quarta-feira, julho 23, 2008
Sonhos Nº 08. Florianópolis submerge.
Um dia escuro. As nuvens tempestuosas escondem o sol. Água por todos os lados. O vento varre o mundo com gotas do tamanho de pedras. O frio soma-se a isso tudo tornando minha situação ainda pior.
Corro em direção ao mangue. Sei que se há uma chance de salvação é lá que irei encontrá-la. Escondida entre os galhos, folhas e raízes aéreas. Atrás de mim está a estrada, vazia e cinzenta. De fato tudo está cinzento. Mesmo a paisagem assume essa tonalidade depois de ser filtrada pela tempestade.
Sei o que está acontecendo. O processo já se iniciou. Não tenho idéia do porquê, entretanto tenho certeza de que a ilha está afundando e que não há nada que possa ser feito para impedir esse evento. Ela não irá desaparecer um pouquinho a cada ano. Isso acontecerá celeremente. Em poucas horas ela será completamente engolida pelo oceano desde a primeira praia até a última casa. Depois disso não haverá aqui sinal algum da sua existência.
Fujo em busca da minha sobrevivência. Corro por dentro do mangue. Corro até o momento que o solo firme fica pra trás. Meu ritmo diminui. Meus pés afundam na lama exigindo grande esforço para libertá-los e executar o passo seguinte. Estou pesado demais. Gordo demais. E esses quilos vão finalmente afundar-me de vez. Mesmo encharcado sinto o suor brotar em abundância. A respiração ofegante e o cansaço ancoram meu corpo no mesmo lugar.
Quando a idéia de naufragar com ilha e tudo assumia uma feição de verdade absoluta avisto uma canoa escondida entre as raízes à frente. Com um movimento misto de rastejar e nadar avanço pelo atoleiro até alcançar a minha salvação.
Depois disso despertei.
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Não afunda nada seu moço. O sonho acabou...mande meu verso ou versos que coloquei na resposta que lhe dei no meu blogpara a artista que vc fala, quem sabe ela gosta e canta lindo...e eu fico feliz e ganho alguns euritos ehhhh nos direitos de autor..seria? hum.... beijinhos.
ResponderExcluirHoje na minha mãe, fui arrumar as compras pra ela, fui comprar e arrumo sempre e arrumando o óleo e o azeite noa rmário da cozinha nem sei como, a porta era em cima..caiu sobre minha cabeça do aldo operado, nem doeu, mas ficou vermelho e bateu no meu braço, caiu no chão e partiu a porta! Pode?...trouxe para o ernesto arranjar... e minha cabeça não dói..vá lá...
Laura te cuida. Sabes que és pessoa estimada e que não pode pelos caprichosos de uma porta sumir assim de repente. Beijos e cuida-te.
ResponderExcluircuido-me? ainda ontem d etarde na casa d aminha mãe, levei com a porta do armario da cozinha, em cheio em cima da cabeça e no lugar d aoperação e como ainda ta duro nem doeu, ams a noite tive de tomar comprimidos para as dores...um abraço e me cuido sim...
ResponderExcluirBeijos e melhoras Laurinha.
ResponderExcluirNossa, que sonho! Ou que pesadelo! Interessante todos os sonhos que vc postou. Este sonho sobre Floripa indo pro fundo do mar, fez-me lembrar daquela história que falam que todo o litoral brasileiro vai desaparecer. Certa vez foi noticiado em rádio/TV que a cidade de Joinville era uma das regiões que iria sumir do mapa. Como o meu sonho é aprender mergulho, eu disse: "Se eu estiver viva, vou mergulhar e ver Joinville no fundo do mar. Aí vou ficar falando que aqui era a minha casa, ali era onde eu estudava..." Bem, isso é previsível e vai acontecer mesmo. Mas não já. Vai levar anos para a água gelada da Antártica derreter totalmente e alcançar o litoral. Abração!
ResponderExcluirLu mesmo assim é interessante a idéia de imaginar que o lugar onde moramos um dia irá submergir e em pouco tempo tornar-se objeto de estudos de arqueólogos do futuro.
ResponderExcluirUm abraço moça.