O negócio é escrever.
Alguns têm amigos que os ouvem por horas e horas a fio. Discorrendo sobre seus problemas e infortúnios. As perseguições e as armadilhas que a vida apronta. Ensopando o ombro do fiel companheiro com lágrimas e mais lágrimas enquanto conta como é uma pessoa desgraçada e infeliz.
Outros gastam o seu tempo e seu dinheiro em consultas com psicólogos. Ficam lá confortáveis, pagando um ombro de aluguel. Isso é coisa pra quem não tem amor ao dinheiro. Paga, paga, paga e não resolve nada. Aliás, nada contra os profissionais da área. Afinal cada doido com a sua mania. Só que é meio estranho você pagar para ouvir um cara dizer aquilo que você já sabia antes de falar com ele.
A igreja às vezes ajuda os que têm vergonha dos fatos de sua vida. Mas mesmo assim são poucos os que conseguem aproveitar-se dessa ajuda. Na maior parte do tempo ficam enganando a si mesmos. Entre um culto ou outro. Confessam seus pecados publicamente, só os mais leves é claro. E continuam carregando o peso de serem os únicos sabedores daquela verdade. Daquele fato vergonhoso. Que tentam, tentam, mas não conseguem exorcizar.
Existem aqueles que não falam nada com ninguém. Nem amigos, nem psicólogos. Esses são perigosos. Muito provavelmente loucos. A vida é algo muito forte pra uma pessoa sobreviver sozinha. É muita informação e muitos golpes pra pessoa agüentar sem desabafar com ninguém.
Eu não sigo nenhum dos casos acima. Atuo de forma diferente pra manter a minha sanidade. Escrevo e deixo fluir no papel a confusão que me vai na mente e na vida. Amigos já não os tenho faz tempo. Psicólogos não devem contar com o meu dinheiro. Pois não vou pagar pra descobrir o que já sei. Minha fé já não é a mesma faz muito. Resta-me o papel. Pois este aceita tudo e não reclama, não contesta e não exige pagamento. Meus medos e meus pecados libero-os aqui. Em forma de relato ou mesmo de uma fantasia. Que outros os leiam. Não cabe a mim, decidir o que revelar ao mundo ou não. Muito menos explicar o que é real e o que ficção. Minha obrigação é para comigo e com a minha consciência. Quebro a solidão com as palavras que deixo anotadas por ai. Se elas têm valor ou não? Isso não é problema meu. Tudo o que preciso é aliviar a pressão do dia a dia. Deixar que as idéias saiam da caixa craniana antes que esta exploda. A escrita é uma forma de libertação. Independentemente de escrever bem ou mal. O que importa é transcrever as idéias os pensamentos. Purgar a alma. Fazer uma faxina na mente. É interessante quando anos depois você retorna ao que foi escrito e percebe as mudanças que ocorreram com o seu modo de pensar.
Recomendo a todos que na mesma situação que eu, ou não, que escrevam. Escrevam muito e assim libertem sua alma.
Pra mim deu certo. Espero que pra vocês também.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Eu sou ninguém
Passei o fim de semana em Itajaí revendo um amigo dos tempos da faculdade. Convivi com sua agradável família e passeamos pela cidade. Conversamos até tarde e nos alimentamos muito bem. No domingo fomos à praia em Navegantes apesar do pouco sol. Mesmo assim foi muito bom. A água com uma temperatura maravilhosa ajudou a relaxar e levar tudo de ruim embora. O almoço num restaurante de Navegantes foi ótimo. À noite o regresso foi extremamente tranquilo.
A vida é feita de altos e baixos. Vamos aos baixos. Em algum momento dessa viagem furtaram de dentro do carro a máquina fotográfica e a minha carteira com todos os meus documentos e os documentos do carro e os cartões do banco e o cartão do vale alimentação.
Em suma, hoje 25 de fevereiro de 2008 eu sou absolutamente ninguém. Não tenho RG, CPF, CNH. Nada. Se for atropelado na rua levaram semanas até que eu seja encontrado. Isso se não for enterrado em uma cova rasa feito um indigente. Passei a manhã e um pedaço da tarde correndo em busca de regularizar a minha situação. Boletim de ocorrência na polícia, cancelamento de cartões e solicitação de novos cartões.
Por bem isso não me abalou mais do que o necessário, visto que, os danos foram apenas materiais. Dinheiro eu posso ganhar de novo. Pior seria se tivessem levado o carro. Aí sim eu estaria numa situação que dificilmente eu seria capaz de contornar.
Por enquanto esse recém indigente vai tocar em frente sua vida na batalha por novos documentos e a recuperação da sua identidade.
Um abraço a todos.
sábado, fevereiro 23, 2008
Uma mente iluminada
Gostaria de agradecer a Garota Enxaqueca que enxergou algum mérito nesse blog. Então como já fez essa minha amiga carioca eu também indicarei algumas mentes iluminadas. Eu até poderia falar muito sobre esses blogueiros, mas deixo a vocês a possibilidade de surpreender-se com o que encontrarão.
Momentos de vida
Cartas à Filo-Sofia
Devaneios e Loucuras
Résteas de Sol
Luzitânia
Café com Dinamite
As aventuras da Madrasta
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Things of couple. Nº 06
She - Do you like me?
He - No I don't! I like of my dog. I love you. It's different.
Despedida.
Estou indo embora. Daqui somente meus olhos sentirão saudades. De um céu mais azul e das nuvens mais brancas. Do mar mais verde e do horizonte mais belo. Sentirei saudades. Saudades do vento. Ele é forte e já é metade da lembrança. Os olhos. Eles não me deixam esquecer o céu. O céu da manhã. O céu do entardecer com nuvens aqui e ali. Cor de rosa, dourado, vermelho, azul e creme. As cores do por do sol.
A ponte vai ficar. Vai continuar lá. Firme. Bela. Indiferente a todos nós. Ela não liga. Ela é bela. Estava ai antes de eu chegar e vai continuar por ai por muito tempo. Mesmo depois da minha morte.
Não verei mais os anjos. Eles alegram os meus olhos. As formas, os sorrisos, a beleza agressiva. Mas eles não farão tanta falta assim. Eu sei o que se esconde dentro dos anjos. Vampiros de alma. Eu sei. Querem sugar minha vida. Chegaram tarde demais. O vaso onde ela estava quebrou em alguma dessas mudanças que não paro de fazer. A vida de foi. Muitos ainda não perceberam e continuam se aproximando de mim. Tentam me iludir com sua beleza. Quando percebem que estou vazio vão embora.
Sigo meu caminho. Vou em paz. Que essa pedra perdida no atlântico fique com seus mendigos-profetas-loucos e seus casais de meninas aos beijos em frente a lanchonetes. Que a ilha guarde pra si seus pobres fedorentos e mal encarados. Suas crianças sujas e mal educadas. Sua violência e suas mortes. Ela também vai guardar as praias e as pedras, as dunas e os mangues. Mas esses eu faço questão de um dia voltar a visitar.
Vou embora.
Pra onde?
Para um lugar novo. Não há sentimentos antigos lá. É um lugar para recomeçar. Novos erros, novos acertos. É hora de deixar o passado pra trás. Experimentar o novo e descobrir o que há de belo nessa terra que fica além da ponte. Que fica ao sul. Que fica aonde o desconhecido me espera.
Adeus!
Florianópolis, setembro de 2006.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
A Máquina na rádio.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Coisas de casal. Nº 06
Ela - Amor você gosta de mim?
Ele - Não! Gostar eu gosto do meu cachorro. Eu te amo. É diferente.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Citations. Nº 05
A''no''said with conviction is better and more important than a''yes''said merely to please or, worse, to avoid complications.
(Ghandi)
This is a lesson that I still have work hard to learn.
Citações. Nº 13
Um ''não'' dito com convicção é melhor e mais importante que um ''sim'' dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações.
(Ghandi)
Eis aí uma lição que ainda estou batalhando para aprender.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Palhoça/SC a Pitanga/PR
Nesse carnaval aproveitei para viajar com o carro. Uma viagem de 600 km. De Palhoça/SC a Pitanga/PR.
Adorei subir a serra e usufruir de novas paisagens. Perceber que quanto mais eu me afundava no estado do Paraná mais a terra ia adquirindo uma coloração mais viva, mais forte. Até chegar a característica terra vermelha pela qual o estado é tão famoso. Soja, milho e gado predominavam nos campos que cruzei. O sol inclemente e o ar seco deram o tom da diferença pra quem está acostumado ao clima do litoral.
O calor humano que se encontra no interior desse estado é imenso. A hospitalidade parece ser uma questão de honra. Apesar da simplicidade das residências e das pessoas que nos acolheram não faltou nada em relação ao nosso conforto. A prosa divertida, a comida caseira feita no fogão de lenha, a cerveja gelada, milho fresco cozido, etc. O resultado de tanta hospitalidade e comida foi um engordamento rápido.
De fato essa foi uma viagem muito agradável, abaixo alguns registros do meu carnaval.
Um lago na serra entre Joinville e Curitiba.
Um lago em Guarapuava. Uma cidade em que paramos durante o nosso trajeto.
Para quem não conhece ainda, esse é o L.S. Alves.
Campos e campos cultivados com soja.
Essa é só pra se ter noção da cor da terra por lá.
Adorei subir a serra e usufruir de novas paisagens. Perceber que quanto mais eu me afundava no estado do Paraná mais a terra ia adquirindo uma coloração mais viva, mais forte. Até chegar a característica terra vermelha pela qual o estado é tão famoso. Soja, milho e gado predominavam nos campos que cruzei. O sol inclemente e o ar seco deram o tom da diferença pra quem está acostumado ao clima do litoral.
O calor humano que se encontra no interior desse estado é imenso. A hospitalidade parece ser uma questão de honra. Apesar da simplicidade das residências e das pessoas que nos acolheram não faltou nada em relação ao nosso conforto. A prosa divertida, a comida caseira feita no fogão de lenha, a cerveja gelada, milho fresco cozido, etc. O resultado de tanta hospitalidade e comida foi um engordamento rápido.
De fato essa foi uma viagem muito agradável, abaixo alguns registros do meu carnaval.
Um lago na serra entre Joinville e Curitiba.
Um lago em Guarapuava. Uma cidade em que paramos durante o nosso trajeto.
Para quem não conhece ainda, esse é o L.S. Alves.
Campos e campos cultivados com soja.
Essa é só pra se ter noção da cor da terra por lá.
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