesma sorte.
Próximo das oito horas da noite e o dia ainda claro, resolvemos caminhar na praia. Mal começamos a andar quando nos deparamos com inúmeras pessoas em volta de algo. Os guarda-vidas tentavam reanimar alguém. Era um homem? Uma mulher? Uma criança? O máximo que conseguimos saber era de que se tratava de uma moça. Alguns diziam que era uma adolescente. Outros, uma jovem. Muita gente que observava o ato deixou as lágrimas rolarem no rosto, inclusive eu. A emoção e a esperança tomaram conta de mim. “Meu Deus, ajuda eles. Por favor, não quero ver uma morte na minha frente”. Dois guarda-vidas solicitaram às pessoas a se afastarem da cena. Logo vimos um helicóptero se aproximando para pousar na areia. A equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou para ajudar no trabalho.
Seguiram mais alguns momentos tensos. Não conseguíamos ver direito. De repente, os profissionais pareceram ficar mais aliviados e estavam colocando a moça na maca. Os guarda-vidas fizeram uma roda. As pessoas que viram o acontecimento começaram a bater palmas. O helicóptero levantou vôo. De pé do lado de fora do helicóptero e uma mão segurando num suporte, um jovem profissional do SAMU apontou o dedo em direção aos guarda-vidas. Entendemos que o mérito do salvamento era para os guarda-vidas. Eles continuaram em roda, ajoelhados no chão e um abraçava o outro. Agradeceram uns aos outros e a Deus. Aplausos demorados. Muita gente foi cumprimentá-los.
Enquanto a moça era socorrida, reparamos que não havia um parente ou um amigo dela junto. Pode ser que os seus acompanhantes foram para casa e ela quis ficar mais um pouco na praia. Provavelmente disse: “Vou dar um mergulho”. Como sou curiosa, procurei nos jornais por alguns dias a fim de encontrar a notícia sobre a ocorrência. Não achei uma notinha sequer. Não pude saber quem era ela. Conclui que é melhor pensar que ela está bem. Mergulhou em direção à quase morte e os guarda-vidas mergulharam para trazê-la de volta. Viva os guarda-vidas!
Lu Vieira
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