segunda-feira, janeiro 25, 2010

Gravidez

Estou com 35 anos de idade. Nunca casei. Não tenho filhos. Penso em casar, mas sem pressa. Filhos? A vontade de tê-los não se manifestou em mim. Muita gente diz que toda mulher tem esse desejo. Será? Alguns dizem que ele só vai pintar quando eu casar. Será? Apesar de eu gostar muito de crianças, não significa possuir a vontade de gerar um bebê. Gosto delas para brincar, de estar com elas e de sair para se divertir num parque de diversões ou num cinema. Ter filhos é muita responsabilidade. É ensinar a criança a andar no bom caminho, a ser uma boa pessoa. A responsabilidade de educá-la é maior para os pais. Nada de jogá-la para as babás, os professores, os vovôs e as vovós, etc.

Essa pequena introdução é para dar uma noção de como sou e penso a fim de tratar sobre a gravidez, tema deste texto. Desde nova, vejo muitas mocinhas grávidas. Desde a adolescência, sei das inúmeras maneiras de evitar uma gravidez como o uso da pílula anticoncepcional e da camisinha. A informação sobre a possibilidade de não ter uma gravidez indesejada é expandida em todos os cantos. Com o passar dos anos, ainda hoje meninas engravidam cedo. Por que isso ainda acontece? Independentemente da realidade social, cultural e econômica vividas por elas, creio que a primeira coisa que passa na cabeça delas é este pensamento: “Isso não vai acontecer comigo.” Essa idéia precisa ser eliminada na vida das pessoas. Quem garante que você não vai ter AIDS? Não vai morrer logo? As pessoas deveriam se conscientizar que o que acontece com os outros pode acontecer com elas mesmas.

Certa vez eu e um grupo de colegas de trabalho conversávamos sobre o tema em questão. Um colega disse: “Elas fazem isso para não perder o seu namorado”. E ele comentou isso com base na reportagem que viu. Apesar de a garota afirmar que não esperava a gravidez, lá dentro da sua cabecinha era esse o seu desejo. Engravidar a fim de não perder o namorado não é estratégia usada somente pelas adolescentes, mas também pelas adultas. É o tal do “golpe da barriga”. Existem vários objetivos nesse golpe. Só para citar: um deles é casar com homem rico ou obter um bom dinheiro para criar o rebento. Outro é segurar o seu homem, tentar casar com ele por causa do bebê. Nem sempre os objetivos se mostram de forma explícita. A mulher esconde o seu jogo. São atitudes assustadoras.

Ter um bebê deveria ser um desejo do casal e não de um dos dois. Fico feliz quando um casal anuncia: “Queremos um filho”. Fico preocupada quando se usa o verbo no singular: “Quero um filho”. O outro deseja?

E quando acontece a gravidez indesejada? Não pensam ter filhos agora ou de jeito nenhum? Abortar o bebê? Aí está mais uma atitude assustadora. Por que não usaram um dos variados métodos para evitar uma gravidez? “Nunca pensamos que isso fosse acontecer”. Pois é, aconteceu! Agora vocês querem ser assassinos!

Se a gravidez não era planejada, procurem ver o lado positivo da situação. A vida está proporcionando uma nova experiência. Encarem esse novo desafio. Mas atenção: isso não significa que vocês dois são obrigados a se casar, ok?

No mundo dos famosos, muitas mulheres engravidaram em 2009. Percebi isso quando assisti a uma retrospectiva do ano passado na televisão. Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Gisele Bündchen, Fernanda Rodrigues, Samara Felippo... Fiquei aqui pensando: “Espero que isso não vire moda.” Ter filhos não é moda.

Enfim, gravidez deveria acontecer quando surgir o desejo do casal. Dessa forma, é possível planejar e preparar a cabeça e o coração para o novo desafio.

Lu Vieira

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15 comentários:

  1. Oi, Lu!

    Um excelente texto. E o que você disse sobre a mulher ter / nascer com o desejo maternal, concordo. Eu não tive este desejo. Casei aos 28 amos e batalhava pelos meus sonhos, meu trabalho. Na época estava iniciando as fitas de filmagem e declaro isso rsrs. Mas, com 30 anos a surpresa da primeira gravidez ( não tinha na época o avanço e as novidades de hoje). E fui aprendendo a ser mãe ( nada de empurrar pra avós, babás...). E acabei ficando uma mãe neurótica rsrs. A segunda gravidez aos 35 eu nem sonhava na possibilidade! Mas foi um grande bem para minha " neurose". Já tinha prática.

    Fico pasma como hoje em dia com tantas alternativas , pelo avanço dos medicamentos anticonceptivos e esclarecimentos acontecer imprevistos para uma jovem que estuda e com muito mais alcance e informação que a minha geração. Motivos alegados ou escondidos, subterfúgios são vários! Na época das pensões milionárias dos jogadores de futebol, o que já estava controlado, descontrolou! Pensões milionárias influenciaram muito na época ( bem acertado isso de TV, mídia, etc rsrs).

    Segurar marido ou namorado é furada. Hoje em dia uma gravidez é motivo de separação, quando não desejada por um do casal. Mas é o que acontece, ainda. Há duas semanas, em viagem, uma moça (que sempre vem do nordeste para Minas Gerais, nesta época) já com 24 anos, formada e que trabalha e já com um filho de 2 aninhos, contou-me estar muito nervosa com receio de uma nova gravidez porque o pai da criança não ajuda ( bem diferente do que se vê, felizmente, hoje em dia e com muito progresso) a cuidar de filhos porque é "machista". E logo com a certeza, ligou para ele que não gostou nada! Disse que tomou a pilula do dia seguinte e tal e nao fez efeito( muito dificil acontecer). Depois a avó da moça disse que o rapaz estuda , trabalha e tem 19 anos,somente. Complicado, né? Não só as mulheres com uma gravidez precoce deixam de lado uma carreira e sonhos numa gravidez. Os rapazes também se vêem obrigados a deixar uma faculdade de lado para trabalhar e deixar seus sonhos muitas vezes de lado pela paternidade. Ou separam-se...


    Beijos e linda semana!

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  2. Pois é...eu tenho 27, mas o desejo começa a se formar em mim. meu marido chora de vontade de ser pai...eu ainda espero meu desejo ficar mais forte. Mas eu sempre soube que queria ser mãe um dia...e, em parte, acho que isso faz mesmo parte do instinto da mulher.....pode demorar, mas um dia a vontade vem.

    beijinhos!

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  3. Olá Lú, tive o Nuno aos 27 a Neide aos 31, os dois muito desejados, queridos, amados, mas vê-se realmente mocinhas cada vez mais novas, com essa realidade, pena que assims eja, pois é preciso estabilidade, amor, paz, para se gerar um filho em consciência, mas, de uma forma ou de outra, as crianças estão chegando cada vez mais, não importa a vida estar cada vez mais dificl, parece que o pessoal não quer saber disso...Enfim, a criança depois é que sofre, pela falta de maturidade...
    É a vida é como cada um sabe ser e sentir. Quanta infelicidade se evitaria se se consiencializassem de que a vida com um filho, sendo muito jovens, não é fácil...
    Um beijinho da laura

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  4. Sam, gostei de conhecer um pouco da sua história de vida. Apesar de não ter tido desejo, você aceitou as duas surpresas que surgiram na sua vida. Tenho certeza de que é uma ótima mãe.

    Quanto à moça de 24 anos, ela me parece ser uma pessoa que gosta de sofrer. Afinal, ela sabia como era o comportamento do pai da criança. Sim, além das mulheres, os homens também deixam os seus sonhos para trás ou ficam para serem realizados mais tarde. Tenho a impressão de que as mulheres esquecem que os homens também têm sonhos, projetos...

    Beijos e linda semana pra você também!

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  5. Carla, seu marido já quer um filho e creio que logo o seu desejo vai ficar mais forte. Acho que não vai demorar muito para você ter muita vontade de ver um bebê seu nos seus braços. Beijinhos!

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  6. Laura, é muito bom saber que seus filhos foram desejados e amados. Fico tão triste quando vejo crianças que não são bem amadas pelos seus pais. Mais triste ainda fico quando os pais não se importam com o sofrimento de seus filhos. Sim, a infelicidade não seria tanta se todos pensassem nas consequências de seus atos. Um beijinho da Lu!

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  7. Agora uma visão masculina: à verdade, bem no fundo da verdade, todo ser humano tem um desejo íntimo de ter um filho, de ver o "rostinho", de saber com quem se parece(com o pai? com a mãe? com os dois?). E, sinceramente, mesma toda dificuldade, a sensação é única!

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  9. Freud, é muito bom conhecer a visão masculina. Concordo com você que há um desejo íntimo, mas penso que para alguns é mais forte e para outros não.

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  10. Olá Mariane! Irei lá conferir a promoção e conhecer os blogues.

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  11. Um post deveras sincero! Gostei deste relato honesto, mas nem tudo mundo pensa assim, os filhos sao o espelho dos pais...sera necessario muito amor para superar a vontade de ter um bebe...
    Um beijo doce

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  12. Obrigada pelo elogio, Eu sei que vou te amar. Muito e verdadeiro amor para superar a vontade de ter um bebê. Creio que não tê-lo também é um ato de amor, pois não vai fazê-lo sofrer com a indiferença ou a falta de importândia dos pais. Beijos!

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  13. Hola, Karen! Fico contente por gostar do nosso blog e espero que venha mais vezes aqui. Se você tiver um blog, conte para a gente, ok?

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