terça-feira, setembro 08, 2009

A menina que roubava livros

Ganhei de presente da minha esposa. Não fosse esse gesto de carinho creio que este livro jamais entraria para minha biblioteca. Gostaria de dizer que isso seria uma perda irreparável e blá, blá, blá, etc. Mas o fato é que o volume é apenas um passatempo aceitável.


A história é narrada pela Morte e passa-se nos tempos da Alemanha nazista. Onde acompanhamos a trajetória de Liesel Meminger, a menina que roubava livros. A Morte é pretensiosa e se da ares de grandeza, sua figura é tão chata que me dá vontade de viver eternamente para ser poupado de um tête-à-tête com tão tediosa criatura. É fato que ela não é a personagem principal, entretanto, esperava muito mais personalidade por parte dela.


A protagonista, uma menina alemã magrela órfã de pai comunista, separada da mãe pelo estado e que viu o irmão morrer ao seu lado dentro de um trem cheio de párias da sociedade germânica. Entregue aos cuidados de uma família de estranhos descobre as primeiras letras, prazer pela leitura, o valor da confiança e o peso das responsabilidades que separam o mundo infantil do adulto. Entre as responsabilidades que servem de limiar encontra-se a tarefa de manter um judeu escondido no porão por vários meses seguidos. Há espaço para aventuras infantis e descobertas da pré-adolecência, tais como o primeiro beijo.


O livro apresenta algumas intervenções gráficas, livros desenhados pelo hóspede judeu, que considero interessantes, não sei se inovadoras, mas com certeza interessantes e muito bem vindas, pois tiram de cima da trama central os olhos do leitor. Dando um alento positivo a obra.


Fora isso não há muito que escrever sobre esse livro.


"Aos 30 anos, Zusak já se firmou como um dos mais inovadores e poéticos romancistas dos dias de hoje. Com a publicação de A Menina que Roubava Livros, ele foi batizado como um "fenômeno literário" por críticos australianos e norte-americanos. Zusak é o autor vencedor do prêmio de quatro livros para jovens: The Underdog, Fighting Ruben Wolfe, Getting the Girl, Eu Sou o Mensageiro (I am the Messenger), receptor de um 2006 Printz Honor por excelência em literatura jovem.Mais novo de quatro filhos de um austríaco e uma alemã, o escritor mora com sua esposa e filha em Sidney, na Austrália." Trecho retirado daqui.


Deixo minha recomendação para aqueles que apreciam leituras suaves para passar o tempo. Àqueles que gostam de saborear algo mais substancioso indico não desperdiçar tempo com essa história.

Editado: Para aqueles que quiserem uma opinião diferente recomendo esta resenha publicada no blogue Leitura mais que obrigatória.


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12 comentários:

  1. Ai, jura? Acho que a história cansa no começo, mas fica profunda, subjetiva e linda do meio pra frente! Achei o livro muito bom! Olha aqui a minha resenha sobre ele:

    http://leituramaisqueobrigatoria.blogspot.com/2009/07/menina-que-roubava-livros-markus-zusak.html

    Beijos!

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  2. Tem um selinho pra vc no meu blog! :)

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Carla uma das coisas que eu tinha certeza é que tu irias comentar este post. Eu já havia lido a sua resenha e sabia que tu tinhas uma opinião divergente da minha. Creio que como disse antes eu esperava mais da morte. Realmente ela me decepcionou. Mas vivemos num mundo razoavelmente livre e nós podemos discordar e continuar sendo amigos. Um abraço moça.
    Vou editar o texto indicando o seu blogue para quem quiser uma opinião diferente.
    Um abraço moça.

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  5. Li o livro e gostei bastante. Não sei. Me veio como algo diferente, me caiu bem. A morte é cansada, pobre, entenda-a...

    Li "Eu sou o Mensageiro". Acredita que não lembro nada dele? Só que era Bizarro. E nem sei o que isso queria me dizer...

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  6. Enxaqueca creio que este foi o primeiro e último livro que lerei desse cara. Acho que já enchi a minha cota com esse escritor. Pode deixar que tentarei ser mais compreensivo com a morte.
    Um abraço moça.

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  7. Pelo texto me parece ter um bom enredo. Mas para apreciarmos um livro é preciso mais que isso para que prenda a atenção. É todo um trabalho na forma de escrita, etc...


    Beijos, amigo!

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  8. Sam a idéia é bacana, acho que sou eu que estou ficando velho e ranzinza. O rapaz escreve direitinho, só que eu esperava mais.
    Um abraço moça.

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  9. Olá, Amigo Alves :-))

    Ainda lembra de mim? Não mudei de visual para que os amigos me reconheçam sempre ahahah

    Li até ao momento em que a menina tinha perdido um irmão e paqrei por aí. Não ando com disposição para ler dramas. Mas já vi que há algo ali em cima mais cativante que fala da chuva e seu efeito eheheh
    Vou lá e já volto

    Um beijo
    Adry

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  10. Escrevi e acabei perdendo, não sei como. Então lá vou eu de novo. Dias atrás estive aqui e pensei em fazer um comentário ao teu post. Li este livro alguns meses atrás. Gostei muito. Achei a morte bastante poética e bem humorada ao abordar temas tão espinhosos como o nazismo, a guerra, o fanatismo. Uma forma leve de se tomar contato com assuntos incompreensíveis. Tenho alguma intimidade com a morte,talvez por isso tenha simatizado com o livro. Além do mais, ouvi algumas poucas histórias narradas por meu pai que esteve na 2ª Guerra. Gostei do livro,as entrelinhas contam a história.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Adry com certeza não me esqueci de ti. E fico muito feliz em ver-te novamente. Espero que venhas pra ficar. Um abraço moça e espero que se divirta por aqui.

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