Os passos do cavalo misturavam-se aos diversos sons que enchiam a floresta. Poucos eram os raios de luar que conseguiam atravessar a espessa cobertura que a copa das árvores formava. Mesmo assim o caminho estava bem iluminado. O puro sangue, branco como o leite, destacava-se em meio àquela escuridão. Estava cansado e implorava por água e descanso. O príncipe fizera-o correr por toda a noite. Estavam profundamente embrenhados dentro da floresta. Em breve seria dia e eles acampariam para descansar.
- Ohha! – disse o jovem cavaleiro. Puxando levemente as rédeas, fazendo com que a montaria parasse imediatamente. Uma suave voz. Vinda de algum lugar à frente. Preenchia a noite com uma doce canção. O príncipe desceu do cavalo em silêncio e caminhou em direção a voz. Por trás de arbustos e árvores avistou uma cena maravilhosa.
Na extremidade de um lago. Sentada sobre uma enorme rocha. Uma jovem repousava sentada. Em seu colo mantinha um cisne. Sobre as águas do lago estendia-se longa audiência formada de cisnes, gansos, patos e alguns outros tipos de aves. Havia algo de mágico no ar. Ele podia sentir. Mil reflexos brilhavam na superfície do lago. E a beleza da jovem era imensa. Os cabelos negros e compridos até a cintura. A alvura da pele. Os traços delicados do rosto. E a voz. Que voz mais maravilhosa. Jamais em seus vinte e um anos de vida o príncipe ouvira uma voz mais bela ou mesmo mais pura do que aquela. Sentiu que seu coração batia acelerado e um nervosismo tomava conta de suas mãos.
Continua...
Passei para ver e apreciar o blogue, sempre com bom-gosto e qualidade, factor que me leva a visitá-lo para deixar o desejo dum óptimo fim-de-semana, apesar deste frio que enregela, mas como diz o povo «mãos frias, coração quente».
ResponderExcluirque bom que gostou do post com as frases do nelson. todo mundo veio comentar, alguns por msn, outros pessoalmente. a realidade é ácida, né?
ResponderExcluirbeijo.